Corpo de Bombeiros da Assembleia orienta população em caso de queimaduras
Por ALECE01/09/2020 09:29 | Atualizado há 1 ano
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O constante uso do álcool em gel, uma das principais medidas para prevenção da Covid-19, está diretamente relacionado ao aumento de queimaduras em todo o Brasil. Desde o início da pandemia, os casos aumentaram em 70%, segundo dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ). O produto utilizado culturalmente para limpeza de objetos ganhou nova função, mas a população não recebeu as orientações necessárias, conforme observa a 7ª Companhia do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, sediada na Assembleia Legislativa do Ceará.
A principal recomendação do tenente coronel Emerson Bastos, subcomandante da Companhia, é evitar se aproximar de fontes de calor como fogo e chamas, não utilizar isqueiro ou acender um cigarro, já que o produto é altamente inflamável. Em relação ao armazenamento do produto, as embalagens devem ficar fora do alcance de crianças, longe da umidade e do fogo, não devendo ser reaproveitadas. Outra dica importante é substituir, em casa, o álcool em gel pela higienização das mãos com água e sabão.
"Os acidentes com queimaduras, segundo o Ministério da Saúde, atingem cerca de um milhão de pessoas por ano. Apesar do Ceará ser referência no tratamento de queimados, inclusive com uma nova técnica que usa a pele da tilápia na recuperação, é preciso cautela e atenção ao utilizá-lo. O tratamento de uma ferida gerada por uma queimadura é na maioria das vezes bastante dolorido e demorado. Em muitos casos, as vítimas acabam com cicatrizes e sequelas permanentes'', afirma o tenente coronel.
Alerta
Com atenção e medidas preventivas, é possível evitar acidentes com queimaduras, mas, quando acontecerem, o subcomandante da Companhia orienta alerta que a utilização de produtos caseiros no local atingido pode complicar a situação da vítima. ''Passar gelo, manteiga, ovo ou creme dental se trata de uma crença popular e portanto, são procedimentos que devem ser evitados", frisa.
A recomendação correta é colocar o local queimado em água corrente sob temperatura ambiente e jamais estourar as bolhas que se formam, "porque assim você estará expondo o ferimento e correndo o risco de infeccioná-lo'', orienta o coronel Emerson Bastos.
Ele acrescenta que a vítima não deve tentar tirar roupas ou outros materiais que tenham grudado na área queimada, porque essa atitude poderá fazer com que estoure alguma bolha ou que seja arrancada a pele grudada no tecido, piorando ainda mais a lesão. Emerson Bastos orienta ainda que em caso de queimaduras mais graves, a vítima deve procurar ajuda médica o mais rápido possível. "Desta forma, a recuperação será mais fácil e rápida. E lembre-se: tudo isso poderá ser evitado com a prevenção'', pontua.
JB
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