Oficina sobre memória afetiva na gastronomia mobiliza servidores

O Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio do Serviço de Atenção ao Adulto e à Pessoa Idosa (Sapi), e em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), realizou, nesta segunda-feira (01/04), o quarto encontro da oficina sobre memória afetiva na gastronomia.

A intervenção ocorreu no auditório Lucila Bomfim, no Anexo III (Edifício Deputado Francisco das Chagas Albuquerque) e foi conduzida pelo professor do curso de Gastronomia da UFC, Robson Mota, que coordena o projeto de extensão “Gastronomia e Nutrição na Promoção da Saúde e Qualidade de Vida”. O trabalho contou com o apoio do Sapi, serviço vinculado à Célula de Terapia Ocupacional do DSAS.

As psicólogas da Célula de Psicologia do DSAS e colaboradoras do Sapi, Flávia Medina e Helena Aragão, participaram dos encontros. Flávia destacou que os pacientes receberam amplo suporte cognitivo e emocional.

Atividade é conduzida conjuntamente por profissionais da Alece e UFC - Foto: Divulgação/Assessoria de Imprensa do DSAS

"Eu e Helena monitoramos indícios de ansiedade, depressão, deficiências cognitivas e transtornos mentais das pessoas atendidas. Em trabalhos anteriores do Sapi, observamos uma melhora significativa na sociabilidade de todos os pacientes. Com o projeto da oficina, o resultado foi ainda mais satisfatório por conta das atividades em grupo, que proporcionaram maior interação e abertura na questão afetiva, contribuindo para a cognição e a memória dos idosos", explicou.

Registro dos elementos-gatilho

"Nos dois encontros anteriores, os pacientes fizeram o registro textual dos elementos-gatilho (pratos, objetos, situações etc) que estimularam suas respectivas memórias afetivas. O quarto encontro foi o momento de 'feedback', ou seja, o relato por escrito das emoções positivas que o referido elemento despertou neles", informou o professor Robson Mota.

Robson informou também que esse último encontro não constitui a etapa final do projeto de extensão, que ainda contará com filmagens dos pacientes preparando receitas em seus lares.

A aposentada Maria Liduína Gurgel, assistida pelo Sapi, comentou a sua experiência como paciente do serviço. “Frequento o Sapi há quase dois anos, e estava muito depressiva quando aqui cheguei. Hoje me sinto bem melhor. Este espaço é como uma casa. Todos aqui são bem acolhidos. A ‘cozinha afetiva’ foi um grande presente, haja vista que muitas vezes passamos por tantos problemas no cotidiano que acabamos por esquecer as alegrias do passado”, afirmou.

Edição: Salomão de Castro

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