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Campanha Maio Amarelo busca reduzir acidentes de trânsito

Por ALECE
12/05/2021 11:24 | Atualizado há 1 ano

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No trânsito, atitudes preventivas são aconselhadas para se evitar acidentes No trânsito, atitudes preventivas são aconselhadas para se evitar acidentes - Arte: Bruna Bringel/ Núcleo de Comunicação Interna da AL

Criado em maio de 2014, o movimento Maio Amarelo tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. De acordo com dados da terceira Conferência Global de Segurança Viária, promovida pelas Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial de Saúde (OMS), realizada na Suécia, em fevereiro de 2020, o total de mortes no trânsito é espantoso. A cada ano, 1,35 milhão de pessoas perdem a vida no mundo todo por acidentes deste tipo.

No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde (últimos índices disponibilizados), 31.945 vidas foram perdidas em 2019 por conta dos acidentes de trânsito. São mais de 80 pessoas por dia, ou seja, uma morte a cada 18 minutos. Diferente de quaisquer epidemias, grande parte das mortes no trânsito poderia ser evitada se os motoristas seguissem as orientações basilares para a condução de um veículo, seja moto, carro ou caminhão.

O jornalista Robério Lessa, especialista em autoesporte e servidor da Assembleia Legislativa do Ceará, explica que nos acidentes de trânsito, a via, o homem, o veículo, associados ou não, são os fatores para a sua ocorrência, mas podem ser evitados. “No entanto, causa espanto quando verificamos que a falta de atenção, de acordo com dados do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é a maior causa dos acidentes nas vias públicas”, especifica.

Números preocupantes

A falta de atenção responde, conforme Robério Lessa, por 39% da causa dos acidentes; velocidade incompatível, 18%; não respeitar o distanciamento seguro do carro à frente, 10%; dirigir sob efeito de bebida alcoólica, 9%; falha mecânica, 8%; desrespeitar a sinalização, 7%; dormir ao volante; 6% e animais na pista, 4%.

“O fator humano é, sem sombra de dúvida, o que precisa ser trabalhado, cabendo ao condutor aperfeiçoar-se na maneira de dirigir, seguir as regras de trânsito e adotar postura mais segura, compreendendo o conceito e praticando a direção defensiva”, diz o jornalista.

E uma das regras da chamada direção defensiva ou preventiva, explica Robério Lessa, é ter o cuidado com o veículo. “O motorista não dirige em segurança se seu veículo estiver com defeito. É fundamental fazer a sua revisão e manutenção periodicamente”, defende.

Letalidade

A letalidade dos acidentes poderia ser diminuída se os motoristas fossem obrigados, ao renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e os que pleiteiam sua primeira CNH, a ter noções de física para a compreensão dos danos que uma colisão pode provocar em um corpo humano, na avaliação do jornalista.

“Basta lembrar que, em um acidente a 65 Km/h os passageiros de um veículo sofrem um impacto equivalente a 820 Kg. Se um carro bater num objeto fixo a uma velocidade de 60Km/h, o impacto equivale ao de cair de um prédio de quatro andares (numa altura de aproximadamente 14 metros). Se a velocidade for de 80 Km/h, o impacto equivale ao de uma queda livre de 25 metros”, exemplifica.

Ele lembra que uma pessoa adulta só consegue suportar um peso que seja, no máximo, três vezes superior ao seu próprio peso. Mesmo que um veículo esteja numa velocidade de 20 Km/h, o impacto sob um objeto fixo resulta numa força superior a até 15 vezes ao peso da pessoa, resultando em graves ferimentos, que em muitos casos, podem ser fatais, sobretudo nos atropelamentos.

“A letalidade dos acidentes aumenta quando dois veículos se chocam em sentido contrário. Tomando como exemplo ter dois carros a 25 Km/h se chocando em sentido contrário, o impacto aos ocupantes dos dois carros equivale a um choque a 50 Km/h em objeto fixo. Também é fato que 40% das mortes em acidentes são causadas por choque em pára-brisas ou o painel de instrumentos, enquanto 30% das lesões fatais em colisões foram causadas porque a vítima bateu contra o volante. Uma em cada cinco lesões aconteceu porque pessoas dentro do veículo bateram-se umas contra as outras”, avisa.

Robério Lessa acentua ainda que o corpo humano tem pouca resistência ao impacto, apontando exemplos concretos. Um pedestre atropelado por um automóvel trafegando a 30Km/h tem 95% de chance de sobreviver; a 40Km/h tem 85%; a 50Km/h tem 55% e a 60Km/h tem 30% de chance de sobreviver. Em uma colisão a 60 km/h, o peso é multiplicado por 50, uma mala de 7kg atinge 350 kg, um cachorro de 10kg atinge 500kg, uma criança de 20kg atinge 1.000kg, peso de um urso, uma pessoa de 50kg atinge 2.500kg, peso de um rinoceronte, e uma pessoa de 70kg atinge 3.500 kg, peso de um hipopótamo.

JS, com Robério Lessa (editor do Portal Carros e Corridas)

 

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