Núcleo de Comunicação Interna

Na reta final, comícios e pronunciamentos na Alece marcaram campanha das Diretas Já

Por Salomão de Castro e Júlio Sonsol
22/04/2024 00:28 | Atualizado há 3 meses

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Líderes do PMDB, PDT e PT durante comício pelas Diretas Já, em 1984 Líderes do PMDB, PDT e PT durante comício pelas Diretas Já, em 1984 - Arte: Núcleo de Publicidade da Alece

O Portal do Servidor da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) traz, nesta segunda-feira (22/04), a terceira matéria da série especial “Diretas Já: 40 anos depois”. O texto mostra como os comícios nas capitais e grandes cidades marcaram a reta final da campanha, entre março e abril de 1984. O tema ganhou repercussão entre deputados estaduais no Ceará nos dois meses. A matéria aborda ainda o papel da imprensa na cobertura do episódio histórico, com depoimentos do jornalista Alceste Pinheiro, do fotógrafo Rogério Reis e da então deputada estadual Maria Luíza Fontenele.

“Quem é esse viajante
Quem é esse menestrel
Que espalha esperança
E transforma sal em mel?”

“Menestrel das Alagoas”. Letra: Milton Nascimento/Fernando Brant. Intérprete: Fafá de Belém

Os mais jovens certamente devem se perguntar quem são vários dos personagens na foto inicial que ilustra esta matéria, na arte produzida pelo Núcleo de Publicidade da Alece. Entre nomes consagrados do PMDB, PDT e PT, partidos de oposição ao governo João Figueiredo, que estavam na linha de frente da campanha das Diretas Já, destacaram-se políticos que exerceram os governos de São Paulo (Franco Montoro e Orestes Quércia), do Rio de Janeiro (Leonel Brizola), de Minas Gerais (Tancredo Neves), bem como três que seriam alçados à Presidência da República (o próprio Tancredo, que não chegou a assumir, além de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva). Nenhum deles, no entanto, era o homenageado eternizado na canção levada aos comícios da campanha pela cantora Fafá de Belém.

“Menestrel das Alagoas”, uma das canções que embalou o período, não fazia referência a nenhum deles, e sim ao então senador Teotônio Vilela (1917-1983), político alagoano que deixou a base de apoio ao Regime Militar para ingressar no PMDB e mergulhar na campanha pelas eleições diretas para presidente. O político partiu no auge da campanha, em 27 de novembro de 1983.

Entre março e abril de 1984, a canção foi repetida várias vezes nos comícios que se sucederam durante a campanha. Entre todas as manifestações públicas já realizadas no País, o comício em favor da redemocratização do Brasil realizado em frente à Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), realizado em 10 de abril de 1984, é apontado, até então, como o mais importante da nossa história.

A escritora Carolina Matos, no seu livro Jornalismo e política democrática no Brasil, acentua que o evento foi considerado o "pico do movimento". De acordo com a autora, toda a mídia nacional mostrou o seu apoio de forma entusiasmada. Capas de jornais apresentaram fotos de uma multidão que percorria a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, mostrando uma marcha que era maior que a última demonstração política, realizada em dia 2 de abril de 1964, celebrou a queda do governo João Goulart. Um mapa foi publicado no meio da página do jornal “Folha de S. Paulo” que fez a cobertura do evento, mostrando o enorme espaço ocupado pela congregação de manifestantes.

Imprensa ampliou cobertura

No mesmo jornal, conforme acentua Carolina Matos, foram publicadas quatro páginas ainda sobre o comício, com as matérias “Rio faz o maior comício da história do Brasil”, além do artigo “O país grande reencontra a Nação”, do jornalista Ricardo Kotscho. O público foi avaliado como de mais de um milhão de pessoas e uma concentração sem precedentes na história brasileira, ocupando 1,2 quilômetros da avenida Presidente Vargas.

"O reforço da grandiosidade das manifestações cívicas foi visto de novo no ato realizado no dia 16 de abril de 1984, no vale do Anhangabaú. Os jornalistas da Folha, Clóvis Rossi e Ricardo Kotscho, escreveram as matérias principais. A primeira página incluiu quatro fotos: duas tiradas por cima da multidão e outras de tamanho médio que mostravam mais de perto as pessoas presentes, incluindo os políticos e artistas. O caráter pacífico da manifestação foi ressaltado nos texto", acentua a escritora, no livro em que investiga como transformações marcantes na sociedade e na política foram trabalhadas pela grande imprensa durante três décadas.

Arte: Núcleo de Publicidade da Alece

Carolina Matos aponta que a enorme mobilização de setores da sociedade brasileira teve um significado simbólico e uma importância própria. Consequentemente, aponta, a campanha das Diretas Já entrou para a história do Brasil como tendo sido um dos principais catalisadores da queda da ditadura, na avaliação da autora.

Jornalista e repórter cinematográfico recordam comício

O jornalista Alceste Pinheiro, que integrou o Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), participou do comício da Candelária, como integrante do ato político e não como profissional, após sair do emprego da emissora, onde redigia na editoria internacional.   

"O movimento das Diretas Já, que estamos agora rememorando, foi uma etapa importantíssima no processo de Redemocratização do País. Não somente pela recuperação do voto direto para presidente, mas uma série de outras conquistas. Me recordo que dois anos antes tivemos eleições para os governos estaduais (1982) em que a oposição se apresentou e ganhou em vários estados", destaca Alceste Pinheiro, em referência as vitórias como as de Franco Montoro e Tancredo Neves, ambos do PMDB, para os governos de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente, bem como no surpreendente triunfo de Leonel Brizola (PDT) na eleição para o governo do Rio de Janeiro.

"Nessa época, como jornalista, eu trabalhava numa emissora de rádio como redator de noticiário internacional. Saí da emissora, que ficava a uns dez quilômetros da Candelária, e fui até o Centro, com o trânsito já muito difícil e complicado", recorda. Para chegar ao seu destino, ele teve de utilizar metrô e chegou por volta de 17 horas ao destino. Segundo o jornalista, já havia no local um bom público, que foi aumentando com o passar do tempo.

Alceste Pinheiro, jornalista, participou do comício da Candelária - Foto: Acervo pessoal

"Pelos microfones pudemos perceber que passou gente importantíssima no evento. O governador do Rio, Leonel Brizola, e governadores de outros estados, inclusive Franco Montoro, de São Paulo, e o jurista Sobral Pinto, que era um exemplo um homem, na época com mais de 90 anos. Um exemplo de de luta", considera.

Na visão de Alceste Pinheiro, não só a cidade do Rio de Janeiro se transformou naquele dia, mas também todo o País.  Para ele, a repercussão então foi importantíssima porque apesar de haver uma certa avaliação distorcida dos fatos, pelos grandes meios de comunicação, não se pôde negar que  ocorreu uma grande cobertura, assevera.

"A televisão, o rádio e os jornais do dia seguinte publicaram as fotos e os discursos. Tudo isso então foi um momento assim de muita comoção nacional". O efeito da grandiosidade do comício do dia 10 de abril, para ele, contagiou toda a população, que saiu da rua animada. "Lembro que eu e meus amigos que estivemos ali saímos empolgadíssimos, felicíssimos. Nós, que somos de uma geração que não havia experimentado o processo democrático, naquele momento nos sentimos contemplados com a possibilidade de termos uma participação plena no processo eleitoral”, destaca.

Parte do público presente ao comício da Candelária - Foto: Rogério Reis

Para o jornalista, tudo assumiu uma dimensão impressionante. Ele lembra ter saído com os amigos dali para festejar a vida, em um restaurante ou bar atualmente não identificado. "Era um espírito de comoção popular, em todos os lugares, nas ruas, no metrô. Era uma felicidade muito grande", pontua.

Na avaliação de Alceste Pinheiro, o movimento pelas Diretas Já teve uma repercussão muito grande para a democracia brasileira, pois logo a seguir houve a campanha pela Assembleia Nacional Constituinte, iniciada em 1987. "Se você olhar hoje, 40 anos depois, foi um lapso de tempo bastante curto, no sentido de que em poucos anos já estávamos elegendo o presidente, fazendo campanha, em 1989. É assim um marco para democracia brasileira, que causou uma impressão de que todos nós estávamos no caminho da democracia, da legalidade, do respeito, do avanço social. O resultado do movimento foi excelente, sem dúvida nenhuma", completa.

A pauta em imagens

“Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão

Todo artista tem de ir aonde o povo está

Se foi assim, assim será

Cantando me disfarço e não me canso de viver nem de cantar”

“Nos Bailes da Vida”. Letra: Milton Nascimento/Fernando Brant. Intérprete: Milton Nascimento

Chico Buarque (centro), entre Fernando Henrique Cardoso e Osmar Santos, durante comício pelas Diretas Já - Foto: Rogério Reis

O fotógrafo Rogério Reis  participou da cobertura jornalística do comício da  praça da Candelária. Na época, trabalhava para a revista Veja, então publicação de maior circulação no Brasil, com edições superiores a um milhão de exemplares. De acordo com ele, a expectativa era a de que o comício deveria ser uma das maiores manifestações políticas do país, que ainda sonhava com o retorno da democracia plena. O que levou a imaginar o sucesso público do evento foi o grande volume de doações espontâneas feitas para a organização do comício, em conta do Banco do Estado do Rio de Janeiro.

"Me orgulho muito de ter participado como fotógrafo de imprensa deste período da ditadura, desde o período da anistia (dos presos e exilados políticos) até o (movimento das) Diretas Já. Mais especificamente no comício da Candelária, e também fiz a cobertura do comício da Praça da Sé, em São Paulo. Na Candelária, chegamos a um milhão de pessoas. Todos os que estavam lá, principalmente os da imprensa, ficamos impactados com aquilo. Era o maior ato cívico que tínhamos visto até então", atesta.

Rogério Reis em imagem da época da campanha - Foto: Acervo pessoal

Para Rogério Reis, todo aquele movimento era um excelente sinal de que o poder militar estava enfraquecido e desgastado. "Mesmo não havendo bons resultados na votação da emenda Dante de Oliveira, com certeza essa mobilização gigante foi decisiva para a retomada da democracia em nosso País", acentua o fotógrafo.

Ele revela ainda que diante do aspecto cívico da grande mobilização popular e pelo seu estado emocional, pela primeira vez chorou em uma cobertura. "Vi também muitos jornalistas chorando, apurando e fotografando ao mesmo tempo. Nós, que já estávamos acostumados a toda sorte de fatos e notícias, estávamos diante de um momento inesquecível e extremamente comovente", assevera Rogério Reis.     

Tema mobilizou deputados estaduais cearenses

O comício da Candelária foi um dos temas abordados no plenário da Assembleia Legislativa cearense dentre os que se referiam à campanha das Diretas Já. Naquela época, as sessões ordinárias tinham início às 14 horas. Na sessão de 11 de abril de 1984, coube ao então deputado estadual Manoel Arruda (PMDB) repercutir a dimensão do comício. Este não foi, no entanto, o único momento em que as Diretas Já estiveram em pauta no Poder Legislativo cearense.

As atas das sessões ordinárias da Casa do primeiro semestre de 1984, que somam 85 páginas, relatam, entre março e abril, que o tema foi abordado por outros deputados. Além de Manoel Arruda, subiram à tribuna em defesa da campanha os parlamentares Barros Pinho, Maria Luíza Fontenele, Luiz Pontes e Castelo de Castro, todos do PMDB, bem como Ciro Gomes (PDS). À época, Gonzaga Mota (PDS) governava o Ceará. Naquela legislatura, o PDS elegera 34 deputados, contra 12 do PMDB.

Os parlamentares do PMDB, que compunham a bancada de oposição ao governo militar, usavam a tribuna frequentemente para falar sobre a importância dos movimento político nos dois meses que antecederam a votação da Emenda Dante de Oliveira na Câmara dos Deputados – marcada para 25 de abril de 1984. Na sessão de 13 de março, durante o pequeno expediente, Manoel Arruda repercutiu matéria da “Folha de S. Paulo” mostrando comício que reuniu 300 mil pessoas no centro de São Paulo, em defesa as eleições diretas.

Destaque-se que o jornal paulista havia dado apoio ao golpe militar de 1964, mas, no final dos anos 1970, passou a defender publicamente a redemocratização brasileira. Na publicação destacada por Manoel Arruda, a movimentação em São Paulo, na véspera a sessão, foi a manchete principal da publicação, assunto do editorial "Depois da praça" e de artigo do jornalista Jânio de Freitas, com o título "Plebiscito da Sé", destacando que apenas 33 dos mais de 5 mil municípios brasileiros possuíam população maior do que o número de manifestantes concentrados no comício.

Mobilização com nomes nacionais marcou período no Ceará

As atas das sessões de 1984 revelam outros episódios curiosos. Na sessão de 14 de março, a Assembleia Legislativa recebeu a visita do então vice-governador de São Paulo, Orestes Quércia (PMDB), que ingressou no plenário, durante a sessão, acompanhado dos deputados Carlos Cruz, Antonio Tavares, Raimundo Bezerra, Jarbas Bezerra e Ciro Gomes, todos do PDS, e Barros Pinho (PMDB). Quércia viera ao Ceará para promover a defesa da emenda Dante de Oliveira e convencer sobre a importância da Redemocratização no Brasil.

Um movimento distinto se deu na sessão de 5 de abril. Desta vez, o senador Marco Maciel (PDS-PE) e o líder do PDS na Câmara dos Deputados, Gonzaga Vasconcelos (PE), visitaram oficialmente o parlamento cearense. As atas mostram que a sessão foi suspensa por 15 minutos, quando o senador se reuniu reservadamente com os deputados estaduais. Na sequência, a sessão foi retomada, com Maciel tendo espaço para se manifestar em plenário. À época, ele era um dos pré-candidatos do PDS à eleição indireta para a Presidência da República e percorria o Brasil em busca de apoio. Caso a Emenda Dante de Oliveira fosse rejeitada, a eleição seria realizada indiretamente pelo colégio eleitoral do Congresso Nacional – com a participação, inclusive, de representações das Assembleias Legislativas.

Na mesma sessão, o deputado estadual Franzé Moraes (PMDB) criticou o presidente João Figueiredo, que havia tecido loas pelos 20 anos do golpe militar, em rede nacional, em discurso proferido em 31 de março de 1984.

Governos Figueiredo e Gonzaga Mota em debate

As sessões do período foram marcadas, ainda, por debates que trataram da campanha pelas diretas simultaneamente a abordagens referentes aos governos João Figueirdedo e Gonzaga Mota. Em 16 de março, Manoel Arruda subiu à tribuna durante o pequeno expediente e criticou o presidente João Figueiredo por vídeo transmitido pelos canais de televisão, quando o então presidente fizera a defesa das eleições presidenciais indiretas, por meio do Congresso Nacional.

Quatro dias depois, em 20 de março, Manoel Arruda retornou à tribuna e, ao lado dos deputados Ciro Gomes e Raimundo Bezerra, ambos do PDS, se solidarizou com o governador Gonzaga Mota, pelo bloqueio de 2/3 do Fundo de Participação dos Estados e municípios, imposto pelo Governo Federal. A medida teria sido uma retaliação ao chefe do Executivo cearense, após ele ter se manifestado a favor das eleições diretas – mesma posição do então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães (PDS).

Na mesma sessão, o deputado Luiz Pontes justificou requerimento de sua autoria, endereçado ao Congresso Nacional, manifestando a posição da Assembleia Legislativa pela aprovação da emenda Dante de Oliveira.

Ainda em abril, o Poder Legislativo cearense chegou a receber correspondência do Grupo Pró-Diretas, convidando para as manifestações públicas pela redemocratização do País e para uma reunião em Brasília, para tratar da campanha. A carta foi lida em plenário em 10 de abril, junto aos demais projetos incluídos na pauta regular da Casa.

Maria Luíza Fontenele recorda mobilização no plenário e nas ruas

A então deputada estadual Maria Luíza Fontenele se engajou ativamente, não apenas no movimento pelas eleições diretas, mas também em várias ações consideradas de oposição, como luta pelo fim da fome, redução da carestia do preço dos alimentos, e uma anistia ampla, geral e irrestrita, e não lenta e moderada, como apregoavam os próceres da ditadura militar. Ela mergulhou na campanha pelas Diretas Já no plenário da Assembleia Legislativa e fora dele, nas ruas de Fortaleza.

“Na época do movimento pelas eleições diretas, nós já tínhamos já criado o terceiro núcleo do movimento feminino pela anistia e estava numa atuação imensa. Era um um movimento capaz de galvanizar corações e mentes. Quando o deputado federal  Dante de Oliveira (PMDB-MT)  apresentou a emenda, eu era deputada estadual com inserção muito grande nas comunidades. Assim, trouxemos Dante e fizemos uma passeata saindo da praça da Sé, no Centro de Fortaleza, indo até a Faculdade de Direito da UFC (Universidade Federal do Ceará), na Avenida da Universidade, no (bairro) Benfica. Depois desencadeamos outros tantos movimentos sociais”, recorda.

Maria Luíza Fontenele, durante sessão solene da Alece referente aos 60 anos do golpe militar - Foto: Máximo Moura

Ela lembra que a caminhada com alunos da UFC, reunindo secundaristas e população em geral, como um momento que considera dos mais relevantes na luta pela Redemocratização. “Além desta passeata com a presença do Dante de Oliveira, fizemos também o Tribunal do Genocídio, para pra denunciar várias questões, como o movimento contra a fome e a carestia, além das causas sindicais que eram combatidas pelo regime de exceção”, pontua. 

Maria Luiza considera que Tribunal do Genocídio foi muito importante para o movimento político realizado à época na Concha Acústica da UFC. “A livre manifestação era um ato importantíssimo aqui em Fortaleza. Fizemos o julgamento não só da ditadura, mas do capitalismo, na Universidade Federal do Ceará, aglutinando não só muitos estudantes e professores, mas também uma série de outros movimentos”, acentua.

Com as denúncias levadas a efeito nas manifestações, aponta, a luta pelas Diretas Já ganhou força. “No meu segundo mandato de deputada, não só aqui em Fortaleza, mas em diversas cidades, saímos em luta por nossas bandeiras, com a presença de ex-deputados cassados pelo Regime Militar”, assevera.

A defesa da democracia, destaca, também assumiu proporções lúdicas. ”No meu segundo mandato de deputada, tivemos a ideia de apresentar no Carnaval um bloco Diretas Já e com o A cortado do movimento anarquista. A fórmula adotada era a gente aglutinar os mais as mais diferentes tendências aqui no Ceará, que é um aspecto muito importante, não só do movimento de anistia”, recorda.

Saiba mais

O fato é que as Diretas Já ganharam as ruas de Fortaleza e o plenário da Assembleia Legislativa cearense em março e abril de 1984. Na segunda quinzena de abril, havia grande expectativa sobre a decisão a ser tomada pela Câmara dos Deputados na votação a se realizar em 25 de abril. O desfecho da campanha será abordado na última matéria desta série, nesta quinta-feira (25/04), quando a votação da Emenda Dante de Oliveira na Câmara completará 40 anos.

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Salomão de Castro

 

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