Exposição "Veredas do Sertão" prossegue até o dia 5 de julho na AL-CE
Por ALECE18/06/2019 16:54 | Atualizado há 1 ano
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"Se eu contar a minha história, todos vão se admirar
No dia que vim embora não marquei dia pra voltar
Com muitos calos na mão, vaqueiro era profissão
Eu vim do sertão pra cá"
Com esses versos próprios, Chico Neto Vaqueiro, de Pentecoste, marcou a sua participação na abertura da exposição "Veredas do Sertão", organizada pelo Memorial Pontes Neto (Malce) da Assembleia Legislativa do Ceará, em parceria com o Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Ceará (Inesp) e o gabinete da deputada Patrícia Aguiar (PSD), 3ª secretária da Casa. O ato solene, realizado nesta terça-feira (18/06), contou com a presença do presidente do Malce, ex-deputado Osmar Diógenes, do presidente do Inesp, João Milton Cunha de Miranda, além da deputada, que, por meio de requerimento, idealizou a mostra.
A exposição, que tem a curadoria de Marinez Alves, apresenta mapas sobre a evolução geopolítica do sertão através da história, acervo fotográfico da região, além de indumentárias próprias do vaqueiro - figura típica do sertão - manufaturadas em couro, como chapéu, gibão, alforjes, celas e proteções. A mostra ficará no espaço expositivo do Poder Legislativo até o dia 5 de julho.
O escritor Juarez Leitão, falando em nome da presidência do Malce, agradeceu a iniciativa da deputada Patrícia Aguiar, que trouxe a ideia da exposição para a Assembleia. Ele também salientou que a exposição traz a relevância da cultura do vaqueiro para a nossa cultura. "O bioma Caatinga ocupa grande parte do nosso território, onde se instalou, desde a colonização a cultura e a economia da pecuária, onde se destaca a figura do vaqueiro", afirmou.
Cultura popular em destaque
A deputada Patrícia Aguiar, durante a solenidade, assinalou que a Assembleia cumpre com os seus objetivos, "quando abre as suas dependências para mais um evento de divulgação da cultura popular nordestina, apresentando o jeito sertanejo de viver, olhar e sentir". Ela lembrou as agruras vivida pelos homens e mulheres do sertão, lembrando que essa gente tem lutado contra as dificuldades que assolam o Nordeste, "a começar pelo flagelo da seca, um fenômeno que há séculos soluções adequadas".
O presidente do Memorial, Osmar Diógenes, recordou momentos de sua trajetória no Interior. "Fui criança do sertão, onde me criei, e onde aprender a admirar o vaqueiro, personagem que tanto contribuiu para a formação da sociedade rural", afirmou. Ele também lembrou que a exposição se faz relevante para que as nossas gerações conheçam uma realidade tão distante da vida das grandes cidades.
A abertura da exposição contou com a participação de servidores da Assembleia Legislativa, bem como de estudantes e representantes da sociedade civil presentes à Casa.
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