Nutricionista do DSAS aponta alimentação como aliada na recuperação pós-Covid
Por ALECE28/04/2021 10:43
Compartilhe esta notícia:
Tão importante quanto a higienização das mãos, o uso da máscara e o cumprimento do distanciamento social é o cuidado em relação ao nosso sistema imunológico, principal defesa do corpo contra agentes infecciosos, como vírus, fungos, bactérias e até parasitas. Há agentes capazes de superar o sistema imunológico, como é o caso do novo Coronavírus. Por ser algo novo, o organismo não tem conhecimento pré-existente e o corpo tem mais dificuldade para identificar e combater o invasor.
Apesar de não ter substância comprovada para evitar a infecção pela Covid-19, a alimentação adequada e saudável, baseada no maior consumo de alimentos in natura ou minimamente processados previne doenças e mantém o sistema imunológico em pleno funcionamento.
A coordenadora do Serviço de Nutrição do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da da Assembleia Legislativa do Ceará, Gisele Pacheco, destaca que quando contraímos algum vírus ou bactéria, nosso organismo os combate com as nossas defesas e, com isso, o corpo gasta muito mais energia. “Após a recuperação, nosso organismo precisa da reposição de energia para contribuir com as funções vitais. Uma boa nutrição fornecerá essa energia e fortalecerá nosso sistema imunológico, auxiliando também na proteção de diversas doenças e até mesmo as sequelas deixadas pelo Coronavírus”, aponta.
Dentre os alimentos que fortalecem nosso sistema imunológico, a nutricionista aponta gengibre, brócolis, alecrim, orégano e cúrcuma, que têm um efeito anti-inflamatório, e frutas ricas em vitamina C, como laranja, limão, abacaxi e kiwi.
A lista de alimentos que ajudam as células de defesa do corpo inclui os carotenóides, que ativam o sistema imunológico e estão presentes em alimentos de cor amarelo-alaranjados, como manga, damasco, cenoura, abóbora; os de cor vermelha, como tomates e frutas vermelhas; e os de cor verde-escuro, como brócolis e couve. Já aqueles que contém vitamina E, como abacate, oleaginosas e o gérmen de trigo são considerados antioxidantes e ajudam a melhorar a resposta imunológica.
Alimentação é essencial durante a recuperação da doença
Embora o Brasil apresente um cenário preocupante por conta da pandemia da Covid-19, milhares de pessoas se recuperam da doença. E é após a recuperação que os cuidados com a alimentação precisam ser observados, com o objetivo de recuperar as energias e tratar possíveis sequelas.
Em outubro de 2020, o servidor Sílvio Augusto Castelo Branco, que atua na Rádio FM Assembleia 96,7, sentiu alguns sintomas como dor de cabeça e moleza no corpo. Com um membro da família já testado positivo para a Covid-19, Sílvio procurou um hospital para realizar alguns exames e se submeteu ao teste RT-PCR, considerado padrão ouro para identificação do Coronavírus.
No dia 30 de outubro, com o resultado positivo em mãos e sintomas leves da doença, passou a fazer o tratamento em casa, que incluía repouso, uso de medicamentos para aliviar os sintomas e o isolamento de 15 dias. Nesse período, seguiu as orientações médicas. “Fiquei completamente isolado em casa e no meu quarto, sem contato com ninguém, e meus objetos (talher, copo, prato) e roupas eram lavados separadamente para evitar o risco da propagação da doença”, relata.
Em média, o tempo que uma pessoa leva até ser considerada curada oscila entre 14 dias e seis semanas. Após a recuperação da doença, é necessária uma consulta médica para a realização de exames e check-up. Mesmo os pacientes recuperados que tiveram sintomas leves, como é o caso de Sílvio Augusto, devem ter uma alimentação saudável para recuperar nutrientes.
Indicações de alimentos
Conforme a nutricionista do DSAS, Gisele Pacheco, embora o planejamento alimentar deva ser individual, levando em conta as necessidades específicas de cada as reações causadas pelo Coronavírus são diferentes de pessoa para pessoa. No seu entender, a boa nutrição atende a todos.
“Alguns nutrientes específicos devem ser consumidos nesse momento como o mineral zinco, considerado essencial para o funcionamento do sistema imunológico, que pode ser encontrado no feijão, cereais integrais, frutas e oleaginosas como castanhas, amêndoas e a vitamina A, que é um excelente nutriente, pois estimula a fagocitose, processo que auxilia no combate ao Coronavírus e outros invasores”, afirma a nutricionista, apontando que a vitamina A é também encontrada em produtos alaranjados como cenoura, mamão, abóbora e também nos ovos, leites e derivados.
Outro mineral importante é o ferro, que melhora a resposta imune. Ele é encontrado em carnes e grãos e para ter a melhor absorção desse ferro, conforme Gisele Pacheco, devemos consumi-lo juntamente com a vitamina C. A castanha do Brasil, conhecida popularmente como castanha do Pará, é rica em selênio e possui uma ação antioxidante, fortalecendo o nosso sistema imune. Ainda de acordo com a nutricionista, duas unidades ao dia são suficientes para suprir a nossa necessidade.
“De maneira geral, para termos saúde, devemos consumir comida de verdade com frutas e verduras de cores e texturas diferentes para adquirir todos os tipos de nutrientes para o nosso organismo”, defende Gisele Pacheco.
JB
Núcleo de Comunicação Interna da AL
Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
WhatsApp: 85.99147.6829
Veja também
Roda de conversa sobre câncer de próstata dá continuidade ao Novembro Azul
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio da Célula de Clínica Médica do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS), reali...
Autor: Júlio Sonsol, com Assessoria de Imprensa do DSASAlece inicia Novembro Azul
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS), realizou, nesta terça-feira (12/11...
Autor: Júlio Sonsol, com Assessoria de Imprensa do DSAS