Departamento de Saúde e Assistencia Social

Fisioterapia atua para plena recuperação dos pacientes da Covid-19

Por ALECE
20/04/2021 09:48 | Atualizado há 1 ano

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Coordenador da Célula de Fisioterapia do DSAS, Márcio Adriano Alves, dá orientações sobre o tema Coordenador da Célula de Fisioterapia do DSAS, Márcio Adriano Alves, dá orientações sobre o tema - Arte: Bruna Bringel/ Núcleo de Comunicação Interna da AL

As sequelas do Coronavírus podem afetar a qualidade de vida e até ameaçá-la. Estas são conclusões a que chegaram estudos sobre os que estão conseguindo se recuperar da enfermidade. No Brasil, dados apontam que aproximadamente 11 milhões de pessoas são consideradas curadas da Covid-19 no Brasil até o início deste mês. Mas as preocupações também se voltam para uma possível epidemia mais silenciosa. No caso, trata-se da síndrome pós-Covid. Em estudos, até 80% dos recuperados sentem ao menos um sintoma até quatro meses depois da fase aguda da infecção.

De acordo com o coordenador da Célula de Fisioterapia do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará, fisioterapeuta Márcio Adriano Alves, o tratamento fisioterápico assume importância para a plena recuperação. Ele explica que após a alta no hospital muitos pacientes apresentam sequelas respiratórias e motoras. “A fisioterapia no enfrentamento à Covid-19 pode evitar o agravamento de complicações cardiorrespiratórias, ajudando a recuperar a capacidade pulmonar e motora do paciente, ainda durante a internação hospitalar”, aponta.

Para o coordenador, os pós-hospitalizados podem recorrer à fisioterapia para fortalecer a musculatura que foi debilitada pela doença e também realizar exercícios específicos para respiração. “Poderão ser realizados exercícios aeróbicos, começando com exercícios livres assistidos e gradualmente aumentando para exercícios com um pouco mais de carga e intensidade”, orienta.

Segundo Márcio Adriano Alves é também importante a orientação para a plena recuperação. "Um paciente bem orientado terá autonomia para realizar individualmente os exercícios durante o dia", pontua. Ele destaca também a importância da prevenção. Segundo ele, mesmo recuperados, todos devem continuar usando máscaras e mantendo o isolamento social, seguindo as orientações de higienização das mãos. "Como é uma doença que ainda tem muito o que se descobrir sobre ela, e diante do surgimento de muitas variantes, ninguém sabe ainda sobre os riscos de um novo contágio e a gravidade das recidivas", frisa.

Como diferenciar os casos

Casos graves da doença, que exigiram internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) tendem a abalar mais o organismo no longo prazo. Mas a verdade é que os episódios leves também podem deixar marcas prolongadas. Ainda não se sabe, contudo, se estamos diante de uma versão crônica da Covid-19 ou de sequelas de uma doença que já passou. De maneira geral, as principais manifestações do pós-covid relatados até agora são: fadiga, falta de ar, dores de cabeça, dores musculares, queda de cabelo, perda de paladar e olfato (temporária ou duradoura), dor no peito, tontura, tromboses, palpitações, depressão, ansiedade, dificuldades de linguagem, raciocínio e memória.

Para se livrar do Coronavírus, o sistema imunológico desencadeia um processo inflamatório, que se torna exacerbado demais em uma parcela de pessoas. São as vítimas da chamada tempestade inflamatória, fenômeno que envolve a liberação de substâncias, como citocinas, com potencial para lesionar órgãos e tecidos.

Nos pulmões, onde a batalha contra o Coronavírus é mais intensa, restam fibroses que atrapalham a respiração. Alguns pacientes não conseguem realizar tarefas simples, como escovar os dentes ou tomar um copo de água. A fadiga e a dificuldade de fazer movimentos simples são alguns dos problemas mais comuns apontados nos estudos.

O papel do DSAS

Após deixar o hospital, o paciente pode continuar a fazer a fisioterapia de forma presencial ou remota, como observa o coordenador da Célula de Fisioterapia do DSAS. "Esse acompanhamento pode ser através do sistema de telemedicina, que está sendo implantado no Departamento, já com algumas especialidades em funcionamento", aponta o gestor. Segundo ele, em breve este equipamento também estará à disposição do setor de Fisioterapia. "Assim, podemos intensificar o tratamento fisioterápico logo que o paciente deixe o hospital. Os primeiros sete dias após a alta são decisivos para o desfecho da recuperação", destaca.

O diteror do DSAS, Luis Edson Correa, afirma que o Departamento está à disposição para prestar orientações, de forma online, aos servidores e servidoras da Casa que necessitem de informações acerca do Covid-19.

“Muitos estudos indicam que mais de 40% dos pacientes podem precisar de cuidados em virtude de sequelas do Covid”, aponta Luis Edson. De acordo com ele, como os integrantes do DSAS conhece esta situação, a equipe multiprofissional está trabalhando para acolher de forma online o servidor, por meio das 11 células do Departamento (Medicina, Nutrição, Psicologia, Acupuntura, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Odontologia, Enfermagem, Serviço Social, Terapia Ocupacional e Análises Clínicas). “A proposta é oferecer um atendimento de saúde eficiente e de qualidade”, assevera.

JS, com Assessoria de Imprensa do DSAS

 

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