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Gerontóloga defende acolhimento emocional durante a pandemia

Por ALECE
18/03/2021 15:57

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- Foto: DSAS

O início de 2020 foi marcado pelo surto da doença causada pelo novo Coronavírus (Covid-19). A pandemia afetou a rotina mundial e levou as populações de todo o planeta ao “novo normal”, um modo diferente de viver. Nesse período de mudanças e incertezas, vários sentimentos podem vir à tona, como a tristeza, o medo e a ansiedade, bem como a falta de interesse para as atividades cotidianas. Assim, surge a necessidade do acolhimento emocional, defendido por Lucila Bomfim, orientadora da Célula de Terapia Ocupacional do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará, no quadro “Dicas de Saúde” desta semana.

Assim, é esperado que as pessoas estejam mais fragilizadas e com dificuldade em expressar e processar suas emoções, necessitando de auxílio. Para serem acolhidas de forma mais apropriada, precisam estar suscetíveis a aceitar ajuda de profissionais, amigos, familiares e redes de apoio e valorizar as relações edificantes, com pessoas que sabem como acolher.

“Compartilhar nossas emoções com outras pessoas pode ajudar-nos, fortalecendo nosso sistema imunológico e permitindo-nos compreender que não somos os únicos que temos problemas”, refere a gerontóloga e orientadora da Célula de Terapia Ocupacional do DSAS, Lucila Bomfim. Em vídeo realizado em conjunto pelo Departamento e Núcleo de Comunicação Interna da AL, com o apoio da TV Assembleia, ela apresenta sua visão sobre a prática do acolhimento emocional.

De acordo com a gerontóloga, esses momentos em que são disponibilizados espaços de escuta, apoio e acolhimento emocional podem nos ser de grande valia e ajuda. O acolhimento emocional, entendido como o conjunto de ações com o fim de oferecer escuta, é um recurso que deve ser utilizado para um melhor entendimento do que se passa conosco.

Outros cuidados

As pessoas capacitadas a oferecer apoio emocional por intermédio da escuta ativa precisam levar em consideração duas diretrizes fundamentais. A primeira é escutar empaticamente, ou seja, focar nos órgãos e sentidos – corpo, ouvidos, olhos, gestos – para que estes estejam envolvidos a fim de captar os sinais emitidos pelo outro, enviados de forma intencional ou não. Isto significa “sentir com o outro” e requer estar aberto para escutar com receptividade, sintonizando-se com a pessoa, sem julgamentos ou ideias preconcebidas. Para que essa ação aconteça, se faz necessário captar seu tom de voz, a forma como olha, as expressões faciais, as palavras, o silêncio e o que se expressa nas entrelinhas.

A segunda diretriz é exercitar a paciência no momento da escuta, pois é preciso compreender que cada pessoa terá um tempo diferente ao falar de suas angústias e dificuldades, devendo-se estar atento ao oferecer apoio e cuidado. No entanto, estes não devem ser invasivos – ou seja, é necessário escutar as pessoas sem pressioná-las a falar, confortá-las e ajudá-las a se sentirem calmas, além de auxiliá-las na busca de informações e serviços para que tenham acesso a apoio social, físico e emocional, a fim de que se sintam confiantes, esperançosas. Acima de tudo, é necessário manter-se o sigilo da história da pessoa acolhida e considerar sua cultura, idade e seu gênero.

Entretanto, para que cuidemos do outro, precisamos cuidar primeiramente de nós, para que possamos estar aptos a exercer o acolhimento emocional, pois o autocuidado é imperativo ao lidar com contextos de estresse.

Confira abaixo o vídeo em que a gerontóloga Lucila Bomfim trata do assunto.

JB, com Assessoria de Imprensa do DSAS

 

Núcleo de Comunicação Interna da AL

Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br

WhatsApp: 85.99147.6829

 

 

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