Malce - Memorial Pontes Neto

Historiador trata da data reservada à profissão

Por ALECE
19/08/2022 13:10 | Atualizado há 1 ano

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Historiador Carlos Pontes, durante atividade realizada pelo Malce Historiador Carlos Pontes, durante atividade realizada pelo Malce - Foto: José Leomar

Apesar de ser considerada antiga, a profissão do historiador foi regulamentada no Brasil apenas em 2020, a  a partir de iniciativa do Senado Federal. Assim, 19 de agosto, que transcorre nesta sexta-feira, é formalmente o Dia do Historiador. A data homenageia os profissionais que atuam no ensino e pesquisa na área da história, seja em universidades, ensino básico, instituições culturais ou projetos independentes.

O historiador do Memorial Deputado Pontes Neto (Malce) da Assembleia Legislativa do Ceará, Carlos Pontes, observa que a data 19 de agosto foi oficializada pelo Decreto de Lei nº 12.130 de 17 de dezembro de 2009. "Ela foi escolhida em homenagem a Joaquim Nabuco, que nasceu nesta data em 1849, em Pernambuco", afirma.

De acordo com ele, o trabalho do historiador é de extrema importância para a sociedade, uma vez que as principais questões sociais são compreendidas com mais facilidade quando se faz um estudo histórico. "Dependendo do período, podemos fazer um paralelo e compreender determinados comportamentos. Segundo Jörn Rüsen os homens procuram responder suas questões do presente, buscando compreender o passado", pontua.

Os historiadores têm como principal matéria-prima a vida em sociedade, o que faz da profissão uma prática importante para a democracia e para a liberdade. Carlos Pontes cita frase do político e escritor romano Marco Túlio Cícero (103/45 a.C) sobre o tema: "O primeiro dever do historiador é não trair a verdade, não calar a verdade, não ser suspeito de parcialidades ou rancores". Ele destaca que a história e os historiadores têm fundamental importância para a compreensão da realidade dos países, porque eles olham passado, presente e futuro.

Compreensão histórica sobre comportamentos

Deste modo questões do presente podem ser respondidas e entendidas por meio do estudo do passado, esclarece Carlos Pontes. Ele observa que temas como racismo e machismo podem ser compreendidos melhores por meio de estudos das sociedades passadas. "A partir daí é possível identificar discursos e tendências que apoiam tais ações e combatê-las antes que se espalhem. Deste modo, compreender o passado ajuda a ter ações que moldam o presente", acentua.

Outra função que o historiador do Malce considera de extrema importância desenvolvida pelos historiadores diz respeito à preservação de monumentos que, dependendo do valor, são tombados como patrimônios históricos. "Essa característica de ter ações práticas sobre o presente deixa claro que a História não é somente a repetição escrita de coisas passadas. A história assume papel fundamental na direção que a sociedade caminha. Como diria o historiador medievalista Marc Bloch: ´A história é a ciência dos homens no tempo´. Nesta data especial, externamos nosso reconhecimento aos historiadores e demais pesquisadores, que, por meio de seus estudos, preservam a memória da Humanidade", frisa.

Ainda conforme o historiador do Malce, os relatos sobre as Guerras Médicas entre gregos e persas, ocorridas entre os anos de 500 e 448 AC tornaram o turco Heródoto o pai da história, são os primeiros registros escritos sobre fatos históricos que a humanidade conhece. Ele viveu entre 485 a.C e 425 a.C, tendo nascido em Halicanarsso, que hoje é Bodrum, na Turquia.

Sobre a regulamentação no Brasil

A regulamentação da profissão de historiador é uma luta antiga dos historiadores brasileiros e da principal associação da classe no país, a Associação Nacional de História (ANPUH), fundada em 1961. A primeira tentativa de normatização ocorreu em 1968, quando um projeto foi apresentado à Câmara dos Deputados pelo então deputado federal Ewaldo de Almeida Pinto (MDB-SP), que acatou por sua vez um anteprojeto de regulamentação que lhe fora proposto pelo jornalista Heródoto Barbeiro, à época presidente da Federação Brasileira de Centros de Estudos Históricos (FBCEH), ligada a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Hoje, além de Carlos Pontes integram o quadro de servidores da Alece os historiadores Diego Morais e John Victor Alves. Também integram a equipe do Malce, presidido pelo ex-deputado Osmar Diógenes, Edwirgens Ximenes e Marinez Alves.

JS

 

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