Live sobre Outubro Rosa destaca informação como aliada no combate ao câncer de mama
Por ALECE27/10/2020 13:34 | Atualizado há 1 ano
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A informação como caminho para a redução da mortalidade do câncer de mama foi ressaltada na live “Outubro Rosa: conscientização e prevenção ao câncer de mama”, promovida pelo Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará na noite desta segunda-feira (26/10). Alusivo ao Outubro Rosa, o debate foi mediado pela psicóloga do DSAS, Greyce Guimarães, e transmitido no perfil do Instagram da AL.
Para o médico mastologista Flávio Ximenes, convidado da live, a conscientização acerca da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental para reduzir o número de óbitos causados pela doença. “A gente percebe que os países mais desenvolvidos têm conseguido trazer as pacientes para o diagnóstico precoce. Com isso, o tratamento é totalmente diferente, com possibilidade de cura enorme, alcançando índice de 95% numa fase precoce”, destacou.
Já no Brasil, apontou Flávio, cerca de 60% das pacientes chegam aos ambulatórios com a doença já em estágio mais avançado, comprometendo o resultado positivo do tratamento. “O tratamento passa a ter uma perspectiva, em menor grau, de ser curativo. Temos que intervir em diagnóstico precoce para que possamos ter resultados melhores”, frisou.
Conforme projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estão previstos para 2020 mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Segundo Flávio Ximenes, as mulheres devem estar atentas a qualquer alteração nas mamas, como presença de nódulos palpáveis que aumentam de tamanho, secreção sanguinolenta ou aquosa, inversão do mamilo e mudanças na forma e na cor. “A mulher ter autoconhecimento ajuda muito, pois gera a procura por um especialista”, pontuou.
DIAGNÓSTICO PRECOCE
O mastologista FlávioXimenes, que atua na Assembleia Legislativa, na Santa Casa de Misericórdia, no Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio) e no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), comentou que, embora o Sistema Único de Saúde (SUS) preconize a realização da mamografia a partir dos 50 anos, a Sociedade Brasileira de Mastologia indica o exame a partir dos 40 anos. “Há trabalhos mostrando o impacto sobre as mulheres que fazem mamografia a partir dos 40 anos, existe uma baixa na mortalidade em torno de 40%”, informou.
Flávio também defendeu a acessibilidade ao exame que, segundo ele, não está relacionada ao número de mamógrafos disponíveis, mas à sua distribuição pelo País. “Nós temos em torno de 4 a 5 mil mamógrafos no Brasil inteiro, isso é suficiente e muito para nossa população. O que falta é uma boa distribuição dos mamógrafos no Brasil como um todo”, explicou.
FATORES DE RISCO
De acordo com Ximenes, um dos principais fatores de risco para o câncer de mama é o fato de ser mulher, já que pessoas do sexo feminino estão mais sujeitas à alterações na glândula estimulada por hormônios. O uso de terapia de reposição hormonal, menstruação antes dos 12 anos, obesidade e consumo de álcool também estão relacionados à maior incidência da doença, afirmou o mastologista. “O fator hereditário é responsável por apenas 5% a 10% dos casos”, acrescentou.
O médico acentuou ainda que mudanças no estilo de vida, como a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividade física, ajudam a reduzir o risco da doença em até 30%. “Se a gente conseguir conscientizar a paciente de que existe uma necessidade de ela ter um cuidado a mais, ela vai ter vantagem sobre isso. Tem que começar desde cedo, não é algo a ser imaginado apenas em uma fase mais avançada da vida”, assinalou.
A live “Outubro Rosa: conscientização e prevenção ao câncer de mama” foi a segunda da programação de três momentos virtuais para abordar prevenção ao câncer de mama neste mês de outubro. A primeira, realizada no dia 19 de outubro, abordou a alimentação saudável como forma de prevenção e aliada do tratamento do câncer de mama.
A programação em alusão ao movimento do Outubro Rosa é realizada em parceria com a Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa do Ceará (Assalce) e com a 7ª Companhia do 1º Batalhão de Bombeiros Militar.
Da Agência de Notícias Assembleia
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