Alece realiza sessão de cinema infantil para crianças atendidas pelo DSAS

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, por meio da Célula de Terapia Ocupacional do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS), promoveu, nesta quarta-feira (30/10), sessão de cinema destinada às crianças atendidas por todas as células do DSAS. A atividade, que inaugurou o Cine DSAS, contou com a participação do diretor do Departamento, Luis Edson Sales.

O filme exibido foi "Baleia Mágica", com sessão realizada no auditório Lucila Bonfim, no segundo andar do anexo III da Alece (Edifício Deputado Francisco das Chagas Albuquerque). O objetivo do evento é colaborar para o desenvolvimento da socialização e da autonomia do público infantil atendido. Cerca de 15 crianças e seus familiares estiveram presentes.

A orientadora da Célula de Terapia Ocupacional, Milene Mota, idealizadora da sessão, observou que em outubro ocorre o Dia Mundial da Terapia Ocupacional. "Como a nossa Célula atende pessoas de diversas idades, desde crianças a partir de três anos até idosos, fizemos vários eventos com todas as faixas etárias. Para também contemplar as crianças, realizamos este cineminha", disse.

Independência

Durante o evento, foi trabalhada a autonomia das crianças, simulando a compra do ingresso com dinheiro de brinquedo, aquisição de pipoca e recebimento do troco. "Temos que trabalhar esses fatores com as crianças para que elas se tornem independentes", defendeu a orientadora.

Ela também pontuou que a mensagem transmitida pelo filme também foi trabalhada após a sessão. Conforme assinalou Milene Mota, foi apresentado um conteúdo retratando a  amizade, por meio da história de três amigos que saem para passear e encontram uma baleia encalhada. Eles se juntam para soltar o animal que ficou preso na areia e depois levam a baleia para passear e conhecer outros animais. "É uma mensagem de amizade, com a ajuda mútua deles, de estar sempre um colaborando com o outro, que isso faz com que eles consigam viver com auxílio dos amigos próximos", disse Milene Mota. 

Atividade teve interação entre gestores do DSAS e as crianças - Foto: Bia Medeiros

Sociabilização

A terapeuta ocupacional infantil Sheryda Batista, que também participou da organização do evento, salientou que os atendimentos realizados de forma isolada nas salas do DSAS não permitem uma sociabilização das crianças, o que foi possível por meio da sessão realizada nesta quarta-feira. "Dentro da sala de terapia não dá para trabalhar as habilidades sociais. Assim, a gente pensou em abordar essa questão de regras sociais de espera na fila e de manusear o dinheiro, lidar com o troco", disse.

Ela salientou ainda que as perguntas sobre o filme, após a exibição, aferem a integração das crianças, com faixa etária de quatro a dez anos, com a atividade. "Há crianças com síndrome de down, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), déficit de atenção e TEA (transtorno do espectro autista), que a gente atende", disse a terapeuta, avisando que outras atividades com o mesmo teor de sociabilização estão sendo projetadas para o futuro.

"A gente está começando a ampliar agora esse projeto de trabalho em grupo e dentro desse planejamento, outras atividades estão sendo pensadas", disse.

Acolhida

Camila Valente, moradora do bairro Serrinha, veio participar do cineminha acompanhada de sua filha com TEA, Ana Valente, de cinco anos, que é atendida pelo DSAS. Ela considerou o evento uma acolhida  muito importante, sem nenhuma experiência semelhante em outros locais de atendimento público a pessoas com espectro autista.

"Até então, eu nunca havia levado minha filha ao cinema, por ela ser muito inquieta. Por isso, achei essa oportunidade muito importante, porque aqui há um acompanhamento de pessoas preparadas a lidar com crianças. Foi uma acolhida muito importante.  Este foi o primeiro lugar que deu a oportunidade de ela ser atendida de forma integral", asseverou.

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Salomão de Castro

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