Coordenadoria de Comunicação Social

União entre mãe e filha, um conforto em meio à pandemia

Por ALECE
07/05/2020 16:33

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Maria Eduarda e Cleire Pinheiro Maria Eduarda e Cleire Pinheiro - Foto: Acervo pessoal

O isolamento social tem fortalecido os vínculos familiares. Em meio à pandemia gerada pela Covid-19, o amor materno é um antídoto para a ansiedade, estresse, angústia e tristeza desencadeados pela epidemia que assola o mundo. Esse é caso da servidora Cleire Pinheiro, que trabalha no setor de atendimento do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará.

A mãe da Maria Eduarda, de 15 anos, ao invés de lamentar, afirma que o momento delicado vivenciado em todo o mundo tem sido positivo para sua relação com a filha. “Não sei como seria passar por esse momento sem a Duda. Ela tem sido minha companheira 24 horas por dia, e quando estou triste ou angustiada, ela me anima, tira de mim esses pensamentos pessimistas, e me convence que dias melhores estão por vir’’, afirma.

Antes, com a rotina de trabalho, e as aulas da adolescente, que cursa a 7ª série em horário integral, o tempo de convivência era curto. Ao chegar em sua residência após o fim do expediente no DSAS, havia o momento do jantar, em que Cleire aproveitava para conversar com a filha sobre o dia. “Sempre dou meu abraço e reitero o quanto ela é importante pra mim e recebo o carinho em dobro. É o suficiente para me fazer esquecer algum problema”, destaca.

Agora, com o isolamento social, foi possível estreitar os laços. Cleire tem a oportunidade de acompanhar de perto os estudos da filha, ajudar nas tarefas escolares, assistir novelas, filmes e cozinhar novas receitas – coisas simples que a rotina intensa de trabalho impedia.

Um novo sentido pra vida

Cleire Pinheiro corre pare recuperar o tempo perdido com a filha, que chegou ao seu lar em maio de 2018, preenchendo a casa  da família Pinheiro de alegria, amor e união. A servidora, como a maioria das mulheres, sonhava com a maternidade, mas um problema de saúde a impedia de levar a gestação adiante, segundo seu obstetra, um caso intrigante para a Medicina.

Foram duas experiências traumáticas. A primeira gestação foi até o quarto mês. Apesar do luto e do sentimento de profunda tristeza, veio a segunda gestação. No nono mês, Cleire foi internada com fortes dores. “Quando fizeram o ultrassom, a criança estava morta. Foi aí que cheguei à conclusão que era melhor continuar tratando meus sobrinhos como filhos do que arriscar minha vida”, relembra.

Na época, Cleire sofreu um novo baque. Dessa vez, não pôde contar com amparo da mãe, sua fortaleza, que havia partido para outro plano espiritual, mas novamente buscou forças com os familiares, amigos e o companheiro para  seguir em frente.

O destino que uniu

Mesmo com as perdas, o desejo de ser mãe era latente no coração de Cleire Pinheiro. A adoção era uma possibilidade incentivada pelas amigas. “Elas diziam para eu adotar uma criança. Estava esperando o tempo certo, e a nossa hora, minha e da Duda, chegou’’, destaca.

Maria Eduarda é filha biológica do atual marido de Cleire. O papel de madrasta era pequeno diante da imensidão de seu coração. “Não pensei duas vezes: fui até a Bahia em 2018 e trouxe a Duda comigo, hoje minha filha. Foi a melhor escolha que eu fiz. A sua chegada mudou tudo para melhor, até mesmo o relacionamento com meu marido’’, reforça.

Há dois anos, Cleire de 59 anos, celebra o Dia das Mães. Em 2018, foi homenageada no Poder Legislativo. Em 2020, o almoço tradicional para celebrar a data será feito em casa, pelas mãos de Duda, com o melhor tempero do mundo: o Amor.

JB

 

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