Junho Lilás alerta para importância do teste do pezinho
Por ALECE12/06/2020 12:58 | Atualizado há 1 ano
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A campanha Junho Lilás chama atenção para a importância do teste do pezinho nos bebês. Instituído nacionalmente como prática obrigatória no Brasil desde 2001, o teste permite fazer o diagnóstico de doenças genéticas, metabólicas, enzimáticas e endocrinológicas. Quem traz a informação e o alerta é Mônica Teixeira, pediatra e médica do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
“Essa doença não tem manifestação no período neonatal e pode causar sequelas graves e até mesmo a morte desses bebês”, ressalta a pediatra. Mônica Teixeira esclarece que o Teste do Pezinho pode ser colhido nos hospitais, maternidades, unidades básicas de saúde, casas de parto, comunidades indígenas entre o terceiro e quinto dia de vida.
A pediatra informa que ele é a principal forma de diagnosticar seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, hemoglobinopatias (sendo a mais comum doença falciforme), hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística e deficiência de biotinidase. “Quanto mais cedo forem identificadas essas doenças, melhores as chances de tratamento, pois quando o Teste do Pezinho dá positivo está garantido a esse bebê atendimento com médicos especialistas com tratamento adequado, gratuito e por toda a vida nos 31 serviços de referência em triagem neonatal do país”, afirma.
Como proceder
O objetivo maior do Junho Lilás é alertar aos pais sobre a necessidade e obrigatoriedade do Teste do Pezinho para todos os recém-nascidos.
A pediatra Mônica Teixeira explica como é realizado o teste: “São colhidas num papel filtro gotas de sangue do pé do bebê, que deve ser aquecido (colocando uma meia por exemplo). A retirada das gotinhas deve ser feita com lancetas descartáveis e estéreis. Com o bebê posicionado no braço dos pais com o pé abaixo do coração para conseguirmos boas gotas de sangue que vão ser colocadas nos círculos do papel filtro. Depois, o material deve ser encaminhado ao laboratório específico. Os pais irão receber um cartão confirmando a coleta e já marcado o dia do recebimento do resultado do exame”, explica.
“Tão importante como colher precocemente o sangue, o ideal é que em caso positivo, providenciar uma nova coleta e os pais devem ser orientados e encaminhados para um médico especialista”, aponta Mônica Teixeira. Ainda de acordo com ela, é preciso intervir precocemente para garantir tratamento e acompanhamento contínuo às pessoas com diagnóstico positivo (após confirmação clínica e segunda coleta), com vistas a reduzir a morbidade e melhorar a qualidade de vida da família e da sociedade, “evitando sequelas e até mesmo a morte”.
JB, com Assessoria de Imprensa do DSAS
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