Volta às aulas: alergias podem atrapalhar o rendimento escolar infantil
Por Assessoria de Imprensa do Hospital Infantil Albert Sabin, com Núcleo de Comunicação Interna da Alece08/08/2023 15:13 | Atualizado há 1 ano
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As alergias são respostas do sistema imunológico a substâncias conhecidas como alérgenos, presentes no ambiente ou em alimentos, que podem ter um impacto significativo na saúde e qualidade de vida. No caso das crianças, caso não haja o acompanhamento devido, essas respostas podem afetar diretamente o aprendizado no período escolar, tanto pela manifestação de sintomas durante as aulas, como por interferir na qualidade do sono e no aspecto social.
Sendo mais comuns as alergias respiratórias, alimentares ou de pele, cada uma dessas condições pode ter efeitos negativos no aprendizado. De acordo com a alergologista do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), Janaira Fernandes, os dois primeiros tipos citados fazem com que as crianças não consigam descansar adequadamente e apresentem sonolência e cansaço, o que pode prejudicar a atenção e o desempenho escolar.
“Alergias respiratórias podem resultar em sintomas como congestão nasal, espirros, coceira nos olhos e tosse. A dermatite atópica é caracterizada por intensa coceira e prurido na pele. Quando esses sintomas não são adequadamente controlados, podem levar a um sono inadequado, causando desconforto durante a noite e provocar dificuldades de concentração durante o dia”, detalha.
No caso das alergias alimentares, principalmente aquelas relacionadas a alimentos como leite, ovo, trigo e soja, as crianças podem se sentir diferentes dos colegas de sala de aula e, muitas vezes, ficar retraídas, o que pode afetar a interação social e o interesse pela escola. “Isso pode fazer com que o comportamento seja mais retraído, principalmente na fase da adolescência, na qual eles estão querendo seguir o mesmo comportamento dos demais. A situação gera um ambiente de frustração para o paciente”, explica a especialista.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico das alergias em crianças é realizado principalmente de forma clínica, baseado em uma avaliação detalhada da história do paciente e exame físico. Exames complementares, como testes de alergia e avaliações específicas para alergias alimentares, também podem ser utilizados para confirmar a doença.
Para Janaira Fernandes, o impacto das alergias na qualidade do aprendizado infantil pode ser minimizado através de medidas de diagnóstico, prevenção e tratamento, que podem ser trabalhadas em conjunto entre responsáveis, professores e profissionais da saúde. Identificar alergias em crianças, especialmente aquelas que ainda não conseguem se comunicar bem, pode ser um desafio. No entanto, os sintomas das alergias são visíveis e podem ser observados.
“Os professores podem perceber aquelas crianças que durante a aula cochilam, estão desatentas ou muito agitadas. Conversar com os pais para saber se eles estão dormindo bem em casa. Além disso, durante a atividade física, perceber se há presença de tosse, que às vezes pode ser uma manifestação de uma asma não controlada. Observar, também, aquelas crianças que têm lesões de pele recorrentes e que coçam muito a pele durante a aula.
A médica reforça, ainda, a importância do diagnóstico precoce “Quanto mais cedo você detecta as alergias e você trata, melhor se torna a qualidade de vida do paciente. Com as medicações, com as intervenções ou o controle ambiental, não há uma progressão das doenças de base e nem impacto na aprendizagem”, explica.
Edição: Salomão de Castro
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
Telefone: 85.3257.3032
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