Malce - Memorial Pontes Neto

Malce realiza roda de conversa sobre os 200 anos da Confederação do Equador

Por Julio Sonsol
16/09/2024 11:16 | Atualizado há 2 meses

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Bandeira do movimento revolucionário Bandeira do movimento revolucionário - Foto: Divulgação ceara.gov.br

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio do Memorial Deputado Pontes Neto (Malce), vai realizar roda de conversa sobre os 200 anos da Confederação do Equador nesta terça-feira (17/09).  O evento está previsto para o auditório Deputado Castelo de Castro, a partir das 14 horas, com as presenças do professor Paulo Valente, da Secretaria de Educação do estado do Ceará, que tem pesquisas realizadas sobre a Confederação do Equador, do professor aposentado Philomeno Moraes, da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Weber Porfírio, historiador do Museu do Ceará e com trabalhos em nível de mestrado e de doutorado sobre o assunto.

Paulo Roberto Nunes, coordenador do Malce, assinala que este ano são completados os 200 anos do movimento revolucionário Confederação do Equador, que ocorreu, portanto, em 1824. "Foi uma manifestação política e social que vem numa sequência de eventos históricos de lideranças da então região norte, hoje região nordeste, que não concordavam com a forma como o nosso país estava sendo administrado por Dom Pedro I e mesmo antes do imperador".

Primeira constituição

Paulo Roberto Nunes destacou a importância do movimento para a história nacional - Foto: José Leomar

O coordenador frisa que a gota d'água da Confederação do Equador foi o fato de Dom Pedro I dissolver a Assembleia Constituinte que estava elaborando a primeira constituição brasileira, em 1823, porque os constituintes não estavam seguindo exatamente os pensamentos do imperador. "Após a dissolução, ele mandou elaborar e impôs a Constituição de 1824. Isso foi a gota d'água para que as lideranças políticas e sociais, a partir do estado de Pernambuco, depois da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, tomassem as a decisão de realizar essa confederação". 

Para Paulo Roberto Nunes, a Confederação é extremamente importante como um movimento político e social, porém não é muito bem percebido como tal.  "Talvez seja até mais importante do que a própria Inconfidência Mineira". Assim, trazer uma discussão sobre o tema busca, na percepção do coordenador, permitir uma melhor conscientização das pessoas sobre a importância de o país ter um sentido político, econômico e social diferente. 

Repressão

Ele destacou ainda que o movimento sofreu repressão vinda do centro do império do Rio Janeiro, de tal modo que várias lideranças foram executadas, muitas delas em praça pública, inclusive aqui no Estado do Ceará, na Praça do Passeio Público. "As lideranças como Tristão Gonçalves, aqui no Ceará, e o Frei Caneca, em Pernambuco, são alguns dos que foram executados em função da repressão que ocorreu a partir do poder central do imperador do Rio de Janeiro", diz. 

A roda de conversa que será realizada nesta terça-feira vem numa sequência de eventos. O próprio Instituto do Ceará também realizou um evento dessa natureza. Houve antes ainda um ato realizado no Palácio da Abolição, conforme explica Paulo Roberto Nunes. "A nossa expectativa é de que os participantes possam adquirir um melhor conhecimento e consciência sobre o que representou a Confederação do Equador e naturalmente possam levar esse conhecimento e disseminar o significado histórico e político da confederação do Equador para o nosso estado, nossa região e para o nosso país".

Participantes

Paulo Roberto Nunes informa ainda que o evento é aberto a todas as pessoas que desejarem participar, tais como estudantes de história, pesquisadores, servidores da Alece e da sociedade em geral. "É necessário apenas vir aqui estar conosco amanhã a partir das quatorze horas", complementa. 

 

Conteúdo digital: Leonardo Coutinho

Edição: Paulo Veras

 

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