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Especialista em trânsito analisa medida de incentivo à cadeia automotiva

Por Paulo Veras
21/06/2023 09:43 | Atualizado há 1 ano

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Medida Provisória referente ao tema, editada em 6 de junho, está em vigor Medida Provisória referente ao tema, editada em 6 de junho, está em vigor - Arte: Publicidade/Alece

Trinta anos depois o governo do então presidente Itamar Franco lançar o programa “Carro Popular”, o Governo Federal retomou a iniciativa e anunciou recentemente um plano que incentiva o mercado de veículos, fazendo um link com a sustentabilidade e proteção ambiental. O jornalista Robério Lessa, servidor da Assembleia Legislativa do Ceará, especialista em trânsito e automobilismo, chama a atenção de que dessa vez a iniciativa não se restringe aos automóveis de passeio, mas também a veículos como ônibus e caminhões. A Medida Provisória que trata da matéria foi editada no dia 6 de junho e já está em vigor. 

O especialista acredita que a medida é positiva exatamente porque não serão beneficiadas somente as montadoras de carros particulares, mas toda a cadeia automotiva, que tem uma grande capilaridade. “Incluir na medida os veículos como ônibus e vans, assim como os caminhões que fazem o transporte de cargas pelo País, é essencial para que a toda a população seja realmente beneficiada”, defende.

Redução de alíquotas nos veículos de passeio

A ideia é que o desconto seja dado levando em conta três critérios: a questão social (quanto menor e mais barato for o veículo, maior será a redução); a eficiência energética (quanto mais econômicos e menos poluentes, maior será a redução) e a densidade industrial (quanto maior o índice de peças nacionais, maior será a redução do preço do carro).

Segundo o especialista, até o momento sabe-se que haverá redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e no PIS/Cofins  no percentual  de 1,5%. Os preços dos veículos deverão cair em, no máximo, 10,96%, dentro de um teto de R$ 120 mil para o consumidor final.

Robério usa os dois carros mais baratos no mercado como exemplo. “O Renault Kwid e o Fiat Mobi custam, respectivamente, em torno de R$ 68 mil a R$ 69 mil. Com base no percentual máximo previsto pelo governo, esses veículos zero-quilômetro serão comercializados com preço acima de R$ 60 mil”, estima.

Impacto na cadeia

Para Robério, cabe destacar que o mercado de usados também será impactado com a medida. “Quem pensava em comprar um carro usado por R$ 60 mil, poderá adquirir um zero-quilômetro por este valor e com todas as garantias que as montadoras dão por, no mínimo, três anos. Logo, haverá mais veículos usados em oferta”, prevê.

Segundo o especialista é inegável que a medida trará um bom movimento ao mercado, com a inclusão dos ônibus, vans e caminhões. No entanto, ele salienta ser necessário que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também aponte outras medidas direcionadas ao transporte público, que atende a maioria dos brasileiros. 

Robério Lessa enfatizou que praticamente só se falou em transporte público no Brasil quando dos eventos Olimpíada e Copa do Mundo. “Faz-se necessário um olhar para os ônibus, trens e metrô. É importante oferecer condições para uma renovação da frota, mas só o investimento na rede de transporte como um todo fará com que ela seja melhorada para o cidadão”, assevera.

Edição: Salomão de Castro

 

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