Malce - Memorial Pontes Neto

Novembro é marcado por programação relacionada à Consciência Negra

Por ALECE
25/11/2021 11:07 | Atualizado há 1 ano

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Programa "Grandes Debates", da TV Assembleia, tratará do assunto nesta quinta-feira (25/11) Programa "Grandes Debates", da TV Assembleia, tratará do assunto nesta quinta-feira (25/11) - Arte: Bruna Bringel/ Alece

O Dia da Consciência Negra no Brasil é anualmente comemorado em 20 de novembro, que transcorreu no sábado passado. A data, ainda que tenha sido incluída no calendário escolar e traga oportunidades para gerar diálogos importantes sobre a história dos negros no país, não é feriado em todo o território brasileiro. Dos 5.570 municípios, pouco mais de mil decretam a data como feriado.

O programa “Grandes Debates – Parlamento Protagonista”, da TV Assembleia, apresenta nesta quinta-feira (25/11), às 21 horas, o tema do mês de novembro “Consciência negra: discriminação e desigualdade social”, com a participação da advogada e professora de Direito Martír Silva, do presidente nacional da Central Única de Favelas (Cufa), Preto Zezé e do deputado estadual Acrísio Sena (PT), com mediação do jornalista Ruy Lima. O programa será também transmitido pela Rádio FM Assembleia (96,7) e pelas redes sociais da Casa.

De acordo com o historiador Carlos Pontes, do Memorial Pontes Neto (Malce) da Assembleia Legislativa do Ceará, a Lei Federal 12.519 de 2011 instituiu oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. "No calendário escolar nacional, a data foi incluída em 2003. A origem do Dia da Consciência Negra está ligada aos esforços dos movimentos sociais para evidenciar as desigualdades históricas que marcaram as populações negra e parda no País", explica.

Sobre a data

Carlos Pontes acentua que o dia 20 de novembro marca a data da morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), escravizado à época líder do Quilombo dos Palmares e que morreu defendendo sua comunidade. "O local simbolizou a luta dos negros por seus direitos, contra a escravidão", recorda.

Ele defende que no Dia da Consciência Negra, a sociedade pode aproveitar para promover uma reflexão sobre o papel da cultura e do povo africano na construção da cultura brasileira e falar sobre sua influência na cultura, política, religião e gastronomia, entre outras tantas áreas.

Números

O historiador revela ainda que segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os afrodescendentes têm menos acesso à Previdência Social e consequentemente menor esperança de sobrevida no País, vivendo em média 15 anos menos que os brancos. Em todo o país, a expectativa de vida dos negros de ambos os sexos é de 67,03 anos. Hoje o programa Bolsa Família é um dos principais responsáveis pela redução nas desigualdades sociais, sendo que 24% das famílias chefiadas por afrodescendentes (7,3 milhões) estão cadastradas no programa do Governo Federal.

Os dados mostram que todos os dias pessoas negras são brutalmente assassinadas no Brasil, segundo o Atlas da Violência. Relatório que evidencia, ainda, um aumento de 11,5% do número de pessoas negras assassinadas em 2020. Trata-se de um número alarmante, que encabeça um grupo de absurdos e desigualdades vividas pelos negros no Brasil.

Entre os itens apontados, estão: desigualdade salarial, onde pessoas negras recebem 56% menos que pessoas brancas que ocupam o mesmo cargo; ocupação de trabalhos precários,chegando a 85% de pessoas negras, em alguns setores; bem como que cerca de 73% das pessoas que estão abaixo da linha da pobreza são negras, entre outros tantos dados alarmantes que colocam em risco a vida e o futuro de brasileiros negros e negras.

JS

 

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