Procon alerta consumidor sobre segurança nas compras online

A recomendação das autoridades para evitar o contágio pelo vírus Covid-19 é simples: fique em casa. A população tem evitado sair às ruas e, com isso, as compras pela Internet têm crescido consideravelmente. A comodidade do e-commerce pode, no entanto, virar um pesadelo para o consumidor devido a fraudes e golpes na Internet.

Para evitar que o servidor seja lesado, o coordenador do Procon Assembleia, Rodrigo Colares, afirma que a escolha do site é fundamental para garantir uma compra com segurança. Antes de fazer um pedido, é importante verificar se o site conta com o ícone de um cadeado na barra de endereço do navegador. Isso significa que é um ambiente seguro e os dados do cartão não serão abertos, o que facilitaria o roubo pelos chamados “hackers”.

O consumidor virtual também deve checar ainda informações sobre a reputação da empresa, se existem reclamações contra o site antes de efetuar a compra e dar preferência para o cartão virtual, disponibilizado por bancos para a realização de compras pela Internet. “Nesse momento de quarentena, muitos dos estabelecimentos se encontram fechados e o e-commerce é uma oportunidade para evitar deslocamento, mas é preciso cautela. É importante pesquisar os sites e duvidar de promoções mirabolantes com preços abaixo do mercado, porque na maioria das vezes elas não são reais e o consumidor pode ser lesado’’, alerta.

Proteção de dados pessoais

O advogado também recomenda que não sejam realizadas compras em computadores de terceiros ou com acesso público para proteção dos dados pessoais. Em relação ao pagamento, ele avalia que o consumidor acaba cadastrando os dados de cartão de crédito em vários sites sem checar se ele é seguro. Se o site for fraudulento, há uma captação de dados e o usuário corre o risco de sofrer estelionato. “Nesse momento de pandemia, todo cuidado é pouco. Se ele tiver o cartão de crédito bloqueado pela instituição financeira devido uma compra fraudulenta, terá uma restrição de crédito, que deve ser evitada no momento’’, avalia.

O isolamento social pode estimular a realização de compras por impulso, mas o coordenador do Procon defende que o consumidor opte pela compra consciente para evitar o endividamento, que atingiu no mês de abril, até agora, 66,6% das famílias brasileiras. “Com o isolamento em suas residências, a maioria dos consumidores acaba sofrendo demais com a publicidade de produtos, mas é o momento de evitar o supérfluo e de realmente pensar se aquela compra no momento terá utilidade, para não comprometer o orçamento’’, pontua.

JB

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