Servidores da turma Agente Ecoa participam de atividade educativa na Sabiaguaba
Por Ana Vitória Marques13/06/2025 17:10 | Atualizado há 4 semanas
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Dia ensolarado, a diversidade da fauna e da flora do ecossistema do mangue e uma paisagem deslumbrante marcaram a atividade dos servidores que fazem parte da turma de 2025 do projeto Agente Ecoa no Ecomuseu Natural do Mangue, na Sabiaguaba, nesta sexta-feira (13/06).
A ação educativa foi promovida pela Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental (CSGA), do Comitê de Responsabilidade Social (CRS), e integra a programação do Junho Ambiental da Alece. O ecomuseu visitado pelo grupo é um espaço de conscientização e sensibilização sobre a preservação dos manguezais.
Para Yuri Passos, orientador da CSGA, atividades como essa promovem informação e o senso de responsabilidade social. Ele destaca que os mangues são ecossistemas de transição da água salgada para doce e ajudam nas dinâmicas oceânicas.
“Como parte do Junho Ambiental, a gente tem tentado fazer essa tradição de todo ano levar os servidores para fora da Assembleia e mostrar alguma alternativa de turismo, mas também de sensibilização. O Agente Ecoa é uma das estratégias que a célula usa para treinar, capacitar e sensibilizar setores específicos, então é uma forma da gente estar capacitando em relação à promoção de sustentabilidade no ambiente de trabalho”, sinaliza Yuri.

Foto: Junior Pio
Aula ao ar livre para os servidores
O espaço foge do senso comum sobre aprendizagem dentro de quatro paredes e promove uma aula ao ar livre: é o próprio mangue que é a sala de aula. Jéssica Tavares, servidora da CSGA e responsável pelo projeto Agente Ecoa, conta que o objetivo de ter momentos como esse como parte da formação do curso é para que as pessoas possam vivenciar essa perspectiva de práticas sustentáveis em um sentido macro, que transcende os espaços da Alece.

Foto: Junior Pio
“A gente tenta proporcionar essas experiências para que esses servidores possam ter um maior contato com a natureza. Quando realmente estamos ali, a gente começa a valorizar mais e se atenta melhor para essa preservação do meio ambiente. E o museu escolhido foi por conta que um dos temas de 2025 do Ministério do Meio Ambiente é a proteção e preservação das zonas úmidas. E é um ecossistema brasileiro que não é muito visto, essa área de mangue, e que tem ao nosso redor”, cita Jéssica.
Conhecer para cuidar
O momento vivido foi além do aspecto formal de conquista do conhecimento, mas uma verdadeira experiência sensorial: ver, sentir e ouvir onde se está. Para Rusty Sá Barreto, fundador do Ecomuseu Natural do Mangue junto à esposa Sineide Sá Barreto, é conhecendo que se ama e quem ama, cuida. Eles estão casados há 43 anos e são de Pernambuco e Alagoas, respectivamente. Há 24 anos criaram esse espaço e atuam juntos nesse propósito de educar, defender e ecoar a temática dos manguezais.
“Há mais de 30 anos nós chegamos aqui em Fortaleza. Como somos do litoral, nós temos uma relação muito forte com o mar e com o mangue. Essa relação não é só nossa, ela é de todos nós. Em algum momento da vida a gente chegou próximo ao mar e ao mangue, muitas vezes sem saber que aquilo era mangue. E a gente já percebe há muito tempo que as pessoas não conhecem o manguezal. E por não conhecer esse ecossistema, que nós consideramos como berçário, a gente começou a entender que não havia outro trabalho que poderia ser feito que não fosse aquele de educar”.

Foto: Junior Pio
Rusty conta mais sobre os projetos desenvolvidos e ressalta o encontro com o projeto Agente Ecoa.
“Esse momento que a gente está vivendo com vocês é exatamente colocando isso em prática. Já são 24 anos que a gente faz, ininterrupto. Hoje nós temos também o Museu Itinerante, que levamos o museu a lugares como praças, ruas, escolas, interior. Dessa forma a gente se sente como cidadão cientista. O projeto Ecoa, o nome já diz tudo, ele vai reverberar. E, dessa forma, a gente vai conseguir chegar muito mais longe do que a gente quer”.
Sineide conta que dedica a vida ao projeto. Pedagoga de formação, ela explica mais sobre o trabalho realizado.

Foto: Junior Pio
“A gente costuma dizer que nós saímos da ‘cela’ de aula, que é um quadrado, para uma ‘célula’ de aula. A minha função aqui no museu é apresentar um pouco do acervo para quem vem fazer a aula de campo e para mim é muito gratificante, porque é um ecossistema riquíssimo, importantíssimo, que é tão discriminado, talvez pela falta de conhecimento. E, por isso, a gente faz esse trabalho de educação ambiental, até para as futuras gerações”, fala citando o neto Raley, de 17 anos, que acompanha o casal nas expedições.
Experiências que incentivam a sustentabilidade
O percurso formativo e sensorial é desenvolvido em quatro estações que envolvem, por exemplo, ver e pisar no mangue, aprender sobre a fauna e a flora do local a partir de experiências e discutir sobre a importância de se pensar e defender ecossistemas como esse, como uma forma não só de preservação, mas de sobrevivência humana.
José Garibaldi, servidor da Célula de Análises Clínicas do DSAS, é da atual turma do Agente Ecoa e participou do passeio.
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Foto: Junior Pio
“Essa experiência [Agente Ecoa] é algo muito gratificante, algumas melhorias já estão sendo implementadas no meu próprio setor, aprendizados estão sendo adquiridos. Você ver cada detalhe que faz parte de um ecossistema inteiro, que influencia nas nossas vidas diretamente, que pode influenciar na vida também de outros animais… e isso é importante nós sabermos, porque é tudo um equilíbrio”, afirma após o momento vivido.
Além de Garibaldi, estiveram presentes servidores de turmas passadas, reforçando o caráter de educação continuada do projeto. Entre eles, estava Neuma Sampaio, servidora da Consultoria Técnica Legislativa (CTLegis), que estava usando uma blusa que ganhou no período da formação dela como Agente Ecoa pelo engajamento que promoveu no setor que faz parte.

Foto: Junior Pio
“Eu amei o convite, principalmente por poder viver uma experiência como essa mais uma vez. Ano passado visitamos o Cocó e eu nunca imaginei de ver essa paisagem aqui do mangue. Para mim foi incrível por poder aprender sobre a importância desse ecossistema. Rusty e Sineide deram uma verdadeira aula de conhecimento e, para mim, foi uma experiência única que a gente não encontra em outro lugar”.
Agente Ecoa
O curso Agente Ecoa é vinculado ao projeto Ecoa - Educação Continuada e Orientada Ambiental. As aulas são realizadas no formato virtual com temas ligados a sustentabilidade, incluindo gestão dos recursos hídricos, eficiência energética, gestão de resíduos e construções sustentáveis.
A visita buscou ampliar o conhecimento dos multiplicadores de sustentabilidade sobre as funções ecológicas do manguezal, como berçário da vida marinha, proteção das comunidades costeiras e manutenção do equilíbrio ambiental.
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Ecomuseu Natural do Mangue
O Ecomuseu é considerado um patrimônio histórico-cultural e natural de Fortaleza que contempla um ecossistema de transição entre o ambiente terrestre e marinho, rico em biodiversidade. Para conhecer o local, basta agendar uma visita em grupo. Saiba mais sobre o projeto aqui.
Edição: Samaisa dos Anjos
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