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Consultor do Projeto Realizar do Prosa orienta como evitar golpes financeiros 

Por Julio Sonsol
09/04/2025 13:04

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Programa Alô Alece estreou nesta semana Programa Alô Alece estreou nesta semana - Reprodução YouTube da Alece FM

A cada 16 segundos, alguém cai em um golpe financeiro no Brasil. A grande maioria dos crimes é realizada através do telefone celular ou redes sociais. As informações são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 

Somente no ano passado, foram registradas 1.965.353 ações criminosas desta natureza, de acordo com o consultor financeiro do Projeto Realizar, desenvolvido pelo Programa Prosa, César Wagner Pereira Nobre. Ele concedeu entrevista nesta quarta-feira (09/04) à jornalista Késya Diniz, durante o programa Alô Alece da Rádio Alece FM, para orientar o público sobre como se prevenir de ações golpistas. 

Acesse aqui o programa na íntegra

De acordo com consultor, os golpes no mundo virtual estão ficando mais sofisticados a cada momento. "Até 2024, metade dos brasileiros sofreu algum tipo de golpe", frisou, confessando que ele próprio já quase caiu em um e só se livrou porque, enquanto a fraude estava em curso, se atentou para o que realmente estava acontecendo.

"Mesmo eu tendo expertise para isso, quase caio. A ação é perto da perfeição", disse César Wagner, revelando que, em março passado, atendeu três servidores da Alece com problemas de fraude bancária. Segundo ele, os casos só tem uma solução positiva quando a falha for do banco e não do cliente.

Impactos dos golpes

Além do abalo financeiro, a vítima da fraude pode também passar por problemas de saúde ao se sentir lesado. "É tão impactante na vida das pessoas, porque há um lado emocional, quando a  pessoa sofre a fraude. Ela fica deprimida, tem insônia e ansiedade. Muitas vezes, se isola emocionalmente, fica desconfiada das pessoas e ainda tem o sentimento de culpa e a vergonha por ter sido ludibriada. Então, às vezes, as estatísticas dos casos podem até ser ainda maiores, quando a pessoa não vai nem da delegacia, porque tem vergonha de se expor", avalia o consultor.

Os riscos de uma pessoa cair em um golpe são elevadíssimos, segundo César Wagner, principalmente quando há uma excesso de confiança. Isso porque a maneira como os golpistas abordam sua vítima se assemelha muito à forma como agem as empresas regulares de call center. 

Tipos de golpe

Os tipos de golpes mais comuns, segundo o consultor, são efetivados via SMS, que chega no aparelho celular indicando um link que, se acionado, leva ao golpe. "Normalmente vai tratar de confirmação de Pix, compras no cartão de crédito, suspensão da carteira de motorista e expiração de  programas de fidelidade. Em outros casos, os golpistas podem se aproveitar de questões como a declaração de imposto de renda. As pessoas têm que ficar muito ligadas, porque é muito bem feito. É tudo quase perfeito", frisou.

Conforme relatou César Wagner, na semana passada, foi presa, no Rio de Janeiro, uma gangue com 50 pessoas operando em um call center praticando crime de fraude. "A pessoa acaba caindo, porque a ligação vai sendo transferida e o modo de operação é muito assertivo, inclusive agora com inteligência artificial. Há casos de notificação antes de protesto e ajuizamento do documento, para evitar penhora de valores em conta corrente", avisou. 

Nos golpes com Pix, a pessoa recebe uma ligação de alguém dizendo que fez uma transferência de dinheiro equivocadamente e pede a devolução da quantia. "Quando é uma pessoa de boa-fé,  você vê na sua conta que caiu esse Pix e faz a devolução. Só que  o bandido já contatou o banco através do mecanismo especial de devolução, anunciando que usou o Pix indevidamente para você, então a pessoa perde o valor", detalha.

Atenção aos detalhes

Conforme explicou o consultor financeiro, a primeira visão que o cidadão tem que internalizar é a de desconfiar de ligações do banco para confirmar algum tipo de operação de crédito, TED, Pix ou compra de cartão de crédito. 

A segunda coisa que César Wagner indica é a exclusão de números fixos de agências bancária de sua lista de contatos. "Os golpes são tão perfeitos que os golpistas já sabem sua agência e o seu número de conta. Se ele ligar através desse número, você vai achar efetivamente que o banco está ligando, porque vai aparecer na sua lista. Eu quase caí neste golpe, só que eu achava que era o banco que estava me ligando", avisou. 

Para evitar as fraudes, César Wagner recomenda que em casos de saques de dinheiro em caixas eletrônicos ou qualquer outra operação bancária, se busque o autoatendimento do banco, e evite caixas eletrônicos de supermercado. Ao ligar para uma agência para tirar alguma dúvida, tente falar com o gerente que você já conhece. 

Para os servidores da Casa, o Programa Prosa disponibiliza um tripé de apoio para o lado emocional, projeto de vida e consultoria financeira, desde aplicações, investimentos e planejamento de crédito, como começar a investir, com orientações para os investimentos serem bem aplicados. "A gente faz esse atendimento de uma maneira gratuita, sigilosa também, porque a gente vai tratar de dinheiro", avisou. 

Como entrar em contato com o Prosa

Os  interessados em participar das ações do Prosa podem procurar a sala do Programa, no 4º andar do Anexo II (vizinho à Biblioteca César Cals de Oliveira). 

Os contatos podem também ser feitos pelos telefones 85 3277-2685 e 85 98181-6728. 

 

Edição: Samaisa dos Anjos

Núcleo de Comunicação Interna da Alece
Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br 
Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/ 

 

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