Procon Assembleia alerta usuários do Pix sobre fraudes
Por ALECE29/04/2021 07:09 | Atualizado há 1 ano
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A grande adesão da população ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central que permite fazer transferências e pagamentos em até dez segundos, acende um alerta para o aumento de golpes e fraudes por meio da ferramenta. Com cerca de 65,4 milhões de usuários cadastrados, dentre pessoas físicas e jurídicas, o aplicativo tem sido utilizado por criminosos para obter vantagens indevidas. O Procon Assembleia está atento a esta situação.
Nos últimos anos, mais de 12 milhões de brasileiros já sofreram algum tipo de golpe financeiro pela Internet, o que representa um prejuízo de quase R$ 2 bilhões somente em fraudes, conforme aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Para orientar o consumidor, a advogada do Procon Assembleia, Érika Conde, afirma que é preciso redobrar os cuidados. De acordo com ela, diante da pandemia do Coronavírus que impôs o isolamento social, estamos por mais tempo em casa utilizando os serviços online pelos aplicativos de bancos e WhatsApp. Sendo assim, o consumidor deve ter cuidado e cadastrar suas senhas e dados bancários em aparelhos que somente ele utilize, para evitar que seus dados sejam repassados.
Como medida extra de segurança, é recomendado que se realize o cadastro por meio do aplicativo ou site oficial do seu banco, evitando clicar em links recebidos por SMS, e-mail e WhatsApp. Um dos golpes mais comuns é realizado por meio do WhatsApp. Criminosos enganam suas vítimas e pedem um código de confirmação recebido por SMS. Com o número em mãos, eles passam a enviar mensagens aos contatos da vítima, como se fossem os donos da conta e pedindo a transferência de uma quantia em dinheiro via Pix.
Outros cuidados
A advogada Érika Conde alerta que os golpes do falso funcionário de banco e das falsas centrais telefônicas fazem diversas vítimas. Geralmente, o criminoso oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix ou ainda diz que o usuário precisa fazer um teste com o sistema de pagamentos instantâneos para regularizar seu cadastro. Na sequência, procura induzi-lo a fazer uma transferência bancária.
“Outro golpe comum diz respeito ao cadastro indevido de chaves. Esse cadastro deve ser feito dentro do aplicativo dos bancos fornecido pela instituição bancária. É importante destacar que por meio do Pix você não consegue fazer como uma TED (Transferência Econômica Disponível) ou DOC (Documento de Ordem de Crédito) para resgatar esse dinheiro em caso de um pagamento ou transação errada. Portanto, fique atento e antes de concluir sua transação, confira os dados e não forneça dados pessoais e chaves para evitar cair em um golpe”, orienta.
Érika Conde lembra ainda que dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras. Desta forma, ao ter dúvidas, procure seu banco para obter esclarecimentos.
JB
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