DSAS alerta para cuidados com automedicação

A automedicação é definida como a seleção, o consumo ou uso de qualquer medicamento com a finalidade de tratar doenças ou sintomas sem a devida a prescrição e acompanhamento de um profissional de saúde. Nos últimos anos, a pandemia da Covid-19 agravou ainda mais a prática da automedicação, pois restringiu o acesso às consultas e aumentou o medo das pessoas de buscar clínicas e hospitais e se contaminarem com o Sars-Cov-2. O Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará alerta para cuidados com esta prática.

Conforme alerta Kátia do Nascimento Gomes, coordenadora do Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos, da Faculdade Paulo Picanço e servidora da Prefeitura de Fortaleza, todo  medicamento tem um potencial risco que pode variar,o que inclui desde efeitos adversos leves ou mesmo danos graves ou letais.

“A automedicação é uma prática em que o paciente, diante de sintomas gripais, alergias, problemas gástricos, febre e dores deforma geral,seleciona determinados medicamentos eos utiliza com o intuito de corrigir e tratar determinadas condições clínicas na sua rotina doméstica. No entanto, todo medicamento, além do efeito terapêutico, pode vir acompanhado de riscos.Os efeitos adversos são agravados quando o paciente faz uma automedicação inadequada”, adverte.

Condições clínicas são necessárias

O Brasil está entre os cinco países em que mais se pratica a automedicação. Um exemplo do risco da automedicaçãoé a administração de analgésicos em pacientes com dengue que pode agravar o risco de hemorragias.

Kátia do Nascimento, que também é mestre e doutora em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ressalta que cabe aos profissionais de saúde informar à população que a automedicação é uma prática legítima e válida. Porém, alerta aponta como necessário que seja realizada em eventuais condições clínicas.

“Nós, profissionais de saúde,precisamos orientar o nosso paciente sobre os cuidados que devem ser realizados na prática de automedicação. Em casos de persistência de sintoma de qualquer condição clínica, devemos procurar ajuda de um profissional de saúde, que vai realizar o devido diagnóstico e o tratamento terapêutico adequado”, aponta.

Curso beneficiará profissionais do DSAS

A orientadora da Célula de Odontologia do DSAS, Amélia Capelo, ressalta que o setor está sendo contemplado por meio da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace) com o curso de Atualização em Farmacologia na Clínica Odontológica, ministrado pela cirurgiã-dentista professor Kátia do Nascimento. “É muito pertinente tratar do uso racional de medicamentos, alertando sobre a má prática da automedicação, por ter uma ação deletéria à saúde”, aponta, destacando que a docente ressalta a importância da higiene oral na prevenção e promoção da saúde bucal.

Confira vídeo sobre o assunto abaixo desta matéria, produzido em conjunto pelo DSAS e Núcleo de Comunicação Interna da Alece, com o apoio da TV Assembleia.

JB, com Assessoria de Imprensa do DSAS

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