Coordenadoria de Tecnologia da Informação

Psicóloga aponta meios de como lidar com ansiedade em palestra para servidores da AL

Por ALECE
06/04/2020 17:45

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No encontro, a psicóloga tratou de diversos temas relacionados ao combate ao coronavírus No encontro, a psicóloga tratou de diversos temas relacionados ao combate ao coronavírus - Foto: COTI/ DSAS

A Coordenadoria de Tecnologia da Informação (COTI) da Assembleia Legislativa do Ceará realizou nesta segunda-feira (06/04) seu nono encontro mensal, com palestra transmitida remotamente sobre cuidados com o lado mental em tempos de coronavírus, em evento destinado aos servidores do setor. A exposição coube à psicologa Raquel Penaforte, que atendeu ao convite do diretor do setor, Charlie Lopes, e contou também com a participação da diretora do Departamento de Gestão de Pessoas (DGP) Elenice Ferreira Lima, que curou-se recentemente da enfermidade. Os encontros são promovidos mensalmente, num parceria entre a COTI e o Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) do Poder Legislativo.

Durante o o encontro denominado de "COTI Break", que contou com a presença de 38 servidores e servidoras do Poder Legislativo, Raquel Penaforte explicou que o primeiro sinal surgido durante crises, como a pandemia que o mundo atravessa, é o medo, e as três reações que se tem são parar, recuar ou fugir. “Não estávamos preparados, mesmo acompanhando as notícias de outros países, porque a pandemia chegou muito rápido. Agora estamos na mais fase mais inteligente que é recuar. A gente não conhece bem o inimigo. Não há uma maneira real de enfrentamento”, afirmou.

Apesar de muitas pessoas ainda não terem levado em consideração os riscos, a psicóloga avalia que o medo gera a ansiedade. “A preocupação de como será o dia de amanhã, daqui a um mês, se vou ou não pegar doença são as questões, o que provoca uma ansiedade”, apontou. Ela observou que não há como fugir da realidade, porém avaliou que isso pode ser feito de uma forma mais controlada.

Como acompanhar o que sai na mídia

Uma das medidas sugeridas por Raquel Penaforte é reduzir o volume de noticiário consumido pelas pessoas, diariamente. “As notícias têm influência na ansiedade. A gente deve ver para saber o que está acontecendo e como se proteger e também informar a quem tem menos acesso. Mas não precisa ver da hora que acorda até dormir.  Quando isso acontece, a pessoa se deita com angústia e dor no peito. A falta de ar é um dos principais sintomas. Melhor, então é se atualizar apenas uma ou duas vezes por dia”, aconselhou.

A expositora também alertou para a difusão de falsas informações através de redes sociais como fator de ansiedade. Como não há sequer tempo de checar o turbilhão que nos chega, estão repassando muitas fake news.

Outra recomendação dada aos participantes do Coti Break é desacelerar.  Raquel lembrou que todas as pessoas estão sempre cheias de coisas pra resolver diariamente, no cotidiano normal, sendo comum dizer e ouvir dizer que as pessoas levam a vida de forma muito agitada e que não têm tempo para fazer tudo o que necessitam. Porém, cada um manipula o seu próprio tempo e distribui as tarefas da forma que lhe é conveniente. “Dentro de casa a gente tem todas as tarefas domésticas, filhos, família, e precisa encaixar uma rotina para o home office. Para muita gente não é fácil dividir as tarefas ao longo do tempo, e passa a se cobrar, também gerando ansiedade”, afirmou.

Por isso ela salentou que apesar do home office ser uma atividade importante, há pessoas que não estão conseguindo realizá-lo de forma eficiente. Porém, essas pessoas podem ser produtivas de outras maneiras, conforme explicou Raquel. Ela também apontou como forma de reduzir a ansiedade o hábito de procurar manter contato com pessoas, mesmo que remotamente, para além de envio de memes e correntes religiosas. “É preciso buscar uma aproximação de forma mais pessoal e direcionada”, avisou.

Gratidão e reconhecimento

Antes da exposição, Elenice Ferreira Lima agradeceu todo o apoio prestado pela COTI às pessoas e às atividades desenvolvidas pelo Departamento de Gestão de Pessoas, de forma a assegurar a continuidade das tarefas cotidianas, por meio do home office. Ela revelou que esteve recentemente enferma com o Covid-19, mas felizmente superou e agradeceu a solidariedade recebida durante esse período. Ela destacou ainda que a Assembleia Legislativa do Ceará foi a primeira do país a realizar sessões remotas, graças aos esforços empenhados pela Coordenadoria.  “Recebemos muitos e-mails de legislativos de todo o país, pedindo orientações para também realizar sessões remotas”, destacou.

Charlie Lopes informou que durante o período os trabalhos da COTI têm sido redobrados porque praticamente toda a Assembleia Legislativa vem trabalhando remotamente e precisa do suporte de seus servidores. “Quem não está presente nesse nosso encontro remoto é porque está desenvolvendo algum trabalho”, pontuou.

JS

 


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