O sonho da maternidade no terceiro mês da gestação
Por ALECE09/05/2019 16:19
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A realização de um sonho. É assim que a jornalista Tarciana Campos, da Rádio FM Assembleia 96,7, vê a sua gravidez, agora no terceiro mês da gestação. "Se tudo correr bem, a previsão do parto é para a primeira quinzena de novembro. A menina ou o menino que chegará terá o signo de Escorpião, assim como o pai, Napoleão Nepomuceno, professor de Computação, e a avó materna, a médica psiquiatra Magaly Mendes", afirma. A futura mãe revela que desde que começou a se perceber como mulher, ao passar pela menarca, que se planeja para a maternidade.
"Sempre desejei ser mãe, mas também nunca quis de qualquer jeito. Fui, assim como os meus dois irmãos, educada a me planejar para a vida. Estudar, me formar, começar a trabalhar, casar e ter filho foram etapas que eu previa para mim, e agora está se efetivando mais uma fase", afirma Tarciana, acentuando que o sonho também é compartilhado pelo marido.
Mas para chegar à gravidez houve também fatos inesperados, que estão no campo do imponderável. Antes da gravidez, descobriu que porta uma endometriose, condição em que o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo. Tarciana descobriu o problema após suspender o uso de anticoncepcionais e não conseguir engravidar como o casal desejava.
Após exames médicos para detectar o que estava impedindo a gravidez, descobriu a endometriose, que, segundo ela, talvez tenha sido mascarada por uso contínuo do anticoncepcional por aproximadamente 10 anos. "Desde o início dos ciclos menstruais, ainda na puberdade, sentia muitas cólicas, que foram reduzindo com a prescrição médica de uso contínuo do anticonceptivo", afirma, avaliando que muitas mulheres podem estar com endometriose sem saber. O problema foi ultrapassado com um procedimento cirúrgico, que é recomendado para esses casos.
Experiência
Ao contrário de muitas mães que carregam o primeiro bebê no colo apenas após o seu próprio parto, Tarciana diz que já tem alguma experiência com recém nascido. Ela é a "tiazona" de dois sobrinhos, que acompanha de perto o crescimento, desde a tenra idade. "Alguma experiência eu já tenho com bebês, mas dizem que quando a criança é nossa, sempre é um sentimento diferente", acentua.
Como ainda está no começo da gestação, ela conta que os principais momentos de perceber a maternidade acontecem no exames médicos, nas ultrassonografias. "Nosso desejo é que venha bem, com saúde. Ainda não aflorou aquele desejo que percorrer lojas de enxoval para bebês", revela. Tarciana também deixa claro que mesmo tendo escolhido como escolha pessoal viver a maternidade, reconhece que nem todas mulheres fazem a opção de ter filhos, e essa decisão deve ser respeitada, sem que se faça pressão em direção contrária.
Ela avalia que praticamente todas as mulheres são pressionadas a namorar, casar e ter filho, sem que se pergunte se a pessoa quer realmente essas fases para sua vida. "Isso é muito chato. Todas as mulheres devem ser autônomas em suas escolhas, sem que haja interferência de outras pessoas", defende. Nisso ela conta que teve a sorte de ser filha de uma mãe que sempre a apoiou, Magaly Mendes. "Ela é o meu céu e o meu chão. Me proporcionou a liberdade para eu me definir como pessoa e como profissional, sem nunca deixar de apoiar a mim e aos meus irmãos", afirma.
A maior preocupação de Tarciana, no momento, além de os cuidados normais que a gravidez exige, são os seus estudos. Atualmente cursando o oitavo semestre de Direito na Universidade de Fortaleza (Unifor), ela ainda não sabe se conseguirá conciliar o início da maternidade com as exigências da vida acadêmica. "Isso ainda vamos ver como será, assim também o fim da licença maternidade e o retorno ao trabalho", acentua. Além das atenções com a vida profissional e universitária, a jornalista esclarece que também está procurando aprender um pouco mais sobre os procedimentos que um recém nascido exige.
JS/SC
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