Comitê de Responsabilidade Social

Projeto "Afetos Literários" encerra ação Setembro Amarelo na Alece

Por Julio Sonsol
26/09/2024 10:59 | Atualizado há 3 semanas

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8ª edição do projeto "Afetos Literários" adotou o livro Kafka e a boneca viajante 8ª edição do projeto "Afetos Literários" adotou o livro Kafka e a boneca viajante - Foto: Celso Oliveira

"O Setembro é amarelo para chamar a atenção

 Pra falar de uma dor que dói no coração.

Tristeza, raiva, rancor

Medo ou dissabor,

Falar disso não faz vergonha

Você não está sozinho

Há ajuda pelo caminho. 

Dê o primeiro passo, recomece. 

Estamos aqui para você, não esquece

Faça um pequena prece,

 todos juntos pela vida

Uma campanha Alece".

Isabel Teixeira

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio da Célula de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas, do Comitê de Responsabilidade Social, realizou, nesta quinta-feira (26/09), a 8ª edição do projeto "Afetos Literários", que marca o encerramento das atividades da  ação Setembro Amarelo. A atividade, voltada para os servidores terceirizados da Casa, teve a facilitação de Jacqueline Assunção, que também coordena o projeto e da psicóloga e poetisa Isabel Texeira, apresentando a poética ,  “Um dia de cada vez”.

Jacqueline Assunção assinalou que "Afetos Literários" é um projeto muito pensado na saúde mental e nesta edição foi adotado o livro Kafka e a boneca viajante. "Foi um momento lúdico, aonde a menina feliz e a boneca viajante ensinam um diálogo de autocuidado em relação o valor da vida", observou.

Jacqueline Assunção enfatizou que o projeto é uma “vivência na roda” - Foto: Celso Oliveira

De acordo com a coordenadora, o livro é sobre uma história verídica onde o escritor fala de uma menina que perdeu a boneca e o "filósofo teórico" Franz Kafka, através de cartas traz a boneca de volta. "Essa boneca traz uma mensagem para menina feliz sair do momento cristalizado de tristeza que ela se encontra. Tal atitude se transborda pra cada um de aqui presentes hoje nessa roda". 

Jacqueline Assunção destacou que os "Afetos Literários" não são um clube de leitura e nem um atendimento psicológico. "É uma vivência na roda". onde após acontecerem as poéticas as pessoas exercitam a escrita. "Como a biblioterapia, há um coadjuvante que é a escrita terapia. Neste segundo momento é trazida, não só para a menina feliz, uma mensagem para todos que estão na roda e essas pessoas também se manifestam com mensagens uns para os outros.

A psicóloga Isabel Teixeira, da Célula de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas Isabel Teixeira, observou que desde muito pequena escreve poemas, apesar de nunca de se nomear como poetisa. "Eu escrevi a letra da poesia que depois foi musicalizada pela Lara Lobo e desde o ano passado é a música da campanha do Setembro Amarelo da Alece", disse.

De acordo com a psicóloga, a poesia apresentada  é uma pequena prece para tocar as pessoas através dessa poética, e da dessa encenação que foi desenvolvida durante a apresentação. "Normalmente a gente, por uma pressão midiática e social e cultural, tem a intenção de parecer estar sempre muito feliz. A peça que a gente vai apresentou é para dizer que mesmo quando a gente mostra para o outro uma felicidade, dentro de nós pode estar uma tristeza".

Isabel Teixeira ratificou que todos sempre procurem ajuda quando tristes - Foto: Celso Oliveira

A psicóloga orienta que quando uma pessoa aparenta estar tudo bem e não está, ela pode procurar ajuda tanto profissional, como espiritual ou como de amigos. Ela salientou que  é importante que se procure ajuda, que se tenha a sensibilidade de perceber que não está bem e que ela precisa ser ajudado. 

Suicídio

A psicóloga explicou que no século XVIII foi escrito o livro o Pequeno Verter onde protagonista teve que o levou a cometer suicídio. A partir desta publicação alemã houve suicídios reais que se assemelharam ao que estava descrito na história. "Nessa época foi chegada a conclusão de que falar do suicídio era perigoso porque estimulava outras pessoas a se suicidarem. Então ficou combinado que não era pra falar de suicídio".

Muitos anos depois, em 1994, continua Isabel Teixeira, um rapaz de dezessete anos, de nome Mike Emme, estava restaurando um carro Mustang. "Este menino que estava demonstrando felicidade, tinha amigos, tinha namorada, tinha família e se suicidou sem deixar rastro para a família não perceber o que ele estava doente. No velório de Mike, foram vários cartões amarelos com a fitinhas amarelas e com mensagens dizendo você não está só. Procure ajuda.  E daí surgiu o Setembro Amarelo".

 

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Paulo Veras

 

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