Malce - Memorial Pontes Neto

Malce destaca bicentenário da Confederação do Equador

Por Salomão de Castro, com Malce
02/07/2024 12:03 | Atualizado há 2 meses

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Paulo Roberto Nunes, coordenador do Malce, destaca o papel do Ceará no movimento revolucionário Paulo Roberto Nunes, coordenador do Malce, destaca o papel do Ceará no movimento revolucionário - Foto: Bia Medeiros

O coordenador do Memorial Pontes Neto da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Malce), Paulo Roberto Nunes, destaca o transcurso, nesta terça-feira (02/07), do bicentenário da Confederação do Equador, episódio histórico transcorrido em 2 de julho de 1824.

De acordo com ele, o movimento foi desencadeado por fatores como a insatisfação ao autoritarismo do Império de Dom Pedro I, crises socioeconômicas na região Nordeste, influência portuguesa na vida política do Brasil no pós-Independência em 1822 e ainda a deposição do governador da então província de Pernambuco, Manoel de Carvalho Paes. "Com este cenário, alastrou-se pelo território das províncias da atual região Nordeste um movimento revolucionário de ideais republicanos e separatistas, a partir do dia 2 de julho de 1824, intitulado Confederação do Equador, nome dado em referência à linha imaginária que passava próxima ao conflito", recorda.

Ainda conforme Paulo Roberto Nunes, os atuais estados Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte tornaram-se palco do desdobramento do movimento revolucionário contra o governo central.

"Nomes como Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, Gonçalo Inácio de Loiola e Albuquerque Melo, conhecido como padre Mororó, José Pereira Filgueiras, João Andrade Pessoa Anta, Francisco Miguel Pereira Ibiapina, Luiz Inácio de Azevedo Bolão, Feliciano José da Silva Carapinima e Joaquim da Silva Rabelo, conhecido como Frei Caneca, foram seus mártires que carregaram os ideais da revolução em busca da independência e da liberdade diante da Monarquia", assevera.

O coordenador do Malce destaca que no bicentenário da Confederação do Equador, o Ceará celebra as memórias "daqueles que lutaram contra o autoritarismo do Império, os desmandos provenientes das oligarquias e a crise que se alastrava no território brasileiro em busca da independência", pontua.

Audiência pública realizada pela Alece em 28 de agosto de 2023 tratou de ações relacionadas à preservação do legado de Bárbara de Alencar - Foto: Máximo Moura

Papel de Bárbara de Alencar

Desde 2022, iniciativas variadas valorizam o legado de uma das líderes da Confederação do Equador, Bárbara de Alencar e seu papel na história do Ceará. Com o objetivo de divulgar e solidificar a imagem dela, a Alece aprovou, em 10 de abril deste ano, o projeto que cria o Dia Estadual da Heroína Bárbara de Alencar (Projeto de Lei n° 956/2023), de autoria do deputado estadual De Assis Diniz (PT) e subscrito pela deputada estadual Larissa Gaspar (PT), posteriormente sancionado pelo governador Elmano de Freitas (PT). Outras iniciativas foram desenvolvidas também pela Fundação Sintaf, do Sindicato dos Fazendários do Ceará, de 2022 a 2024.

Bárbara de Alencar atuou também na Confederação do Equador. Em 1824, D. Pedro I, então imperador do Brasil, dissolveu a Constituinte, de forma a resguardar as regalias portuguesas em nosso País. Estourou a Confederação do Equador, de cunho separatista e republicano, rapidamente abraçada pelos Alencar no Ceará, com engajamento de Bárbara e dos filhos, sendo Tristão Gonçalves nomeado governador do Ceará.

A revolução também não teve maior duração, culminando, inclusive, com a morte de Tristão e de outros revolucionários como Padre Mororó, Feliciano Carapinima e Azevedo Bolão, todos condenados ao fuzilamento e eternizados como nomes de logradouros de Fortaleza (avenida Carapinima, no Benfica, e ruas Padre Mororó, no Centro, e Azevedo Bolão, na Parquelândia).

Edição: Salomão de Castro

 

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