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Assalce realiza ação no coletivo "Bordando Resistência"

Por Júlio Sonsol, com Virgínia Bastos (Assessoria de Comunicação e Marketing da Assalce)
28/11/2023 12:40 | Atualizado há 1 ano

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Assalce promoveu a atividade em Horizonte Assalce promoveu a atividade em Horizonte - Foto: Virgínia Bastos/Núcleo de Comunicação Interna da Alece

A Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa do Ceará (Assalce), por meio da Oficina de Artesanato, Costura e Crochê, realizou uma troca de experiências entre alunas da oficina e as bordadeiras do Quilombo Alto Alegre, do município de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), nesta segunda-feira (27/11). 

Por meio da mobilização de mulheres negras nascidas na comunidade e de outras localidades e municípios, atores sociais e poder público, nasceu o projeto "Bordando Resistência", que tem por objetivo promover um espaço de diálogo com mulheres negras e quilombolas, com foco no reconhecimento da cultura ancestral e identidade para o fortalecimento da autonomia de gênero, defesa de direitos e geração de renda.

Após uma exposição das bordadeiras do projeto “Bordando Resistência”, na sede da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), a facilitadora da oficina de Artesanato, Verônica Barreto, se interessou em conhecer melhor o projeto. “Havíamos programado esta visita há algum tempo, para trocar experiências sobre a arte do bordado, mas, mais do que aprender técnicas, conhecemos a história de luta e resistência e a cultura dessas mulheres quilombolas. E isso foi muito importante, pois nos fez perceber que o conhecimento, por meio da arte, é uma ferramenta poderosa contra o racismo”, afirmou.

Integração entre membros da Assalce e do Quilombo Alto Alegre - Foto: Virgínia Bastos/Núcleo de Comunicação Interna da Alece

A facilitadora revelou que o interesse entre as participantes da oficina foi ampliado quando as técnicas de bordado do Quilombo Alto Alegre foram apresentadas. "Assisti alguns vídeos sobre estes trabalhos e levei para o grupo, que demonstrou a vontade de conhecer pessoalmente as bordadeiras de Horizonte", pontuou.  

Visitas futuras

Verônica Barreto anunciou ainda que novas visitações culturais deverão ser agendadas, conjuntamente com os integrantes da Oficina de Desenho e Pintura, do Coletivo Entre Artes da Assalce, facilitada pelo servidor Elmiro Ribeiro. "Vamos marcar uma data para conhecer a Estação das Artes, equipamento de cultura do Governo do Estado. A gente precisa reforçar este lado cultural em nossos projetos artísticos. Vamos todos sair e aprender mais com o convívio nestas visitas", salientou.   

Segundo a coordenadora do “Coletivo Bordando Resistência”, Cássia Enéas, o objetivo do coletivo é trabalhar autonomia, identidade e gênero com as mulheres quilombolas da comunidade Alto Alegre. “Receber as servidoras da Alece, que participam das oficinas de artesanato da Assalce, é muito gratificante. Isso mostra que o bordado é significativo, pois nutre novas amizades, é terapêutico e pode levar consciência crítica à sociedade”, destacou.

A coordenadora ressaltou que os encontros também fortalecem as relações de amizade que existe entre as bordadeiras de vários lugares diferentes. "O bordado pode trazer também consciência crítica para a sociedade. É este o trabalho que nós aqui do coletivo 'Bordando Resistência' realizamos", assegurou.

Saiba mais

A Comunidade Quilombola de Alto Alegre foi reconhecida em maio de 2005 pela Fundação Cultural Palmares enquanto remanescente de quilombos. Seu território ancestral é dividido pelo riacho Ereré e Canal do Trabalhador, em região limítrofe ao município de Pacajus. A comunidade organiza-se através da Associação dos Remanescentes do Quilombo Alto Alegre e Adjacências (Arqua). 

Edição: Salomão de Castro

 

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