Alece recebe formação em Comunicação e Direitos LGBTI+ para jornalistas

Com o objetivo de promover a qualificação dos profissionais de comunicação que atuam na Alece, foi realizada, nesta quinta-feira (11/09), o “Fala Pajubá", programa de formação em Comunicação e Direitos LGBTI+ promovida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará (Sindjorce) com parceria da Casa nesta edição.

A capacitação aconteceu nos espaços da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace) e foi ministrada pela professora Sílvia Santos, doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ela informou que essa formação insere-se no escopo de cursos de letramento promovidos pelo sindicato para comunicadores. 

Foto: Pedro Albuquerque

Segundo a professora, os profissionais da comunicação têm um papel importantíssimo na construção da educação em direitos humanos. “São esses profissionais que estão lá na frente, que escrevem, que falam e que são formadores de opiniões. Estão contando como a vida acontece de verdade”. 

Sobre as temáticas trabalhadas 

Além de promover o letramento em direitos humanos, a iniciativa reforça a centralidade da dignidade e estimula o uso de uma linguagem que reconheça e respeite identidades historicamente marginalizadas, o que pode garantir coberturas mais inclusivas e humanizadas sobre a população LGBTI+. 

Professora Silvia Santos. Foto: Bia Medeiros

“É um curso dialogado a partir das vivências que as pessoas têm. Primeiro a gente tem que entender o que é gênero, o conceito de gênero, o conceito de sexualidade, o conceito de corpo e como esses conceitos nos atravessam nas nossas relações, sejam elas profissionais ou não, e como isso impacta no nosso trabalho, na nossa linguagem, como escrevemos”, explicou. 

Sílvia ressaltou que o curso potencializa a criação de ferramentas para construir novas linguagens que respeitem os seres humanos e que contemplem os direitos das pessoas LGBTI+. 

“A gente vive num país que tem direitos consagrados na Constituição e, mesmo assim, existem grupos de pessoas, como as mulheres, como as pessoas negras, pretas e pardas, como as pessoas LGBTI+, que sequer são consideradas humanas, sequer têm esses direitos básicos”. 

Experiência formativa dos participantes 

Participaram dessa formação profissionais que atuam na Coordenadoria de Comunicação Social da Alece e nas assessorias parlamentares da Casa, em turmas pela manhã e pela tarde.

Marcelo Marreiro é jornalista da Alece TV. Foto: José Leomar

Entre os participantes estava o servidor da Alece TV Marcelo Marreiro. O jornalista indicou que qualificações como essas são importantes, entre outros objetivos, pela questão técnica, estimulando a pensar e a enxergar pautas que, muitas vezes, passam despercebidas no nosso cotidiano, pela própria violência a que a população LGBTI+ está suscetível historicamente no Brasil. 

“Então, nos faz tirar essa máscara, para que a gente olhe para essas pautas como jornalistas e vendo o jornalismo como um instrumento não só de reflexo da realidade, mas também de transformação social. Além da parte técnica, acredito que nos coloca nesse lugar de sensibilidade, como seres humanos, para que realmente a gente contribua para a superação dessas violações”, citou.

Grace Lemos atua como assessora parlamentar na Alece. Foto: Bia Medeiros

Para a assessora parlamentar Grace Lemos, como profissionais de comunicação, é preciso estarem sempre atentos às diversidades sociais e à linguagem utilizada.

“Todos os públicos merecem respeito e serem tratados como eles se veem. Então a gente precisa dessa educação, desse letramento de gênero, como foi falado aqui no curso, para que a gente possa aplicar na nossa comunicação aqui dentro da Casa. E foi muito bom, porque foi uma base muito extensa, que a gente falou desde a formação na infância ao que a sociedade nos impõe hoje”. 

Edição: Samaisa dos Anjos 

Núcleo de Comunicação Interna da Alece 

E-mail: comunicacaointerna@al.ce.gov.br  

Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/ 

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