Webinar discute medidas preventivas sobre a surdez
Por ALECE09/11/2021 20:57 | Atualizado há 1 ano
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O Dia Nacional de Combate e Prevenção à Surdez, que transcorre nesta quarta-feira (10/11), tem como objetivo alertar a população sobre cuidados e tratamentos para prevenir a perda total ou parcial da audição. Para orientar os servidores e servidoras da Assembleia Legislativa do Ceará sobre o tema, a Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace), por meio da Célula de Qualificação dos Servidores, realizou, nesta terça-feira (09/11), Webinar com o tema "Ouça Bem, Previna a Surdez".
A apresentação foi realizada pela fonoaudióloga Ana Paula Nogueira Lima Martin, com especialização em Audiologia e em Estética Facial. Ela é também professora da Especialização em Motricidade Orofacial da Faculdade Inspirar, de Teresina (PI). Atua em consultório nas áreas de audiologia, otoneurologia, fono estética (rejuvenescimento facial), linguagem e fala. Atualmente, integra a Célula de Fonoaudiologia do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Alece.
Ana Paula iniciou a exposição observando que pessoa com deficiência auditiva é o termo considerado para quem tem perda auditiva branda, moderada ou severa. A denominação de surdo é adotada quando há a perda total. Há o surdo oralizado, que articula palavras e o surdo sinalizante, que se comunica através da Língua Brasileira de Sinais (Libras). “É importante que há uma parte que quer oralizar e outras que não quer”, afirmou.
Sintomas requerem atenção
Os sintomas de surdez, conforme explicou especialista, são diminuição da capacidade de ouvir, dificuldade de compreensão, presença de zumbido, intolerância a sons intensos, diminuição de concentração, cefaleia, fadiga, tontura, dificuldade de usar telefone e permanência de som de televisão muito alto. “Há ainda um preconceito muito forte em admitir que não se está ouvindo. A perda gera vergonha, como se fosse um indicativo da velhice. É preciso mudar isso. Importante procurar o otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo, para realizar o laudo da acuidade auditiva”, defendeu.
Ana Paula também mostrou a fisiologia do aparelho auditivo, apresentando um vídeo onde é mostrado o caminho que a onda sonora percorre no ouvido. Com relação ao uso do cotonete, ela destacou que somente a parte exterior do ouvido deve ser higienizada. “A cera tem de estar no ouvido, inclusive protege contra insetos. A remoção, quando muito excessiva, deve ser feita somente pelo otorrinolaringologista”, destacou.
Segundo ela, acontece muito de o paciente ser recebido em consultório com uma perda moderada, mas a pessoa tem bastante queixa. São pessoas muito resistentes ao uso do aparelho, para não ser associado à velhice. “Mas quando o nervo auditivo perde o estímulo, por conta da surdez moderada, é preciso que o nervo seja estimulado através de um aparelho. A perda auditiva pode inclusive ocasionar perda de memória pela perda do estímulo”, avaliou.
A perda auditiva sensorial devido à idade, de acordo com a fonoaudióloga, é causada pela cócrea, parte interior do ouvido. A cócrea passa a não transmitir completamente os sons, e a pessoa começa a não entender o que é falado. Assim, os aparelhos auditivos amplificam as ondas sonoras, permitindo ao cérebro decodificar o que foi escutado. “A informação precisa ser passada de forma completa”, pontuou.
Ana Paula avaliou que a grande maioria das pessoas não conhece a estrutura do ouvido. “Quando se fala de lesão cloquear, trata-se da morte de células. A partir dos 40 anos, há um declínio das funções auditivas. No entanto, a qualidade de vida do paciente que usa o aparelho é infinitamente maior”, destacou.
Ela informou que as perdas auditivas são classificadas como perda auditiva condutiva, perda auditiva sensorioneural e perda auditiva mista. Quando há a perda, muitas vezes o paciente não reconhece a redução da qualidade da audição. Geralmente, um parente próximo identifica o problema. “A nossa língua vai muito para o agudo. A perda pode causar a não audição de determinados fonemas, dificultando a compreensão do que é dito pelo interlocutor”, frisou.
Ela também explicou que hoje se aplica o teste da orelhinha, realizado em crianças, que detecta as emissões otoacústicas, determinando a qualidade da audição dos bebês. Também apresentou os aparelhos usados nos exames de audiometria, que fazem uma varredura em oito frequências.
As causas das perdas, segundo a fonoaudióloga, são alteração metabólica, barotrauma, caxumba, colesteatoma, doença de Meniére, genética, medicamentos ortotóxicos, meningite, ostoclerose, presbiacusia, rubéola, sarampo, som intenso, trauma acústico, traumatismo, tumores benignos e malignos.
Cuidados rotineiros
A coordenadora da Célula de Fonoaudiologia do DSAS, Socorro Timbó, afirmou que que o tema sobre os cuidados com a nossa audição é muito atual. “Estamos fazendo uma semana de atividades sobre o combate à surdez, iniciando com esse Webinar. São as vezes cuidados tão simples e rotineiros, que basta descortinar o tema para produzir efeitos positivos na comunidade. Sabemos que o ouvido é um órgão extremamente sensível e há perdas de audição com o envelhecimento”, afirmou. A realização do Webinar é coordenada por Norma David, da Célula de Qualificação de Servidores da Casa.
Programação prossegue nesta quarta-feira (10/11)
O diretor do DSAS, Luis Edson Sales, e a orientadora da Célula de Fonoaudiologia da Casa, Socorro Timbó, convidam os servidores a participar das atividades referentes ao Dia Nacional de Prevenção à Surdez, que transcorre nesta quarta-feira (10/11). A programação será realizada na Sala de Treinamento do DSAS, no 3º andar do Anexo III da Alece (Edifício Dep. Francisco das Chagas Albuquerque), das 8h30min às 11 horas.
JS
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