Inclusão escolar de crianças atípicas é tema do projeto Florescer do DSAS
Por Julyana Brasileiro08/04/2025 16:22 | Atualizado há 1 semana
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As mães atípicas enfrentam uma série de desafios para garantir a inclusão escolar de seus filhos, seja por preconceito, exclusão social ou até mesmo a falta de suporte das instituições de ensino.
Oferecer acolhimento a essas mães e o devido auxílio para superar essas barreiras é fundamental. Com esse propósito, a Célula de Serviço Social do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Alece realizou, nesta terça-feira (08/04), uma roda de conversa do projeto Florescer com o tema “Inclusão Escolar: Desafios e Estratégias”.
Edinira Borges, orientadora da Célula, alertou que a inclusão escolar é uma dificuldade vivenciada pela maioria das mães atípicas de crianças e adolescentes assistidas pelo Departamento.
Para ela, a escola deve ser um espaço verdadeiramente inclusivo, onde cada criança seja respeitada em sua individualidade e tenha oportunidade de aprender e se desenvolver com dignidade.
''Percebemos durante os nossos atendimentos o quanto as mães relatavam a dificuldade de inclusão escolar dos filhos, que sofrem preconceito por parte dos colegas, dos profissionais ou até mesmo dos próprios gestores escolares e, por isso, realizamos essa roda de conversa para troca de experiências entre elas", explicou.
Ela destacou ainda a necessidade de sensibilização da comunidade escolar para buscar um compromisso maior com o sistema de educação inclusivo.
Experiência familiar
Mãe atípica, Antônia Lima Souza, promotora de justiça de Fortaleza, compartilhou durante o evento as dificuldades que enfrentou com o filho Lucas, hoje com 19 anos, que tem Transtorno do Espectro Autista(TEA), para inserí-lo no ambiente escolar.

Edinira e Antônia participaram da roda de conversa. Foto: Erika Fonseca.
Para ela, a inclusão escolar de crianças atípicas exige um conjunto de estratégias que garantam o direito à educação de forma equitativa e respeitosa.
“Ser uma mãe de criança ou adolescente com espectro autista ou qualquer outra deficiência nos desafia diuturnamente”, comenta, indicando que dificuldades cognitivas, por exemplo, faz com que não sejam bem-vindos na escola, um espaço de sociabilidade.
"Quando ele consegue formular uma pergunta para a professora, superar a timidez , olhar no olho, interagir com os colegas isso pra gente representa uma nota 10. As pessoas são como aves, cada um tem seu voo, e nossos filhos têm o direito de estar no mundo e serem acolhidos dentre das suas dificuldades'', afirmou.
Adriana da Silva, mãe do Adriel de 5 anos, que tem TEA, também enfrenta vários desafios com o filho na escola, como dificuldades de comunicação, concentração e interação social.

Adriana e Adriel durante o encontro do Florescer. Foto: Erika Fonseca.
Ela revela que participa do Florescer desde o ano passado, espaço onde encontrou acolhimento e suporte.
"O Adriel estuda no Infantil V, mas é uma batalha diária, porque tem dias que ele acorda em crise e não quer ir pra escola, tem dificuldade para concentração, são vários desafios. Aqui no projeto Florescer eu encontro mães que passam pela mesma situação e se ajudam para enfrentar essas barreiras da melhor forma possível'', compartilha.
Projeto Florescer
O projeto Florescer consiste num grupo de apoio às mães atípicas de crianças e adolescentes assistidas pelo DSAS.
Por meio de palestras, atividades interativas e a troca de experiências,o grupo promove discussões sobre os cuidados que mães atípicas podem oferecer a seus filhos crianças, que apresentam um desenvolvimento neurológico diferente do padrão considerado típico para a população.
A orientadora da Célula, Edinira Borges, indicou que a escuta ativa, empatia e suporte emocional são essenciais para que essas mulheres se sintam valorizadas e compreendidas. Ao serem acolhidas, as mães se sentem mais seguras e fortalecidas para enfrentar os desafios, tornando-se ainda mais eficazes na defesa dos direitos dos seus filhos, destaca.
"Damos um suporte para que essas mães não se sintam desamparadas na rotina de cuidados com seus filhos. Com a saúde física e mental em dia e o devido acolhimento, elas ficam em melhores condições para acompanhar o tratamento dos seus filhos'', afirma Edinira Borges.
Os encontros acontecem mensalmente no auditório Lucila Bomfim, no 2º andar do Edifício Deputado Francisco das Chagas Albuquerque, Anexo III da Alece.
Edição: Samaisa dos Anjos
Núcleo de Comunicação Interna da Alece
Email: comunicacaointerna@al.ce.gov.br
Página: https://portaldoservidor.al.ce.gov.br/
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