DSAS realiza palestra sobre temáticas do Setembro Amarelo para servidores do departamento
Por Júlio Sonsol19/09/2025 14:34 | Atualizado há 4 dias
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Servidores do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Alece assistiram, nesta sexta-feira (19/09), à palestra "Como Vai Você? Vamos Romper o Silêncio e Olhar para a Saúde Mental no Ambiente de Trabalho?". A iniciativa foi da Célula de Enfermagem do departamento, com a facilitação do psiquiatra Felipe Mota do DSAS. A ação aconteceu no auditório do anexo III da Alece.
De acordo com a orientadora da Célula de Enfermagem do DSAS, Marina Frota, organizadora do evento, esta é uma oportunidade de se abordar o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio e a síndrome de Burnout, provocada por excesso de esforço no trabalho.
"A gente decidiu integrar as ações no Setembro Amarelo, com todas as células, e trazer os servidores para se conectar com eles mesmos, para eles ficarem cientes do processo de burnout e valorizar sempre o cuidado com o outro", disse.
Ela destacou que durante todo o mês foram levadas informações sobre o Setembro Amarelo para os servidores da Alece e comunidade do entorno. Houve uma integração dos setores do departamento para expor os serviços oferecidos pela Casa.
De acordo com a orientadora, a síndrome de Burnout é um fenômeno do século XXI e, por isso, é necessário que todos os trabalhadores conheçam as suas origens e seus efeitos.
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Marina Frota, orientadora da Célula de Enfermagem do DSAS. Foto: Bia Medeiros
Promoção do viver
Felipe Mota considerou que o mês de setembro é marcado pela prevenção ao suicídio, em que há a oportunidade de se falar sobre a promoção do viver, e o que está afetando as atividades laborais.
A ideia da palestra, segundo ele, foi gerar reflexão e fazer com que as pessoas repensem alguns pontos do próprio viver, como exercício físico, alimentação, espiritualidade e o cuidado com o próprio corpo.
"Algumas mulheres, às vezes, cuidam mais da família do que de si; os homens também, às vezes, se afastam, vão jogar futebol, vão apostar, vão fazer alguma coisa e acabam esquecendo (do convívio familiar). A ideia é gerar a reflexão e a mudança", disse.
Fazendo uma comparação entre as pessoas e seus bens materiais, o psiquiatra salientou que, enquanto o aparelho celular é trocado algumas vezes, os hábitos individuais, que poderiam ser melhorados, continuam os mesmos.
Desta forma, Felipe Mota abordou pontos como a melhoria dos valores individuais, senso de justiça, amorosidade, amizade e o cuidado com o próprio corpo. "Por isso fazemos pergunta para provocar reflexões sobre o quanto a pessoa tem evoluído, para que ela saia da palestra um pouco melhor", afirmou.
"Falar Salva Vidas!” é o slogan da campanha do Setembro Amarelo. Foto: Bia Medeiros
Síndrome de Burnout
A síndrome de Burnout, conforme explicou Felipe Mota, é um estado de esgotamento físico, emocional e mental causado por estresse crônico no trabalho ou em outras áreas da vida. Caracteriza-se por exaustão extrema, despersonalização e baixa realização pessoal. Foi inicialmente descrita pelo psicólogo Herbert Freudenberger na década de 1970, sendo comum em profissões que envolvem alta demanda emocional, como saúde, educação e atendimento ao público.
O médico psiquiatra salientou que os sintomas incluem fadiga constante, irritabilidade, dificuldade de concentração, insônia, sentimentos de fracasso e alienação. Fatores como sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento, desequilíbrio entre vida pessoal e profissional e ausência de suporte social contribuem para seu desenvolvimento. A síndrome pode levar a problemas de saúde física, como dores de cabeça e problemas cardiovasculares, além de impactos psicológicos, como ansiedade e depressão.
A prevenção e o tratamento, segundo Felipe Mota, envolvem mudanças no ambiente de trabalho, como redução de carga horária e promoção de um ambiente mais colaborativo, além de estratégias individuais, como terapia cognitivo-comportamental, prática de exercícios físicos e técnicas de relaxamento. Reconhecer os sinais precocemente é essencial para evitar complicações graves e promover o bem-estar.
Experiência dos servidores
Regina Moreira, orientadora da Célula de Nutrição, acompanhou a palestra. Ela revelou sentir-se impactada. Segundo ela, abordar a síndrome “mexe com nossas emoções”. "É tão valioso recebermos esses tipos de orientações, porque traz para o nosso dia a dia como nós podemos controlar determinados gatilhos e gerenciar as nossas emoções", disse.
A servidora Ana Carolina Furtado, orientadora da Célula de Fisioterapia, que também participou do momento, disse que a síndrome de Burnout é um tema muito relevante e importante para saúde mental. "É sempre bom participar, aprender e crescer. O nosso corpo precisa estar em equilíbrio. As nossas atitudes são importantes para que corpo funcione bem e de forma saudável", completou.
Edição: Julyana Brasileiro
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
E-mail: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
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