Alcance

Alunos participantes do Programa Alcance têm suporte socioemocional

Por Julio Sonsol com Agência de Notícias da Alece
06/09/2024 10:10 | Atualizado há 3 meses

Compartilhe esta notícia:

Alunos do Alcance precisam cuidar da saúde mental em busca da aprovação no Enem Alunos do Alcance precisam cuidar da saúde mental em busca da aprovação no Enem - Foto: José Leomar

Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desenvolve desde 2020 o programa Alcance Socioemocional, voltado para os alunos que participam do Programa Alcance, ação da voltada para a aprovação no Enem e outros vestibulares e qualificação profissional. A iniciativa tem o objetivo de potencializar a aprendizagem dos alunos em processo de preparação pré-universitária, aliando a escuta ativa com ferramentas práticas que favoreçam o resgate da autoestima e o fortalecimento de potencialidades para os desafios do Enem e vestibulares de todo o Brasil.

O programa Alcance Socioemocional promove atividades como o atendimento pelo grupo de desenvolvimento emocional das células de Psicopedagogia, de Sustentabilidade e de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas e Restaurativas da Alece; atendimento por meio dos plantões psicológicos aos sábados, nos dias de aulões; Movimento Mulheres com Ciência; Grupo Vozes Femininas do Alcance; e ciclo de palestras em Fortaleza e nos núcleos municipais. 

Outra iniciativa desenvolvida por meio do Alcance foi o lançamento da cartilha “Desenvolvimento Socioemocional e Aprendizagem”, em parceria com a Célula de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas do Comitê de Responsabilidade Social (CRS) e da Célula de Psicopedagogia do Departamento de Saúde e Assistência Social da Alece (DSAS). A versão digital da publicação está disponível na plataforma Alcance Virtual.

Para a deputada Jô Farias (PT), coordenadora do programa Alcance, focar na saúde mental de jovens que se preparam para o futuro é de extrema importância, sobretudo em um momento de muita pressão psicológica. “O programa Alcance busca dar oportunidade para estudantes, preparando para o vestibular e para o mercado, mas não é apenas isso. Buscamos também acolher esses jovens e suas famílias e disponibilizar ferramentas de apoio emocional para cada um. O lançamento dessa cartilha mostra esse compromisso da Alece”, disse. 

Comportamentos de risco

A adolescência molda as pessoas para a vida adulta e, enquanto a maioria desses jovens tem uma boa saúde mental, múltiplas mudanças físicas, emocionais e sociais, incluindo a exposição à pobreza, transtornos mentais, abuso e violência podem torná-los vulneráveis atingindo a saúde mental. 

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos.

Metade de todas as condições de saúde mental começam por volta dos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada. Segundo relatório da OPAS, em todo o mundo, a depressão é uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes. Já o suicídio é a terceira principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos.

Um estudo do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Bahia) apontou que a taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil, entre os anos de 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária entre 10 e 24 anos evoluíram 29% ao ano no mesmo período.

Em pesquisa desenvolvida com todas as faixas etárias, o Brasil registrou um aumento nos casos de suicídios e de autolesões: crescimento de 3,7% e 21% ao ano, respectivamente, conforme análise da Fundação Oswaldo Cruz. O que alerta para a atenção e o cuidado com os jovens, que apresentaram índices maiores que o restante da população, reforçando a necessidade de fortalecimento da rede de atenção psicossocial, sobretudo para essa faixa etária.

O médico psiquiatra Rodrigo Freitas explica que o suicídio envolve uma série de fatores, entre eles genéticos, epigenéticos (como o ambiente e o estilo de vida podem alterar os genes), familiares, eventos adversos precoces, histórico de transtornos mentais, adoecimento clínico, entre outros. "Além desses, em relação aos jovens, há fatores do próprio desenvolvimento que, somados aos fatores anteriores, podem piorar ou contribuir. Um exemplo é a imaturidade do córtex pré-frontal, que é o responsável pelas funções executivas", assinala.

O profissional de saúde ressalta ainda que, além disso, o sistema de recompensa cerebral continua no amadurecimento, predispondo os jovens a terem comportamentos de risco como uso de substâncias, aumentando o risco do suicídio. "Importante destacar também a exposição excessiva às redes sociais que, aumenta o estresse, o tédio e o expõe ao cyberbullying", frisou.

Saiba mais

Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp do Alcance, por meio do número (85) 98125-7919.

Acesso ao Alcance Virtual: https://indd.adobe.com/view/a4d011e2-0732-4a37-825f-43b0a69716ed

Edição: Paulo Veras

 

Núcleo de Comunicação Interna da Alece

Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br

Telefone: 85.3257.3032

Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/

Veja também