Departamento de Saúde e Assistencia Social

Alece reforça ações no Outubro Rosa em prevenção ao câncer de mama

Por Núcleo de Comunicação Interna, com Agência de Notícias da Alece
14/10/2024 14:51 | Atualizado há 9 horas

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até 2025 Segundo o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até 2025 - Arte: Núcleo de Publicidade da Alece

Entre as diversas campanhas de conscientização que marcam o calendário anual, o Outubro Rosa é, sem dúvidas, uma das mais lembradas e consolidadas. Representado pelo laço cor-de-rosa, esse movimento global traz luz sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, uma das doenças que mais impactam a vida das mulheres ao redor do mundo.

Durante todo o mês de outubro, monumentos são iluminados, eventos são realizados e vozes se unem em um coro de solidariedade e informação. A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) também se soma a esse esforço, com ações concretas para ampliar o combate à doença e reforçar a importância da prevenção ao câncer de mama durante a campanha Outubro Rosa.

Os dados sobre o câncer de mama são preocupantes, mas há boas notícias: quando diagnosticado precocemente, apresenta boas chances de cura. Nesse contexto, a campanha do Outubro Rosa se torna ainda mais relevante. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até 2025, com uma taxa de incidência superior a 41 casos a cada 100 mil mulheres. Em 2020, a doença resultou em 18.068 óbitos no País. Embora rara, a doença também pode acometer homens, representando cerca de 1% dos casos.

No Ceará, a estimativa para o mesmo período aponta para cerca de 3.080 novos casos, com uma taxa de incidência superior a 54 casos por 100 mil mulheres. 

Sala da Saúde da Mulher

Entre as ações de acolhimento às mulheres, a Alece conta, desde outubro do ano passado, com a Sala de Saúde da Mulher, vinculada à Célula de Enfermagem do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS). O espaço recebe servidoras da Alece e mulheres da comunidade do entorno, com foco principal nas questões que envolvem o planejamento reprodutivo e o climatério (período de transição para a menopausa).

A primeira-dama da Alece, Cristiane Leitão, destacou que a ideia surgiu nos encontros que são realizados entre profissionais do DSAS. "A maioria dos nossos servidores são do sexo feminino. Era necessário um espaço que permanecesse durante o ano inteiro dando a atenção de que as mulheres precisam e que esperam", disse.

Lei em tramitação

Para colaborar com a conscientização das pessoas em relação aos cuidados com a doença, no último dia 10 de setembro, o deputado De Assis Diniz (PT) apresentou o projeto de lei 660/2024, que institui a Política de Combate ao Câncer de Mama no âmbito estadual.

Entre os principais pilares da proposta estão o fortalecimento das ações voltadas à prevenção, diagnóstico precoce, tratamento adequado e apoio às pessoas acometidas. Para o parlamentar, a criação de uma política específica permitirá ao estado do Ceará adotar uma abordagem coordenada e integrada, direcionando todos os esforços para reduzir a incidência e a mortalidade associadas à doença.

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil, depois do de pele não melanoma. A mortalidade tende a ser maior em mulheres idosas, com destaque no grupo de 50 a 69 anos. “Com a implementação dessas diretrizes, esperamos reduzir a mortalidade causada pela doença, uma vez que haverá um foco maior na prevenção e no diagnóstico precoce, que são cruciais para aumentar as chances de cura”, sublinhou o deputado De Assis Diniz.

Além disso, acrescenta, a política visa melhorar a qualidade de vida das pacientes, garantindo que elas tenham acesso a tratamentos adequados durante todo o processo de enfrentamento da doença. “Queremos também incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novos métodos de tratamento. Isso inclui a oferta de suporte psicológico, assistência social e cuidados paliativos, além de facilitar o acesso a tratamentos de qualidade em tempo hábil.”, reforçou.

Ao enfatizar que o câncer de mama continua sendo um grande desafio para a saúde pública, o deputado chamou a atenção para a situação no Ceará, argumentando que “aqui, a incidência da doença tem aumentado, refletindo a necessidade urgente de políticas públicas eficazes que abordam tanto a prevenção quanto o tratamento e o suporte às pacientes”, concluiu o parlamentar.

A proposta que institui a Política de Combate ao Câncer de Mama no âmbito estadual foi lida no Plenário 13 de Maio no dia 10 de setembro e enviada à Procuradoria Legislativa, órgão consultivo responsável pela análise jurídica de todos os projetos, para parecer.

Após essa etapa, será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e demais colegiados, para votação. Em seguida, passará por discussão e votação em plenário. Se aprovada, a proposta será enviada ao governador Elmano de Freitas (PT) para sanção ou veto.

Ações no Estado

Para alcançar todas as mulheres cearenses, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa) e em parceria com a Secretaria das Mulheres, também lançou a campanha "De outubro a outubro rosa".

Durante este mês até outubro do próximo ano, várias ações serão desenvolvidas com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da identificação precoce do câncer de mama e do colo uterino, como destaca Carmem Cintra de Oliveira Tavares, assessora da Coordenadoria de Atenção Especializada e de Redes de Atenção à Saúde da Sesa.

Neste mês, acrescenta, mais de 17 mil mamografias serão disponibilizadas nas 22 policlínicas distribuídas em todo o Estado. As policlínicas regionais de Acaraú, Aracati, Baturité, Crateús, Crato e Limoeiro do Norte funcionarão aos sábados e no período noturno, facilitando o acesso para mulheres com jornadas de trabalho mais extensas.

É importante ressaltar que, para realizar o exame, a paciente deve primeiro procurar o posto de saúde mais próximo. O médico faz a regulação, inserindo as informações no sistema e agendando a data, hora e local do procedimento, para que ela já saia da consulta com tudo confirmado.

O público-alvo da campanha são mulheres entre 50 e 69 anos, especialmente aquelas que não apresentam sintomas. “O câncer de mama resulta, infelizmente, em muitas mortes devido ao diagnóstico tardio, e é isso que essa campanha tem fortalecido: a identificação o quanto antes para que lesões ainda não palpáveis sejam identificadas e tratadas em tempo oportuno para minimizar as consequências de que esse câncer possa ocasionar na saúde da mulher”, enfatizou a assessora.

Além disso, está sendo trabalhada uma programação de webinários ao longo do ano voltada para profissionais de saúde e gestores, com o objetivo de sensibilizá-los sobre a temática e intensificar a campanha educacional destinada ao público-alvo.

“Essas ações envolvem um esforço conjunto entre o Governo do Estado, o Ministério da Saúde e os municípios para sensibilizar gestores e profissionais de saúde a reconhecerem a importância de alcançar essa população”, destacou Carmem Tavares, acrescentando que a ideia é também desmistificar a realização desse exame, especialmente para mulheres que acreditam que ele é doloroso ou tenham receio dos resultados. 

Edição: Salomão de Castro

 

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