Médico do DSAS alerta para malefícios da insônia
Por ALECE11/08/2020 17:41
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A pandemia da Covid-19 afetou diretamente o sono da população brasileira. Ansiedade, estresse, alteração na rotina e incertezas quanto ao futuro são fatores que têm contribuído para que 44% da sociedade tenham dificuldades para ter um descanso “tranqüilo”. Os dados de uma pesquisa inédita no Brasil, resultado do trabalho liderado por especialistas do programa de inovação The Bakery Health Lab, apontam que cerca de 47% dos brasileiros sabem dos malefícios da insônia e buscam soluções para melhorar a qualidade do sono.
O médico Túlio Osterne, chefe do Serviço Médico do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará, alerta que a privação do sono pode ocasionar doenças graves. “Sonos de má qualidade estão associados com várias doenças de caráter crônico, como hipertensão, alterações metabólicas incluindo hipercolesterolemia, e com alterações da imunidade corporal. O sono é algo encarado pela Medicina com tanta importância que existe uma especialidade médica para cuidar dos distúrbios: a Medicina do sono’’, destaca.
Conforme aponta o médico, a má qualidade do descanso dificulta a recuperação do metabolismo e o desenvolvimento mental, além de comprometer o rendimento no trabalho, pois a insônia traz prejuízos graves à atenção, concentração e capacidade de raciocínio. “A qualidade do sono está intrinsecamente associada à saúde corporal. Portanto, deve-se preparar um ambiente adequado para que o sono seja reparador’’, ressaltaTúlio Osterne.
Um sono reparador é aquele do qual a pessoa acorda bem disposta para as suas atividades do dia a dia e o número de horas necessárias para esse descanso completo pode ser diferente para cada pessoa , mas para ter um sono tranquilo há algumas recomendações a seguir. Estabelecer uma rotina fixa, acordar e dormir sempre no mesmo horário,desligar TV e outros aparelhos eletrônicos, além de evitar o consumo de bebidas energizantes, como café e alcoólicas, e investir num ambiente com pouca luz, sem movimentação e barulho”, recomenda.
Outra dica importante é apostar no poder dos chás calmantes, como os de camomila, passiflora, lavanda e erva-cidreira.
O doutor alerta que alguns hábitos são prejudiciais ao sono como a diminuição da exposição ao sol que inibe a liberação da melatonina, hormônio que regula o sono, e a falta de atividade física. Conforme explica, o sedentarismo afeta a quantidade de energia que deveria ser gasta ao longo do dia e contribui para que fiquemos menos cansados ao deitar.
JB
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