Comitê de Responsabilidade Social

Painéis marcaram 1º Seminário de Gestão Sistêmica do Ceará

Por Júlio Sonsol e Julyana Brasileiro
30/08/2023 17:20 | Atualizado há 1 dia

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Painel sobre saúde marcou abordagem sistêmica do assunto Painel sobre saúde marcou abordagem sistêmica do assunto - Foto: Máximo Moura

A Assembleia Legislativa do Ceará realizou o 1º Seminário de Gestão Sistêmica do Ceará nesta quarta-feira (30/08), por meio do Comitê de Responsabilidade Social, em parceria com a Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace) e o Movimento das Mulheres do Legislativo Cearense (MMLC). O evento teve por objetivo apresentar a metodologia sistêmica adotada pelo Parlamento cearense, e contou com a presença de profissionais do cenário estadual e nacional de diferentes órgãos e instituições. Quatro painéis marcaram o evento, pela manhã e à tarde.

Pela manhã, o primeiro painel com o tema "Educação", foi apresentado pelo psicólogo clínico, diretor pedagógico e facilitador em eneagrama Expedito Carneiro, o psicólogo clínico e professor universitário Kevin Batista e o médico psiquiatra, psicoterapeuta, e mestre em Saúde Pública, Raimundo Severo, que desenvolve trabalhos em arteterapia, cultura e subjetividade. A mediação esteve a cargo de Lídia Lourinho, fonoaudióloga, psicopedagoga clínica e diretora acadêmica da Unipace; e Socorro Timbó, fonoaudióloga clínica, educacional e orientadora da Célula de Fonoaudiologia da Alece.

Lídia Lourinho considerou que o seminário teve como objetivo apresentar, de forma discutida e reflexiva das ferramentas sistêmicas em vários espaços. "Um desses espaços é a educação. Por isso, discutimos como esta abordagem sistêmica entra na educação", acentuou. De acordo com a diretora da Unipace, foi abordado, como proposta, um olhar mais holístico sobre o tema.

"É preciso inserir o sujeito dentro do sistema e conhecer o sistema ao qual ele faz parte. Quando a gente traz a abordagem sistêmica para a educação, há uma proposta de contextualizar a criança, adolescente ou adulto em uma instituição de educação com o seu contexto familiar. Não posso tirar este aluno do seu contexto e olhá-lo apenas como um aluno da escola", disse. Segundo afirmou, as ferramentas sistêmicas permitem um olhar mais acolhedor e contextualizado.

Abordagem sistêmica sobre educação

Socorro Timbó salientou que o painel se revestiu de grande importância porque o indivíduo é visto como um todo. "No processo de aprendizagem, não podemos fragmentar etapas. Tudo é aprendizado. Não existem erros. Existem acertos e perspectivas de construção. Este painel abordou sobre isso em todos os sentidos. Uma reflexão grande para cada um de nós é saber que precisamos mudar o processo educativo", acentuou.

O psicólogo e professor Kevin Batista falou sobre a experiência atuando no campo da educação, fazendo uma interface com a saúde. "É importante discutir como a gente pode levar a perspectiva sistêmica para atender a necessidade das populações. É preciso entender escola e universidade como extensões na superação das problemáticas das populações. É preciso articular o pensamento sistêmico, transformando a educação em algo salutar", defendeu.

Participantes do painel sobre “Educação”, realizado pela manhã - Foto: Bia Medeiros

O médico Raimundo Severo disse ter procurado se inteirar do conjunto da temática antes de participar do evento. "Entendi que o seminário procurou abordar a atenção integral ao ser humano, em todas as suas dimensões. Como sou da área da saúde mental e coletiva, trouxe um pouco das questões que hoje são importantes no adoecimento psíquico, mas que estão atreladas às nossas condições de vida nos aspectos das políticas econômicas e sociais", frisou.

Painel sobre saúde

No período da  tarde, a programação prosseguiu com painel sobre "Saúde", mediado  por Ana Sáskya Vaz, fonoaudióloga e diretora do Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi) da Alece, e  Rejane Sales, psicóloga clínica e orientadora da Célula de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas do Poder Legislativo.

O diretor do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia, Luis Edson Sales, ressaltou a satisfação de participar do primeiro seminário de gestão sistêmica. Conforme destacou, o modelo sistêmico foi trazido  pela primeira-dama, Cristiane Leitão e abraçado pelo presidente da Alece, deputado Evandro Leitão. ''Não conhecíamos bem essa metodologia e ela tem feito toda a diferença. O DSAS tem apostado no atendimento humanizado e alcançamos um nível de 97% de satisfação dos usuários que procuram os nossos serviços. A Alece  é referência na área da saúde, por meio do Departamento, que garante melhoria na qualidade de vida de servidores,  dependentes de servidores e comunidade do entorno da Alece'', afirmou.

Fátima Landim, médica acupunturista, refletiu que a saúde é um tema inerente à abordagem sistêmica. ''A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como um perfeito estado de bem-estar físico, mental e social. A  caminhada em direção a ela é o que dá sentido a nossa vida. Numa abordagem sistêmica, teríamos que analisá-la  em diferentes aspectos. Para  ter saúde, são necessárias alimentação satisfatória e condições mínimas de higiene. Ou seja, para a maioria da população, não é apenas um conceito médico, é algo mais abrangente. Recebo muitos pacientes que procuram um remédio, mas minha missão é conscientizar de que muitas vezes a cura vem do interior'', afirmou.

Seminário contou com quatro painéis nos dois turnos - Foto: Máximo Moura

O painel também contou com  a participação de Expedito Braga, terapeuta holístico transpessoal com atuação em pacientes oncológicos, que compartilhou suas experiências na área da saúde. ''Minha  história com a saúde  começou de maneira inusitada, com o diagnóstico de um câncer incurável, em 1980. Atuava na área de informática, tinha uma vida milimetricamente organizada e passei a  enxergar essa atribulação  como um caminho para o acerto. Percebi que a paz interior e enxergar a vida com otimismo são grandes remédios para nossas dores'', pontuou.

Na sequência, os participantes acompanharam painel organizacional com Adriana Bezerra, psicóloga e consultora da Flow Desenvolvimento Integral, e Luciano Esmeraldo, consultor e mentor em gestão de pessoas e cultura. A mediação foi de Ana Carmem Freire, psicóloga organizacional e especialista em Recursos Humanos, e de Selma Machado, terapeuta do núcleo de Saúde Mental e Práticas Sistêmicas Restaurativas.

A programação prosseguiu com o Painel jurídico, com Gabriela Lima, advogada, presidente do Instituto Brasileiro de Direitos das Famílias (IBDFAM), Lorrayni de Bortoli, advogada sistêmica, Luciana Teixeira, juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) e coordenadora do grupo de monitoramento e fiscalização carcerária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ/GMFC), e de Vanja Fontenele Pontes, desembargadora e supervisora do NUMEPEC/TJCE. A mediação ficou a cargo de Socorro Fagundes, psicóloga e facilitadora de práticas sistêmicas restaurativas, e de Raísa Lou Pontes, advogada e coordenadora do Centro de Mediação e Gestão de Conflitos da Alece.

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Salomão de Castro

 

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