Servidores da AL debatem Saúde Integral em Webinar
Por ALECE04/05/2021 21:00 | Atualizado há 1 ano
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A Célula de Qualificação dos Servidores da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace) realizou nesta terça-feira (04/05) Webinar sobre o tema “O autocuidado e a saúde integral nas organizações”. A exposição coube à psicóloga Adriana Bezerra do Carmo, fundadora da Flow Desenvolvimento Integral, diretora da Diagrama Consultoria e Gestão, conselheira da Somos Um e diretora do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças/CE e da Câmara Brasil Portugal/CE.
O Webinar fez parte das ações do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará voltadas ao fortalecimento da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental e Combate à Depressão e ao Suicídio da Casa.
Adriana Bezerra do Carmo observou que no dia a dia, as pessoas não fazem pausas em seus afazeres, e saem “emendando” as atividades. Mas quando as coisas acontecem dessa maneira, as pessoas funcionam no modo automático. "Uma parte de nós fica para trás, uma parte fica aqui e uma parte já está na outra reunião que vai acontecer", exemplificou.
Ela defendeu que as pessoas devem fazer pausas entre um evento e outro. "Em um minuto de silêncio a gente pode fazer um check in", justificou. A expositora disse que todos devem refletir sobre o momento em que está cada um e pediu aos participantes que todos pensassem em uma palavra para definir como cada um estava naquele momento. "Essa pausa é importante para perceber como está. Se está agitado ou relaxado, simplesmente perceba", aconselhou.
A psicóloga afirmou que essa pausa é importante para conectar o corpo ao espírito. "Pode ser que a emoção que você sinta reflita no seu corpo com uma sensação e ao se dar conta disso, pode ser que também perceba que está no seu presente. Esse é único lugar real que nós temos. Quando sente o corpo há essa percepção", apontou.
Revolução industrial e contextualização histórica
Ao fazer uma avaliação do avanço do processo produtivo, Adriana Bezerra acentuou que o processo de industrialização agrupou uma série de pessoas que realizam um trabalho massificado, fazendo só pedaços de uma tarefa. Para ela, essa foi a primeira experiência de não compreender bem o sentido do que se faz efetivamente. "A tecnologia fabril vem e consegue produzir em massa o que era impossível se fazer individualmente", contextualizou. A psicóloga lembrou que a partir da eletricidade o processo evoluiu e com a eletrônica se entrou em uma nova fase, que tem como matriz energética a tecnologia digital.
"A gente tem agora a impressão que o mundo está na palma da mão e que pode tudo. Tudo é muito rápido e se tem uma ilusão de que tudo é controlável. Se estou em um estado de alerta, o maior desafio é não se por em risco", revelou. E este estado de alerta, segundo ela, faz perceber que para não ficar vulnerável, é preciso fazer muitas coisas ao mesmo tempo, com a pessoa se tornando "uma mente multitarefa”.
O multitarefismo, em sua observação, atrapalha a concentração e o discernimento do que é realmente importante, pois, no entender de Adriana, não se consegue fazer todas as atividades com a mesma qualidade. Com isso, o ser humano perde a possibilidade de análise crítica e a empatia, porque a pessoa continua funcionando no automático.
A palestrante asseverou que cada vez mais o automatismo está sendo trazido para coisas que não podiam ser automatizadas, mas todos ficam atendendo à ideia de que se deve dar conta de tudo. “Só que não temos a capacidade de dar conta de tudo. Aí vamos criando armaduras para vencer as ameaças que a gente percebe”, apontou.
O que fazer
Ao apontar saídas para o automatismo, Adriana considerou que a primeira grande saída é compreender que somos seres integrais e que nesta integralidade é possível regenerar a saúde, com um novo olhar sobre ela. “Não é só o lado físico que importa, mas o mental também interfere e há uma simbiose. Assim como o social também interfere na saúde física e mental. Estamos organizados em dimensões, porque também fazemos parte de um planeta do universo", revelou.
Para cada um cuidar de si é preciso decidir fazer isso, apontou a psicóloga. “É fundamental verificar como está o autocuidado e o cuidado que se tem com os outros, além da capacidade de se permitir ser cuidado. É preciso equilibrar essas pontas, de forma integral. Quem só cuida vai ficar exausto. É preciso colocar a máscara de oxigênio primeiro em si”, defendeu.
Suporte aos servidores
A coordenadora da Célula de Saúde Mental do DSAS, Rejane Sales, observou que a realização do Webinar seguiu a orientação da primeira-dama da Assembleia, Cristiane Leitão, que, segundo ela, vem trabalhando no sentido de trazer bem-estar para os servidores.
"Há uma preocupação enorme em dar um suporte ao conjunto dos servidores. Precisamos abrir espaços para toda a discussão sobre a saúde mental e integral do ser. Todos fomos afetados em vários níveis, nesta pandemia, principalmente no ambiente de trabalho. Vamos refletir e buscar saídas para amenizar esse sofrimento", conclamou.
O Webinar é transmitido todas as terças-feiras ao vivo, por meio da plataforma Zoom. Os temas são diversificados e sugeridos pelos próprios servidores, com o objetivo de levar informação e manter a interação dos colegas durante o período de isolamento social. Esta edição foi solicitada por Cristiane Leitão, que vem conduzindo projetos na área de saúde no Poder Legislativo.
JS
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