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Brasil comemora 200 anos de independência

Por ALECE
06/09/2022 11:38

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Data marca surgimento do Estado Brasileiro Data marca surgimento do Estado Brasileiro - Arte: Bruna Bringel/Alece

Este ano, o Brasil completa 200 anos de independência, data que é sempre festejada a cada ano, como o mais relevante festejo cívico do país. Assim, 7 de setembro é uma das datas comemorativas mais importantes do Brasil, justamente por abrigar um dos principais fatos da nossa história: a criação do Estado nacional.

De acordo com o historiador do Memorial Deputado Pontes Neto, da Assembleia Legislativa do Ceará, Carlos Pontes, foi nesse dia, em 1822, que dom Pedro I deu o Grito do Ipiranga, dando início a trajetória brasileira como nação independente.

"Em 2 de setembro, as novas ordens vindas de Lisboa chegaram ao Rio de Janeiro. dom Pedro estava em São Paulo, com o objetivo de resolver disputas pelo controle da Junta Provincial paulista. A princesa Leopoldina e o ministério de José Bonifácio, tomando conhecimento das últimas notícias vindas de Portugal, resolveram enviar as ordens das Cortes, juntamente com cartas da princesa, dos ministros e de sir Chamberlain, representante inglês no Rio de Janeiro", revela o historiador.

O correio alcançou d. Pedro no dia 7 de setembro de 1822, às margens do Riacho do Ipiranga, conforme explica Carlos Pontes. Ao receber os decretos e a correspondência, proclamou a Independência, o futuro primeiro imperador do Brasil, retirou de seu chapéu as fitas com as cores vermelha e azul das Cortes portuguesas. No gesto, formalizava-se a separação entre Brasil e Portugal, na visão do historiador

"Pela abordagem da historiografia romântica do século XIX, o dia 7 de setembro foi escolhido para marcar o momento de nossa emancipação política, apesar de a Independência ter se concretizado, na realidade, em agosto, com o decreto de dom Pedro declarando inimigas, as tropas portuguesas que aqui desembarcassem, com os manifestos de Gonçalves Ledo e José Bonifácio", Acentua Carlos Pontes.

A concepção da historiografia romântico-oficial, no entanto, pode ser observada no quadro do pintor Pedro Américo, que retrata o Sete de Setembro sob uma visão heróica. Nele, dom Pedro, no alto da colina do Ipiranga, envergando uniforme de gala e montando um belo cavalo, acompanhado de seus dragões, erguia a espada e gritava solene: "independência ou morte". A cena, que passou para a História como a imagem oficial e marco simbólico da nossa Independência, não reflete o que ocorreu de fato.

"Para os democratas, o ato do Ipiranga representava o início de mudanças mais profundas, permitindo a possibilidade de implantação, no Brasil, de um governo constitucional. "No dia 12 de outubro de 1822, aplaudido por uma multidão reunida no Campo de Santana, Rio de Janeiro, D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, mas não fez o juramento da futura Constituição", observa Carlos Pontes.

Independência no Ceará

No Ceará do início do século XIX, havia movimento pela independência do País, liderado por Tristão Gonçalves e José Pereira Filgueiras, de acordo com os historiadores. Porém, com as dificuldades impostas pelas limitações da época, somente em outubro de 1822, o ato de Dom Pedro chegou ao conhecimento público. Com a informação, foi definida a realização de eleição dos representantes da primeira Constituinte brasileira.

Os portugueses que aqui habitavam não aceitando a iniciativa dos cearenses de fazer a eleição, iniciaram conflito com os nativos. O incidente, que começara com trocas de socos e pontapés, se transformou em batalha sangrenta em Icó, no Centro-Sul do Estado.

No confronto, os nativos saíram vitoriosos e, elegeram os representantes cearenses na Assembleia brasileira. Somente em janeiro do ano seguinte, o presidente da nova junta governativa, Pereira Filgueiras, assume o poder. Assim portugueses são proibidos de ocupar cargos públicos no Ceará. Já em março, é eleita uma nova junta chefiada pelo padre Francisco Pinheiro Landim, consagrando a emancipação do jugo português.

 

JS com Memorial Deputado Pontes Neto

 

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