Especialista em trânsito orienta sobre condução de veículos em dias chuvosos

Há certos cuidados que quando adotados pelos motoristas no trânsito urbano ou nas estradas, em dias de chuva, podem evitar dissabores e proteger vidas, em muitos casos. São medidas simples que não demandam muito esforço, além de uma atenção redobrada diante de situações que ensejam perigo a quem está no volante. O jornalista e especialista de trânsito Robério Lessa, servidor da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), traz algumas orientações que auxiliam nas escolhas certas diante de situações que podem surgir no dia a dia. Basta segui-las com atenção e assim haverá mais segurança nas vias, beneficiando motoristas e pedestres.

De acordo com Robério Lessa, as poças de água nas ruas podem representar riscos significativos para condutores. Entre os cuidados essenciais, ele aponta que se evite atravessar poças profundas, que podem esconder buracos, objetos perfuro-cortantes ou causar aquaplanagem.

"É importante reduzir a velocidade.  Passar rápido pode fazer o carro perder tração e derrapar.  Não menos importante é manter distância de outros veículos, reduzindo o risco de salpicos que podem afetar a visibilidade", alerta.

Redução de velocidade

Outra fator importante para evitar acidentes, conforme o especialista, é a redução da velocidade. Robério, no entanto, lembra que a velocidade mínima de qualquer artéria ou estrada é a metade da máxima permitida. Sendo assim, trafegar abaixo deste limite mínimo pode também ser fator de risco para quem está na mesma rua, estrada ou avenida. Vale salientar que esta redução de velocidade controlada é necessária porque a água reduz a aderência do pneu ao solo. "A chuva inicial é a mais perigosa porque a água ainda não lavou o piso, criando uma superfície ainda com areia, água e óleo, que, em caso de freada busca, se perde a aderência, gerando uma situação de perigo", adverte.

Outro problema muito comum no início das temporadas chuvosas, conforme aponta, são os limpadores de para-brisas desgastados. "As pessoas só vão lembrar dos limpadores quando chove", atesta. O ideal, segundo ele, é se antecipar à quadra invernosa e proceder uma averiguação do estado do acessório e, se necessário, substituir por um limpador com abas de silicone - item considerado mais durável, conforme salienta. Assim, se o condutor não teve este cuidado, o mais razoável durante as precipitações será estacionar o veículo e esperar a chuva passar.

Também é recomendável o uso dos faróis baixos acesos, mesmo durante o dia, quando chove. "Isso assegura maior visibilidade ao condutor e também aos outros motoristas. Com a chuva, diminui a visibilidade natural. Mas nada de farol alto ou de milha, porque isso pode encandear de forma geral e todos ficarão sem enxergar direito enquanto dirigem", pontua. 

Distância recomendada

Para quem dirige no trânsito com chuva, Robério Lessa aponta a necessidade de ampliar o espaço entre os veículos em movimento. "A frenagem demora mais tempo quando a pista está molhada. Por isso é importante se distanciar ainda mais do carro da frente. Nada de andar colado", destaca.

De acordo com ele, sinalizar com antecipação antes de realizar as manobras pode evitar acidentes. O especialista observa que dirigir com o pisca-alerta ligado também não é recomendável. "Isso confunde demais. Este recurso tem a finalidade de alertar quando o carro precisar estacionar em caso de pane. Se a chuva apertar, procure abrigo", recomenda.

Os perigos ainda são mais acentuados se o condutor está pilotando uma motocicleta, principalmente para aqueles que não realizam a correta manutenção de seu veículo. Robério lembra que em caso de frenagens na água, a moto pode se desequilibrar e provocar uma queda. "É melhor esperar a chuva passar em casa, e só sair quando as condições melhorarem. Caso essa possibilidade são seja possível por conta de compromissos profissionais ou de emergência, o ideal, então, será o uso do transporte público ou um taxi, que proporciona melhor segurança", recomenda o especialista.

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Salomão de Castro

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