Dia do Taquígrafo: servidores contribuem com a história e a transparência da Alece
Por Paulo Veras02/05/2025 16:18 | Atualizado há 15 horas
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Eles contribuem para contar a história, guardar a memória e garantir a transparência da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). Neste 3 de maio, Dia do Taquígrafo, o Núcleo de Comunicação Interna destaca o papel dos servidores que fazem os registros do que acontece no Parlamento, documentando com responsabilidade e eficiência os 190 anos da Alece.
A taquigrafia parlamentar foi oficialmente instituída no Brasil em 3 de maio de 1823 com o objetivo de registrar a primeira Assembleia Constituinte brasileira. A partir de 1951, a data passou a ser o Dia do Taquígrafo por decisão tomada no 1º Congresso Brasileiro de Taquigrafia.
Na Alece, a Célula de Taquigrafia, Revisão e Anais, vinculada ao Departamento Legislativo, conduz um trabalho responsável por documentar tudo o que acontece na Casa. A equipe conta com profissionais que se distribuem entre os que realizam as transcrições em tempo real, os revisores e os responsáveis pela supervisão.
Segundo Marinalva Gomes, orientadora da Célula e há 21 anos na Alece, o trabalho é bastante complexo e exige muita dedicação. “Temos que fazer tudo com muito cuidado e responsabilidade, pois contamos a história do Parlamento e de todos os parlamentares”, enfatiza.
Marinalva celebra contribuição dos taquígrafos ao longo da história da Alece. Foto: José Leomar.
A orientadora relatou que, recentemente, uma pesquisa sobre um deputado de 1989 foi feita nos arquivos da Casa. “Estavam em busca de material para um livro e nós fomos a fonte para a pesquisa dos autores, já que registramos tudo”, enfatizou.
Marinalva salientou a importância dos taquígrafos e taquigrafas que já se aposentaram. “Essas pessoas foram importantes na construção desses 190 anos da Alece. Fica minha homenagem pra eles e para todos os que se dedicam à taquigrafia”, compartilhou.
Eles ajudam a contar a história
O taquígrafo Sávio Botelho entrou na Alece em 1985. Ele detalha a evolução pela qual o setor passou nessas quatro décadas. “Trabalhávamos com máquinas de escrever manuais. Depois passamos para as elétricas, mais modernas. Hoje estamos ligados em rede por meio dos computadores”, detalhou.
Na linha de frente ou nos bastidores, os servidores garantem transparência e documentação. Foto: José Leomar.
Sávio afirma ter orgulho de fazer parte de um time que oferece aos cearenses um trabalho de qualidade. “É uma grande uma satisfação saber que nós fazemos parte de uma engrenagem que ajuda a sociedade cearense a evoluir cada vez mais”, comenta.
Elisabeth Morais, a Beth, também faz parte da equipe de taquígrafos da Alece. Assim como Sávio, ela já completou 40 anos como servidora da Alece e fala com emoção do trabalho desenvolvido. Ela começou na Casa no setor de fotocópias, depois passou pela Mesa Diretora e, então, para a taquigrafia. “São muitos anos de experiências difíceis, obstáculos e desafios, mas todos vencidos” comemora.
Ela também se lembra do salto de tecnologia que aconteceu. “Comecei na taquigrafia usando a famosa máquina de escrever Olivetti, gravando em fitas cassete, que precisavam ser enroladas cada vez que precisavam ser usadas. Depois passamos pra máquinas IBM e eu precisei fazer um curso”, rememora.
Os taquígrafos estão presentes no Plenário, nas comissões e em alguns eventos da Alece. Foto: José Leomar.
Ela avalia que é muito importante a divulgação do trabalho desenvolvido pelo setor, pois muita gente só vê os profissionais da linha de frente. “Nós cobrimos o Plenário, as comissões, além de congressos e seminários por solicitação de nossos parlamentares, mas a maior parte de toda taquigrafia está nos bastidores e isso ainda é desconhecido por muitos”, ponderou.
“Sei que aqui nós ajudamos a construir a história do Ceará e tenho muita satisfação de fazer parte disso junto com toda a minha equipe”, ressaltou.
Como trabalha a taquigrafia
O sistema taquigráfico se utiliza de símbolos e abreviações para registrar rapidamente a fala de oradores, sendo uma profissão essencial para a transparência e a fidelidade das atividades públicas, especialmente, no âmbito parlamentar. A taquigrafia tem a responsabilidade de registrar fielmente tudo que ocorre nos eventos nos quais os profissionais estão presentes.
Existem diversos sistemas e métodos de taquigrafia, cada um com seus próprios símbolos e regras de abreviação. Na Alece, o utilizado é o Sistema Taylor, criado por Samuel Taylor no ano de 1786 na Inglaterra.
Edição: Samaisa dos Anjos
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
E-mail: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/