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Série Ruptura indicada ao Emmy mostra transformação de personalidades

Por ALECE
28/07/2022 13:46

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- Divulgação

Quem cumpre jornada de trabalho regular sabe que nem sempre é possível levar ao ambiente laboral as questões pessoais vividas no seio familiar ou no círculo de amizades. É necessário resguardar uma aparência amistosa e leal com os superiores hierárquicos e colegas, mas não prejudicar o convívio. Baseado nessa premissa, a série Ruptura, do streaming Apple +, procura dissecar essas diferenças.

Ruptura, com feições distópicas e futurísticas, procura abordar as diferenças de forma simbólica. Apontada como favorita ao prêmio de melhor série, no 74º Emmy, a trama aborda a vida de Mark, que se submeteu a um procedimento cirúrgico, na misteriosa Lumon Industries, que divide de forma radical a sua personalidade. Sempre que sai do prédio onde teoricamente trabalha, ele não lembra de absolutamente nada que aconteceu durante as suas atividades funcionais. Mas quando está "trabalhando", não se recorda de como é sua vida civil.

O procedimento que divide as personalidades é realizado em voluntários, que sofreram algum tipo de trauma ou distúrbio. No caso de Mark, houve a perda da esposa que morreu em acidente, causando nele uma dor muito forte, quase insuportável. O que ele não sabe é que a cirurgia a que se submete faz parte de um experimento mais amplo sobre comportamento de pessoas.

O trabalho que realiza no interior das dependências do empreendimento não faz para ele, nem para quem acompanha a série, qualquer sentimento. Há uma constante busca de algum valor para as tarefas que realizam, mas esta procura é sempre infrutífera. O que todos os empregados fazem está em constante observação através de câmeras pelos dirigentes do experimento.  

A constante busca de sentido de tudo que ocorre, tanto no interior das instalações que se assemelham a uma fábrica, quanto fora delas, é o que fixa a atenção do público. A arquitetura do ambiente assemelha-se a um intricado labirinto futurista, onde qualquer pessoa menos treinada pode se perder. Ao mesmo tempo, a vida exterior abriga sentimentos de dor e desespero. O personagem que tenta fugir de um lado da experiência não encontra maior conforto do outro, enquanto ao público vai sendo desvelado as razões que movem cada um.  

Pela quantidade de espaços vazios no interior da Lumon, dá-se a ideia de que muitos novos cobaias são esperados para o experimento de divisão de personalidades. As sequências da peça audiovisual distópica não fazem questão, porém, que se compreenda o espaço em termos lógicos. A estranheza é uma das características da qual Ruptura lança mão já nos primeiros minutos, e uma visita guiada no terceiro episódio só amplifica tal sensação.

Apesar de algum desconforto que a série possa provocar, em decorrência da quebra de paradigmas da trama, Ruptura é uma diversão que nos leva a muitos questionamentos sobre nossas próprias vidas, e o que estamos fazendo dela. 

JS

 

 

 

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