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Psicóloga do DSAS aborda cuidados com a saúde mental em tempos de isolamento

Por ALECE
09/06/2020 14:03

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Servidores e servidoras da AL participaram do Webinar nesta segunda-feira (08/06) Servidores e servidoras da AL participaram do Webinar nesta segunda-feira (08/06) - Divulgação/ Unipace

Os impactos do isolamento social na população brasileira, desencadeados pela pandemia da Covid-19, têm preocupado as autoridades médicas. Afinal, como cuidar da saúde mental, durante esse período atípico marcado por incerteza, medo, angústia, emocional instável e perdas familiares? O tema foi debatido durante Webinar desta segunda-feira (08/06), iniciativa da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace), por meio da Célula de Qualificação dos Servidores, que promove ciclo de palestras de forma remota, com a ferramenta de videoconferência Zoom.

Na oportunidade, a psicóloga clínica do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará, Mayara Rios, falou aos servidores sobre os cuidados com a saúde mental em tempos de isolamento social.

A profissional fez um alerta para o aumento de casos de ansiedade, estresse e depressão durante a pandemia. “Durante esse período de pandemia, alguns sintomas estão sendo desencadeados. Um deles é a depressão, que normalmente se caracteriza por um humor mais deprimido, desmotivação, falta ou excesso de apetite, choro e pensamentos pessimistas. Outro transtorno que está crescendo é o alimentar, compulsão, anorexia e bulimia. O uso constante de bebidas alcoólicas durante o isolamento também é preocupante porque pode causar dependência”, alertou a psicóloga.

Ansiedade

Os casos de ansiedade dobraram durante a pandemia do Coronavírus. Os transtornos aparecem muitas vezes através de crises de pânico, excesso de pensamentos, nervosismo e agitação. A psicóloga Mayara Rios afirmou que há fatores positivos na ansiedade, sendo recomendado procurar um especialista quando os fatores negativos comprometerem a rotina do indivíduo. “Em certas situações ela é positiva. Em uma apresentação de trabalho ou reunião, a ansiedade tem um papel relevante na preparação para o enfrentamento destas situações, ativando a máxima utilização dos recursos internos para um bom desempenho. Pouca ansiedade poderia levar a uma atitude de negligência e a uma preparação insuficiente para se obter bons resultados’’, afirmou.

Conforme apontou Mayara Rios a ansiedade se caracteriza por pensamentos relacionados ao futuro, podendo ser bons quanto ruins. “Quando ela nos paralisa, causa perda de apetite, sono e prejudica a concentração no trabalho, é o momento de procurar ajuda. O primeiro passo é a pessoa acolher o que se sente e contar com o apoio de um profissional. Na terapia, fazemos reflexões ao paciente, é importante entendermos o gatilho, o que está deixando a pessoa ansiosa e mostrar que há uma solução. Se a consulta com o psicólogo não for suficiente, recomendamos o tratamento também com o psiquiatra’’, expôs.

Pandemia

Para a psicóloga, os transtornos tiveram um aumento durante o isolamento social porque a rotina das pessoas foi alterada e a população pode enfim olhar pra dentro de si. “Muitas vezes na nossa rotina, temos milhares de distrações como o trabalho, lazer, e não temos tempo de olhar pra si. Esse momento do isolamento   tirou nossas distrações, estamos olhando pra gente e vemos coisas boas e ruins. É um período difícil, a morte durante a pandemia é um luto mais difícil porque não podemos participar dos rituais de despedida e é normal o lado sombrio como medo e insegurança se sobressaiam’’, pontuou.

Ela afirmou que a saúde mental, tão almejada durante a quarentena, é mais do que a ausência de doenças físicas e emocionais. “Também está diretamente relacionada ao fato de estarmos bem com nós mesmos e com o outro e conseguirmos lidar com nossas emoções, desejos e medos, reconhecendo nossos limites. Para ficarmos em paz, é importante escolher uma atividade prazerosa como leitura, assistir uma série, um filme, meditar’’, recomendou.

JB

 

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