Médico recomenda tratamento não invasivo para tumores benignos da tireóide
Por Júlio Sonsol, com Rádio FM Assembleia05/09/2023 12:01 | Atualizado há 1 ano
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O nódulo de tireóide palpável é presente em até 6,4% das pessoas. A grande maioria (cerca de 95%) é benigna. Porém, alguns deles necessitam de algum tipo de tratamento devido ao crescimento progressivo, à compressão local ou mesmo por queixas estéticas. As principais opções terapêuticas são a cirurgia (tireoidectomia) e eventualmente o tratamento com levotiroxina, sendo que este é indicado em casos muito específicos. No entanto, há uma novidade no tratamento desses nódulos, já disponível em nosso país: a técnica minimamente invasiva de ablação por radiofrequência.
O médico cirurgião de cabeça e pescoço Francisco Bonfim Júnior, em entrevista à jornalista Kézya Diniz, no programa Narcélio Limaverde, da Rádio FM Assembleia 96,7, nesta terça-feira (05/07), tratou do assunto. "As principais vantagens da ablação por radiofrequência em face da cirurgia são o tratamento dos nódulos sem cortes e as chances de preservação da glândula, além de ser um tratamento ambulatorial”, afirmou. Ainda de acordo com o cirurgião de cabeça e pescoço, a técnica apresenta resultados altamente satisfatórios na diminuição dos nódulos e na resolução dos sintomas compreensivos e estéticos.
Estudos internacionais, segundo o profissional de saúde, demonstram que apenas 10% dos pacientes submetidos à técnica apresentam algum efeito colateral. Entre outros, alguns efeitos colaterais possíveis são: febre, hematoma local, disfonia e hipotireoidismo. Porém, no entender do médico, são de pouca intensidade, geralmente autolimitados. “O resultado mais importante é a preservação da função tireoidiana, mantida em praticamente 100% dos pacientes”, afirmou.
O médico observou ainda que a radioablação (técnica de baixa invasividade que utiliza radiofrequência para produzir um efeito de redução dos nódulos da tireóide e inibir o seu crescimento) vem sendo cada vez mais sendo empregada neste tipo de tratamento. "Temos que nos lembrar que acontecem cerca de 55 mil cirurgias por ano no país, e a maioria destes procedimentos são feitos por doenças benignas, e o tratamento no nódulo tireoidiano por radioablação não causa perda do nódulo tireóide", avisou.
Vantagens
Entre as vantagens deste procedimento, Francisco Bonfim Júnior apontou não haver necessidade de internamento, evitando que o paciente perca dias de trabalho, não sendo necessário que tome hormônio tireoidiano, não envolvendo corte no pescoço, sem risco de sangramento pós-operatório e mantendo a integridade da voz . "Ele vai poder trabalhar no dia seguinte, ou, quando muito dois dias depois, e não terá a rouquidão provocada pela cirurgia convencional na tireóide", asseverou.
A escolha da modalidade de intervenção cirúrgica depende do caso, no entender do médico. Ele salientou que pode ser feita a radioablação em tumores malignos - porém, em casos bem específicos, nos quais o risco é muito baixo. "São intervenções em que o tumor é menor que um centímetro. Mas o ideal mesmo é que haja a intervenção cirúrgica convencional", afirmou. Ele lembrou que a radioablação era indicada, anteriormente, para pacientes idosos, com riscos aumentados para cirurgia, tais como doenças cardíacas, pulmonares ou hepáticas.
Este quadro de tumor na tireóide, segundo o médico, acomete muito mais as mulheres que os homens. Ele recomendou que a partir dos 30 anos, as pessoas do sexo feminino devam proceder exames de rotinas, para prevenir o agravamento dos nódulos, entre estes, o ultrassom e exames de sangue. "O homem, no entanto, pode começar a fazer exames por volta dos 45 anos", disse.
Bonfim Júnior observou que o ultrassom é o melhor exame, mas os testes sanguíneos podem avaliar o hipotireodismo e a tireoidite, nas mulheres mais jovens que podem apresentar situações onde serão necessários hormônios. "Para fazer a radioablação, é necessário que o médico tenha treinamento em ultrassom com habilidade em ablação de nódulos tireoidianos", complementou.
Edição: Salomão de Castro
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