Ciadi promove momento cívico com crianças em alusão ao 7 de Setembro

A socialização de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e síndrome de Down contribui para uma maior independência ao longo da vida. O Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi) investe nesse propósito e, além de assistência especializada multidisciplinar, promove atividades para marcar as principais datas comemorativas do nosso calendário.

Em alusão ao Dia da Independência do Brasil, celebrado em 7 de setembro, o órgão convidou crianças e famílias a participarem de um momento cívico nesta terça (09/09) e quarta-feira (10/09), uma oportunidade de vivenciar valores de cidadania e respeito aos símbolos nacionais.

A atividade contou com um desfile cívico, execução do hino nacional e roda de conversa explicativa sobre a importância da data, promovendo um espaço de aprendizagem e integração. A 1ª Companhia de Prevenção Institucional (1ª Cia/BPI) da Alece e a 2ª Companhia de Polícia de Guarda da Casa participaram dos momentos com as crianças.

Foto: Érika Fonseca

Inclusão e valorização

De acordo com a orientadora da Célula de Atendimento em Síndrome de Down, Nádia Rocha, incentivar o contato desde cedo com as datas comemorativas, como a Independência do Brasil, promove a inclusão e a valorização da nossa cultura.

Foto: Érika Fonseca

“O hino nacional e o 7 de Setembro fazem parte da nossa história e da identidade de ser brasileiro. É importante que todas as crianças tenham esse contato, que se sintam parte do nosso País e compreendam que também são cidadãs. Apesar de suas singularidades, as crianças atendidas pelo Ciadi também estão inseridas no contexto social, escolar e precisam ter consciência que o nosso Brasil tem uma história”. 

Integração e habilidades sociais

A orientadora da Célula de Atendimento em Transtorno do Espectro Autista, Maria Luísa Pinheiro, reforçou que a iniciativa promoveu a inclusão e a socialização entre as crianças assistidas pelo Ciadi e suas famílias. 

“Momentos como esse são importantes porque promovem um pertencimento e a vivência dos valores coletivos. Para alguns, pode parecer algo simples, um desfile, cantar o hino nacional, mas é uma ação que vai além e promove o fortalecimento das habilidades sociais, o estímulo da integração. Quando eles participam, se sentem parte de algo muito maior, e isso contribui para o desenvolvimento emocional e social de cada um”.

Dinâmica e socialização 

Para Emanuela Braz, mãe do João Gabriel, de 8 anos, as festividades proporcionadas pelo Ciadi proporcionam ganhos significativos para o desenvolvimento social e emocional do filho, que tem TEA. 

“O Ciadi tem sempre esse cuidado de inserir as crianças nas principais datas comemorativas. É um momento festivo e, ao mesmo tempo, uma terapia, porque é uma forma lúdica de socializar que engloba terapeutas, crianças e dinâmicas diferentes”, explicou.

Foto: Érika Fonseca

“O João Gabriel sempre participa e hoje veio caracterizado na cor amarela para criar esse amor pela nossa pátria e as cores da nossa bandeira. Antes de conhecer o Ciadi, ele tinha pouco contato visual, dificuldade de interação, e hoje percebo a sua evolução”, compartilha a mãe. 

Creuza Matias, mãe do Enzo, de 8 anos, que tem síndrome de Down, destaca que o filho sempre participa das festividades ofertadas pelo Ciadi. Segundo ela, mesmo sem ter tanto entendimento, o filho já interage com outras crianças e apresenta evoluções consideráveis. 

Foto: Pedro Albuquerque

“O Enzo é atendido pelo Ciadi desde 2021 e, a cada ano, notamos uma evolução. Quando ele chegou aqui era não verbal, não caminhava direito e, graças ao atendimento multidisciplinar da equipe de profissionais, ele tem mais qualidade de vida e consegue participar de atividades como essas”. 

Eliene Ângelo, mãe do Pedro Henrique, também marca presença em todas as festinhas realizadas pelo Ciadi para que o filho socialize com outras crianças e aprenda de maneira divertida sobre as principais datas comemorativas. 

Foto: Érika Fonseca

“É uma alegria trazer o Pedro Henrique para esses momentos e perceber o quanto ele se diverte e interage com todos. O trabalho do Ciadi é diferenciado, eles trabalham com amor, e isso reflete na evolução do tratamento dele”.

Edição: Samaisa dos Anjos

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