Período chuvoso traz alerta para aumentos de casos das arboviroses
Por ALECE15/03/2021 14:12 | Atualizado há 1 ano
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A incidência das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti tende a aumentar nesta época de muita chuva e altas temperaturas, que marcam o início do ano em Fortaleza e grande parte do interior do estado, sendo necessário um cuidado redobrado na prevenção, principal forma de evitar o contágio e a proliferação de dengue, zika e chikungunya, as chamadas arboviroses.
Com as devidas orientações de prevenção, é preciso ficar atento também aos sintomas das arboviroses. Conforme destaca o cardiologista do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará, Célio Vidal, a primeira evidência de epidemia de dengue no Brasil foi registrada na década de 1980. “Depois, ela se tornou uma doença endêmica na nossa região e mais recentemente, em 2015, temos a chikungunya e zika”, aponta.
Apesar de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, as doenças apresentam sintomas diferentes. No caso da dengue, conforme Célio Vidal, o paciente apresenta febre elevada acompanhada de cefaleia e dor nos olhos. “Já a zika se dá de forma mais discreta, podendo a pessoa ter febre e dores em sete dias e com um quadro exantemático (relacionado com erupção cutânea causada por uma doença aguda), enquanto a chikungunya se caracteriza por febre, dor articular intensa com edema articular e dificuldade as vezes para andar”, alerta.
De acordo com o cardiologista do DSAS, estas são viroses com as quais precisamos tomar cuidado e não esquecer de usar o protetor repelente para evitar esse tipo de patologia.
No período chuvoso, também surge a preocupação com o aumento de casos da Doença Diarreica Aguda (DDA), popularmente conhecida como virose da mosca. “É necessário ter cuidado com a conservação dos alimentos porque com a proliferação de insetos e moscas, predominam muitos episódios de doenças diarreicas que podem ser causados por vírus e bactérias”, destaca Célio Vidal.
Outros cuidados
Com o novo decreto de isolamento social rígido em vigor em todos os municípios do Ceará, até o dia 21 de março, a população deve ficar atenta, pois 80% dos reservatórios estão nas residências e os locais que acumulam água após a chuva são propícios para a reprodução do mosquito.
A melhor forma de prevenção é evitar água parada. Baldes, potes, quartinhas, bacias, tambores e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d’água, devem ser limpos e vedados corretamente.
Outras medidas que podem ser utilizadas pela população para evitar focos do mosquito são: guardar garrafas sempre de cabeça para baixo, encher até a borda os pratinhos dos vasos de planta e eliminar adequadamente o lixo que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas e copos descartáveis.
Saiba mais
Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), entre janeiro e fevereiro de 2021, dos 1.763 casos notificados como dengue, 518 foram confirmados. As demais arboviroses, zika e chikungunya, representam 171 e 51 notificações do total de casos (31 e 16 casos foram confirmados para as doenças, respectivamente). Em relação ao mesmo período no ano passado, foi observada uma redução de 66% no número de notificações por arboviroses no Estado.
JB, com informações da Secretaria de Saúde do Estado
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