Webinar mostra impacto das tecnologias de informação na evolução de cidades
Por ALECE23/03/2021 20:59 | Atualizado há 1 ano
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O Google sabe exatamente onde cada um de nós está, por meio de aparelhos celulares. Assim, os governos, por meio destes dados, pode saber se as pessoas estão obedecendo as restrições para o controle da pandemia da Covid-19. A avaliação foi feita pela professora Ana Carla Bliancheriene, durante o Webinar “Políticas Públicas para Cidades Inteligentes”, apresentado pela Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace), por meio da Célula de Qualificação dos Servidores, nesta terça-feira (23/03).
A apresentação foi desenvolvida pela coordenadora do Grupo de Pesquisas SmartCitiesBr (Universidade de São Paulo – USP) e da Especialização em Políticas Públicas para Cidades Inteligentes (USP/ Tribunal de Contas do Estado, TCE-CE), Ana Carla Bliancheriene. O evento transmitido através da plataforma Zoom para o corpo de servidores da Assembleia Legislativa do Ceará.
Ao discorrer sobre as ações desenvolvidas pelos governos nesta área, ela destacou como modelo positivo o do Estado do Ceará. “Por isso é tão importante a medida de criar o cinturão digital que foi implantada no Ceará. É relevante para todos ter esse anel de conectividade. Assim, qualquer cidade, por menor que seja, pode se transformar em cidade inteligente”, afirmou.
Ana Carla avisou que quando houver o 5G cobrindo todo o território, teremos um grande ganho de cidadania para toda a população. “Tudo melhora quando se tem essa base. Não se pode mais imaginar um lugar no mundo onde não tenha acesso à Internet. Com essa plataforma 5G teremos o meio para cobrir todo o território nacional”, defendeu.
Além disso, a professora informa que é necessário, somado ao 5G, a capacidade de captar dados. “O petróleo do século XXI são os dados. Quem os tem pode vendê-los, utilizá-los, e há o lado negro da força, que pode manipulá-los. O Estado como foi criado a partir do século XIX, gera uma grande concentração de poder e de punir. Se antes o Estado era analógico, hoje toda a nossa vida está na Internet, seja porque nós colocamos os dados voluntariamente, seja porque foram roubados e estão sendo vendidos de forma ilegal”, alertou.
A mudança do estado analógico para o digital acompanha as gerações, na avaliação de Ana Carla. Em sua avaliação, todos pilares do Estado, que deveriam ser respeitados sem contestação, estão em xeque por nossos filhos ou netos. “O fato de sair alguma notícia no Jornal Nacional (Rede Globo de Televisão) não deixa de causar desconfiança. Eles têm outras formas de buscar informação e sabem mais do que nós quando tínhamos a mesma idade. O próprio conhecimento está circulando e a Internet é uma fonte importante desse conhecimento”, definiu.
Ela salientou que, atualmente, aplicativos fazem ações com mais precisão do que é ensinado no ambiente acadêmico. “Essas tecnologias impactam fortemente nas estruturas do Estado. Não se acredita em partidos como representação de ideias. Temos dificuldades de compreender o papel do sindicato nas relações de trabalho, do empreendedor individual, da vendedora de coxinha e do representante comercial”, avaliou.
Bibliografia
A professora Ana Carla Bliancheriene apresentou uma bibliografia que trata do tema. São eles “The responsive city”, que, segundo ela, é um clássico sobre cidades inteligentes, ao abordar o tema como rede de cidadania, interação e plataformas digitais das cidades, bem como repensando o governo. O segundo livro é “Well tempered city”, que aborda planejamento de crescimento, dinâmica balanceada da cidade, mobilidade, água, energia e metabolismo da cidade. E, por último, ela indicou a obra “Smart Cities, foundations, principles and aplications”, que fala do contexto humano das cidades inteligentes, relacionamentos simbióticos entre governança inteligente e cidadania inteligente.
As obras, segundo ela, tratam as cidades como organismos vivos. “Tem de ter a capacidade de captar dados e tornar esses dados úteis para os cidadãos e governantes. Tem de ter infraestrutrua digital”, explica. Segundo afirmou, hoje, para coletar e manter dados é necessária uma nuvem, banco de dados ou sistema, para que sejam processadas e geradas informações úteis. “Dado por si só é um número seco. É preciso ser valorado para gerar uma informação útil. Ou seja, é preciso que se interprete para gerar algo interessante”, afirmou.
Perspectivas
O diretor acadêmico da Unipace, Robson Loureiro, na abertura do Webinar, destacou mais uma oportunidade de realizar uma exposição sobre um assunto relevante para o quadro funcional do Poder Legislativo e destacou a qualificação da professora Ana Carla. Ele avisou ainda que está no planejamento da instituição a promoção de convênios de atuação entre a Unipace e Universidade de São Paulo (USP) no biênio 2021/2022.
O projeto voltado exclusivamente para os servidores da AL tem transmissão online ao vivo por meio da plataforma Zoom, sempre às terças-feiras, a partir das 16 horas. Os temas do Webinar são diversificados e sugeridos pelos próprios servidores, para levar informação e manter a interação dos colegas durante o período de isolamento social imposto pela pandemia do Coronavírus.
JS
Núcleo de Comunicação Interna da AL
Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
WhatsApp: 85.99147.6829
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