Secretaria da Saúde do Estado orienta sobre prevenção de doenças decorrentes das chuvas
Por Julyana Brasileiro, com informações da Sesa29/02/2024 08:26 | Atualizado há 8 meses
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O risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, aumenta com o calor e a chegada do período chuvoso no Ceará. Por isso, as arboviroses continuam sendo um desafio para a saúde pública, principalmente no primeiro semestre do ano, com o cenário de dias quentes e com precipitações na região. Embora o cenário, no momento, não seja de alerta e números altos, como no restante do país, especialistas da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) orientam sobre sintomas e formas de combate ao mosquito.
O secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto (Tanta), explica que a doença pode ser classificada dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave, com sintomas clínicos que incluem dores musculares, febre, mal-estar, moleza, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. “Nos casos graves, em geral os pacientes apresentam dores abdominais intensas, vômitos ou sangramento de mucosa”, complementa.
Após indicativos de infecção, a recomendação é procurar uma unidade de saúde mais próxima de casa. “O profissional de saúde é quem irá investigar e classificar o quadro clínico de acordo com o protocolo definido pelo Ministério da Saúde”, explica Tanta.
Fatores climáticos
As condições climáticas possuem relação com a transmissão da dengue, zika e chikungunya. A coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep) da Sesa, Ana Cabral conta que quando um território apresenta um cenário de chuvas e elevação das temperaturas, típico de um clima tropical, o ambiente se torna mais propício para proliferação do mosquito transmissor. “A sazonalidade das arboviroses ocorre no primeiro semestre. Logo, a maior proporção de casos ocorre neste período. Apesar das condições climáticas, é possível ter registros de casos durante todo o ano”, comenta.
Ana Cabral pontua que a dengue é uma doença endêmica no Ceará, com a circulação de dois sorotipos predominantes (DENV1 e DENV2). "Por isso, a Sesa permanece monitorando o cenário, mesmo em tempos de baixa transmissão, para orientar medidas necessárias como a emissão de cartas de alertas aos municípios com altas incidências, promoção de reuniões estratégicas para o controle da doença, entre outras ações”, elenca.
Números
Os dados referentes a casos de arboviroses no Ceará já estão disponíveis para a consulta da população no sistema IntegraSUS, da Sesa. Confira o link aqui.
Os casos de dengue registrados no ano passado (14.066 confirmados) apontam para uma redução de 64,6% em relação ao ano de 2022 (39.764). Ainda segundo os dados do IntegraSUS desta segunda-feira (26/02), foram notificados 3.146 casos de dengue no Ceará, com 384 confirmações.
“A diminuição dos casos é promissora. Evidentemente, por estarmos em fevereiro, não podemos comemorar ainda. Temos poucas chuvas e uma infestação baixa. O cenário eventualmente pode mudar. O Nordeste tem uma convivência longa com a infestação dos sorotipos mais comuns no País. Podemos ter surtos localizados, mas esperamos números de casos menores do que os de outros Estados que apresentam grandes epidemias”, afirma o epidemiologista e secretário-executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto (Tanta).
Edição: Salomão de Castro
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
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