Palestra orienta sobre educação nutricional para pessoas com fibromialgia

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio da Célula de Psicologia do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS), realizou, nesta terça-feira (24/09), palestra sobre educação nutricional para pessoas com Fibromialgia. O evento, realizado na Célula de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas do Comitê de Responsabilidade Social, foi conduzido pela nutricionista clínica, esportiva e funcional da Célula de Nutrição do DSAS, Sara Ortins.

O encontro, que teve como público-alvo pacientes do Núcleo de Atendimento à Pessoa Portadora de Fibromialgia (NAPFI) e colaboradores da Alece com síndrome fibromiálgica, teve como objetivo apresentar os benefícios de uma nutrição adequada para a saúde e o bem-estar de pessoas com fibromialgia, e contou com a parceria do Comitê de Responsabilidade Social (CRS) da Alece.

A nutricionista Sara Ortins expôs sobre a importância da educação nutricional em pessoas acometidas pela síndrome da Fibromialgia. Segundo ela, as pessoas acometidas por essa enfermidade, que é uma síndrome inflamatória que provoca dor crônica por todo o corpo, podem ser melhor orientadas para ter uma nutrição que reduza os impactos da doença crônica. 

"A gente sabe que uma alimentação pode ter um perfil anti-inflamatório, e que ela vai proporcionar uma melhor função da microbiota intestinal. Consequentemente, haverá menos processos dolorosos com a melhora da microbiota intestinal, e pode melhorar, inclusive, a função intestinal. No também podemos conseguir, pela alimentação, uma melhora do sono", acentuou a nutricionista.

Algumas dicas de educação nutricional, de acordo com Sara Ortins, bem como a higiene do sono, hidratação e atividade física também que são importantes para modular as dores causadas pela fibromialgia.

Grupo participou do 3º encontro para debater questões sobre a Fibromialgia - Foto: Paulo Rocha

Dieta

Com relação aos alimentos, a nutricionista recomenda para quem tem a síndrome que sejam evitados alimentos ultraprocessados, ricos em conservantes, aditivos, corantes, e ricos em açúcar refinado, que são alimentos que aumenta inflamação do corpo. "Devem ser restringidos refrigerantes, embutidos, u alimentos ricos em glutamato monossódico que é um tempero completo que as pessoas ainda usam hoje em dia, por falta de informação", avisou.

Como alimentos prioritários na dieta, Sara Ortins indicou preferencialmente alimentos integrais. Segundo ela, devem ser consumidos grãos inteiros, frutas, legumes, verduras e adotar algumas estratégias nutricionais como açafrão da terra (cúrcuma) que é um ótimo antiinflamatório e também, alimentos com ômega-3. "Pela alimentação a gente também pode utilizar óleo de linhaça, a própria linhaça e a chia que também são ricos em ômega-3, que são interessantes para gente ter esse perfil antiinflamatório na dieta", salientou.

Multiprofissional

O diretor do DSAS, Luis Edson Sales, informou que a atividade faz parte do atendimento terapêutico multiprofissional oferecido pelas Células do Departamento aos pacientes do NAPFI. “A Célula de Psicologia tem um grupo terapêutico específico em Fibromialgia, que presta atendimento especializado na última terça-feira de cada mês. Com esses atendimentos e com encontros como esse, o Departamento busca acolher pessoas acometidas por essa síndrome, que em sua maioria são mulheres", explicou.

A psicóloga da Célula de Psicologia do DSAS e colaboradora do evento, Patrícia Araújo informa que a atividade já é o terceiro encontro que o grupo terapêutico promove. “Já tivemos uma intervenção de yogaterapia e um momento teórico vivencial em educação física, atividades que contaram com a participação de especialistas convidados e consistiram em momentos psicoeducativos com exposição teórica e prática”, explica.

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Paulo Veras

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