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Comitê de Responsabilidade Social avalia plano para apoiar órfãos da pandemia

Por ALECE
16/02/2022 10:29 | Atualizado há 1 ano

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Primeira-dama Cristiane Leitão preside reunião do Comitê de Responsabilidade Social Primeira-dama Cristiane Leitão preside reunião do Comitê de Responsabilidade Social

 O Comitê de Responsabilidade Social (CRS) da Assembleia Legislativa por meio da Célula de Articulação e Fomento à Cidadania debateu a situação de crianças e adolescentes que ficaram órfãos em decorrência da Covid-19 no Ceará em reunião realizada na terça-feira (15/02).

 O encontro contou com a participação do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Alece, deputado Renato Roseno (Psol), da primeira-dama do Legislativo e líder do Comitê de Responsabilidade Social, Cristiane Leitão, de representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) do Núcleo de Saúde Mental e do Comitê de Responsabilidade Social da Alece.

A primeira dama da Alece, Cristiane Leitão destacou que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estão se articulando juntamente com a sociedade civil e UFC para traçar um plano de políticas públicas necessárias para os órfãos da Covid-19. Conforme destacou, o Núcleo de Saúde Mental da Assembleia fará um trabalho de escuta e acolhimento das crianças em situação de orfandade.

 ''Não podemos fechar os olhos para essa exclusão que essas crianças estão sofrendo. Vamos iniciar um trabalho juntamente com o Núcleo de Saúde Mental para escuta e assim iremos traçar um diagnóstico qualitativo. Precisamos ouvi-las e saber como fazer um trabalho de acolhimento emocional”, disse Cristiane Leitão. Segundo ela, A Alece vai dar contribuição, oferecendo assistência por meio do acolhimento e em paralelo, articulando reuniões com a vice-governadoria e coordenação da primeira infância municipal, para a construção de uma parceria colaborativa. 

 Para o deputado Renato Roseno, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Alece. a resposta  da situação de orfandade tem de vir coordenada entre saúde, assistência social, segurança, justiça e educação envolvendo os três poderes, o município, Estado e União. ''É uma articulação potente e necessária, não há tempo a perder. Há órfãos da Covid-19 desde março de 2020. São quase 24 meses. Precisamos dar respostas e para isso é necessário uma busca ativa, identificação e visibilidade, além de fortalecer a proteção social e aprovar um marco legal institucional com autorizações legislativas, sociedade civil, Legislativo, Executivo e Judiciário'', avaliou.

Segundo o relatório “Denúncia de Violações dos Direitos à Vida e à Saúde no contexto da pandemia da Covid-19 no Brasil”, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) publicado em novembro de 2021, estima-se que mais de 113 mil menores de idade brasileiros perderam o pai, a mãe ou ambos para a Covid-19 entre março de 2020 e abril de 2021. No Nordeste, os dados de outubro de 2021 apontam 26,5 mil crianças e adolescentes órfãos na região. Desse total, 5.610 estão no Ceará.

Ângela Pinheiro, do Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a Criança, vinculado ao Curso de Psicologia da UFC, afirmou que os dados mostram a situação de calamidade e requer de todos um posicionamento. ''Estamos felizes e esperançosos porque estamos fazendo essa articulação e um diálogo profícuo com a Assembleia Legislativa para que possamos expandir as parcerias e atender dignamente crianças e adolescentes que estão em situação de orfandade. Há órfãos de Covid-19 há quase dois anos. O que tem de ser feito é para antes de ontem'', ressaltou.

Inês Mamede, representante da Educação da UFC ressaltou que a educação é fundamental no acolhimento das crianças órfãos da pandemia. Conforme afirmou, é necessário que as escolas estejam sensíveis e atentas para identificar se há casos de crianças e adolescentes em situação de orfandade e ter clareza sobre quais estratégias pedagógicas serão necessárias para acolher adequadamente no âmbito escolar.

JB

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