Servidoras da Alece: mulheres que inspiram

O mês de março é dedicado às mulheres, sendo o 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. Para marcar a data e homenagear todas as servidoras do Poder Legislativo e as mulheres cearenses, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) lançou a campanha “Mulheres que inspiram: vozes, conquistas e futuro”, que reúne materiais de comunicação e programação de atividades para servidoras e público externo. 

No cotidiano da Alece, as mulheres estão em todos os espaços, ocupando cadeiras no Plenário 13 de Maio, comissões técnicas e em todos os setores, órgãos e departamentos, contribuindo com o Legislativo e com a população cearense. Atualmente, trabalham 2390 mulheres na Alece, segundo o Departamento de Gestão de Pessoas (DGP).

Na Casa do Povo, temos muitas mulheres inspiradoras, por isso, o Núcleo de Comunicação Interna da Alece apresenta algumas dessas mulheres, homenageando assim todas aquelas que compõem a Assembleia Legislativa. 

Defesa dos direitos

Fátima Carvalho, servidora da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, considera essencial a presença feminina no parlamento. Ela, que está na Alece desde 1982 e na Comissão há 40 anos, desde o seu início, em 1985, testemunhou diversos episódios e conquistas na área. "As audiências públicas e a criação de espaços como a Procuradoria da Mulher são fundamentais”, defendeu.

A servidora relata que foi a Comissão que intermediou, por exemplo, toda a documentação em relação à Maria da Penha, dando projeção mundial ao caso, o que foi fundamental para a criação e aprovação da Lei. Um marco para a defesa da vida de mulheres em todo o Brasil e uma legislação de referência internacional. 

Fátima faz parte da história da defesa dos direitos humanos na Alece. Foto: Pedro Albuquerque

“Eu sinto que tenho cumprido meu papel, com apoio de todos os presidentes que passaram pela Comissão de Direitos Humanos. Espero, com meu trabalho, inspirar que mais mulheres lutem pela igualdade de gênero em todos os segmentos de nossa sociedade”, afirma a servidora.

Vocação e inspiração

A policial militar Adélia Thomeny, da 2ª Companhia de Policiamento de Guarda (2ª CPG), conta que desde pequena achava a profissão de policial muito bonita e, quando se tornou adulta, partiu para realizar seu sonho. “Servir e proteger é o lema da nossa corporação e aqui na Alece temos isso de forma ainda mais aguçada”, destaca a policial.

O lema “Servir e proteger” faz parte da missão da soldado Adélia. Foto: Pedro Albuquerque

Para Adélia, o fato de estar numa profissão em que prevalecem os homens, por si só, é inspirador para outras mulheres. “Eu ter conseguido me inserir nesse mundo mostra que nós, mulheres, podemos e devemos ocupar o lugar que desejarmos e todas devemos lutar por isso”, ressalta.

Luta pela família

Íris Silva é colaboradora da empresa Certa e presta serviços ao Cerimonial da Alece. Ela diz que trabalhar na Casa é um prazer em sua vida. “Gosto de política, de conversar com as pessoas e estar bem informada, de fazer meu trabalho bem feito. Aqui tenho reconhecimento e apoio para me desenvolver pessoal e profissionalmente”, celebra.

Os colegas de setor indicam que Íris conquista pela gentileza e acolhimento. Foto: Pedro Albuquerque

Ela conta que foi após trabalhar na Alece que conseguiu concluir seus estudos e já pensa em fazer uma faculdade. “Sou mãe solteira de duas meninas e um menino e tenho muitos problemas no dia a dia”, revela, "mas quando saio para o trabalho deixo as dificuldades de lado e dou o melhor de mim. Tento ser exemplo pros meus filhos e também para as pessoas que estão próximas a mim”, ressalta.

Inclusão e cidadania

A coordenadora de Libras da Alece, Sara de Mateus, está na Assembleia Legislativa desde 2019. “Em 2022 assumi a coordenação da equipe de libras dentro do projeto de expansão de acessibilidade na Casa”, explicou.

Sara destaca que acessibilidade é cidadania e trabalhar oferecendo oportunidade para que pessoas com deficiência auditiva tenham acesso à informação e conteúdo de qualidade é muito importante.

Coordenando a equipe de libras da Alece, Sara inspira e promove inclusão. Foto: Pedro Albuquerque

"Tenho consciência também do meu papel como coordenadora, num cargo de gestão. Isso incentiva que outras mulheres lutem por espaços de destaque em suas áreas de atuação e na sociedade em geral”, assegura.

A coordenadora salienta que existem dois movimentos associados: o do poder público, que abre espaços para as mulheres e o das próprias mulheres, que se movimentam para ocupar estes espaços. Sara pontua que um não tem razão de ser sem o outro.

Razão da data

O Dia Internacional da Mulher tem suas origens nas reivindicações das mulheres por melhores condições de trabalho, igualdade, fim de guerras, direito ao voto e foi sendo construído ao longo dos anos por mulheres em diferentes partes do mundo. 

Em 1908, milhares marcharam em Nova York por redução de jornadas e salários justos. Em 1910, em uma conferência internacional de mulheres socialistas em Copenhague de 17 países, a sugestão de um data internacional foi aprovada. 

No entanto, a marca para a celebração  no dia 8 de março é em decorrência de um protesto de cerca de 90 mil operárias russas em 1917. O evento, conhecido como “Pão e Paz”, foi um dos primeiros atos da Revolução Bolchevique. No protesto as operárias reivindicavam melhores condições de trabalho, o fim da fome e o retorno dos homens do front da 1ª Guerra Mundial.

A Organização das Nações Unidas (ONU) começou a comemorar oficialmente o Dia Internacional da Mulher em 1975 como forma de propagar o combate das desigualdades e discriminação de gênero em todo o mundo.

Ainda nesta semana, convidamos vocês a conhecerem mais servidoras da Alece: mulheres que inspiram!

Edição: Samaisa dos Anjos

Núcleo de Comunicação Interna da Alece

Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br

Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/