ASSALCE

Curso Em Rodas de Biblioterapia aborda a Comunicação Não-violenta

Por Julio Sonsol
05/09/2024 12:09 | Atualizado há 2 semanas

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Servidores discutem "Comunicação Não-Violenta" no curso Em Rodas de Biblioterapia Servidores discutem "Comunicação Não-Violenta" no curso Em Rodas de Biblioterapia - Foto: Assessoria de Marketing Assalce

A Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Assalce) realizou, nesta quinta-feira (05/09), a 73ª edição, em seu sétimo ano, do curso "Em Rodas de Biblioterapia - Ler Cuidando do Ser". A roda de conversa desta edição teve a poética apresentada pela servidora Rachel Rodrigues, mestre em Avaliação de Políticas Públicas, professora universitária, terapeuta sistêmica e facilitadora em Comunicação Não-Violenta (CNV).

A exposição teve por base o livro "Comunicação Não-Violenta", de Marshall B. Rosenberg. A biblioterapeuta Jacqueline Assunção, idealizadora e coordenadora do curso, ressaltou que o tema, a comunicação não-violenta, é um  processo de entendimento mútuo que "com certeza" melhora a qualidade nas relações interpessoais.

 "A nossa primeira poética do semestre traz este tema pensando nas relações do trabalho e da vida que cada um tem. Nossa intenção é levar para a vida esse exercício, que nos é trazido pelo Marshall Rosenberg, através da poética da Raquel Rodrigues. É um processo de entendimento mútuo que permite melhorar as nossas relações. E também um processo de comunicação mais eficaz", salientou Jacqueline Assunção. 

A biblioterapeuta acentuou que no processo de comunicação não-violenta são observados o sentir, a empatia e o saber fazer o pedido. "Precisamos entender mais as nossas intuições. A neurociência também entra como se fosse uma parceira da comunicação não-violenta, entendendo que a gente, durante toa a vida gente valorizou as nossas intuições mais negativas, mas no entanto precisa valorizar mais as positivas", observou. Jacqueline Assunção salientou ainda que Raquel Rodrigues, mesmo sem ainda ter concluído o doutorado nisso, "é doutora nesse assunto". 

A expositora revelou que falar de comunicação não-violenta (CVN) é um presente para ela porque em todos os encontros se cria um espaço seguro onde a todos podem ser e estar de forma autêntica e genuína. "A CNV nos convida a olhar para gente, para vida e para o outro a partir de novas lentes. Vamos nos conectar a partir da energia do coração que é um lugar que nos possibilita a olhar e escutar o outro sem tantos julgamentos", disse. 

Poética apresentada pela servidora Rachel Rodrigues foi acompanhada por servidores no auditório da Assalce. Foto: Bia Medeiros

Ela esclareceu que é importante se afastar dos julgamentos não porque eles vão deixar de existir. "Pelo Contrário a nossa mente julga o tempo todo. Mas quando a gente conhece a CNV a gente se convida a desenvolver recursos internos, autoconhecimento. Assim eu começo a compreender que os meus julgamentos na verdade são confissões sobre mim mesma", salientou. 

Segundo ela, a CVN propicia abrir o espaço para ouvir com mais clareza, sentir com o outro e colocar a empatia em prática. "A gente está em um mês muito simbólico, que é o Setembro Amarelo. Sabemos que muitas pessoas sofrem por não se aceitarem, por não suportarem o peso das palavras dos outros, as expectativas e as pressões. E muito disso acontece porque quando eu não consigo fazer por mim. Então, quando eu não consigo me amar e aceitar, me validar, eu vou buscar isso fora", revelou.

De acordo com Raquel, nós estamos sedentos por atenção, por empatia e por colaboração. Só que isso só se faz possível através de uma escuta genuína, profunda e compassiva. "Quando eu paro para escutar o outro algo se transforma em mim também. Isso acontece porque há a conexão, e a gente começa a se relacionar sem ter medo do que o outro vai pensar. Porque a gente cuida dessa relação. Quando cada um pode falar o que sente, passa a compreender quais necessidades não estão sendo atendidas e convida o outro a colaborar", disse. 

A CNV, segundo Raquel Andrade, também ensina que quando se dá um não para o outro, se estar dando um sim para algo que é muito importante pra si.  "Então a ideia é que a gente possa se conhecer mais. E se conhecendo mais, sentir mais. A partir daí, se conectar com o que é importante, sem abrir mão do que consideramos e também sem passar por cima ou anular as necessidades do outro", completou. 

Saiba mais

A biblioterapia é uma terapia pautada na utilização dos livros como principal elemento. Se trata de uma abordagem que utiliza textos de diferentes formatos para tratar questões psicológicas como depressão e problemas de autoestima.

Como o próprio nome sugere, a biblioterapia é uma terapia pautada na utilização dos livros como principal elemento. O primeiro registro sobre a modalidade terapêutica aconteceu há cerca de 100 anos pelo americano Samuel Mcchord Crothers. No Brasil, porém, a biblioterapia só chegou em 1975.

Na prática a biblioterapia é um encontro em que duas ou mais pessoas lêem o mesmo livro. Assim, cada leitor deve dizer o que aquela história causou e quais impressões e percepções teve sobre o enredo e seus protagonistas. Ah! Vale lembrar que nesse contexto não há “certo” ou “errado”. Todas as impressões são válidas e podem enriquecer o debate. O mais importante é ser honesto sobre o que o livro causou e quais as reflexões desencadeadas.

 

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Paulo Veras

 

Núcleo de Comunicação Interna da Alece

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